sexta-feira, 25 de julho de 2008

MST


Esclarecimento do MST sobre reportagem do jornal O Globo

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A direção nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) esclarece que não tem qualquer participação com as articulações do grupo de José Rainha Jr. na comunidade da Rocinha, como foi publicado no jornal O Globo, nesta quinta-feira (24/07).

1- O MST não participa do processo eleitoral nem apóia candidaturas a prefeito ou vereador. O papel do Movimento é fazer a luta social pela Reforma Agrária e preservamos a nossa autonomia em relação a partidos, governos e do Estado em mais de 24 anos na organização dos trabalhadores rurais.

2- José Rainha Jr. e os integrantes de seu grupo, como Niúria Antunes, não participam de nenhuma instância de coordenação nacional, estadual ou local do nosso Movimento. Reafirmamos que José Rainha Jr. não faz parte do MST. As articulações, pronunciamentos públicos e entrevistas na mídia dos envolvidos nesse episódio não são da responsabilidade do MST.

3- O Jornal O Globo não respeitou os critérios fundamentais do jornalismo e publicou uma manchete irresponsável na sua capa, desconsiderando a nota enviada pelo movimento, na qual esclarecemos que não temos qualquer envolvimento com essa articulação, que usa indevidamente o nome do MST.

4- O MST realiza uma Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária e já aconteceram protestos em 11 estados para denunciar que a Reforma Agrária está parada em todo o país. Reivindicamos o assentamento das 140 mil famílias acampadas, a valorização da agricultura familiar e um programa de agroindústrias para viabilizar a produção de alimentos nos assentamentos.

São Paulo, 24 de julho de 2008.

Direção Nacional do MST

terça-feira, 15 de julho de 2008

iraque


15/07/2008 - 21h01
Maioria dos americanos desaprova Guerra do Iraque, aponta pesquisa

da France Presse, em Washington

Enquanto os dois prováveis candidatos à Casa Branca, Barack Obama e John MCain, insistem em marcar suas diferenças sobre o Iraque, uma pesquisa que será publicada na quarta-feira (16), pelo jornal "The New York Times", aponta que a maioria dos americanos acredita que a guerra foi um erro, embora a situação pareça melhorar.

De acordo com a sondagem, que foi feita em parceria com a rede CBS News, 59% dos entrevistados avaliam que os EUA não deveriam ter invadido o Iraque. Apenas 36% afirmam que a guerra era a única coisa a fazer.

Ao menos 51% acreditam que a situação no terreno se agrava, enquanto que 45% afirmam que a segurança melhora no Iraque. Nunca houve tantos americanos com pensamento tão positivo sobre a estabilidade e a segurança nesse país desde janeiro de 2006.

No mês passado, por exemplo, 62% dos americanos estimavam que a situação piorava, contra 35% que pensavam que estava melhorando.

Segundo 78% das pessoas entrevistadas, se for eleito, McCain seguirá a mesma política do presidente George W. Bush no Iraque --o que pode não ser bom para ele, já que uma grande maioria desaprova a forma como Bush administra o conflito.

A pesquisa foi realizada entre 7 e 14 de julho, com 1.796 pessoas. A margem de erro é de aproximadamente 3 pontos percentuais.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

professores sp


GREVE CONTINUA! NESTA SEXTA-FEIRA, TODOS À ASSEMBLÉIA NO MASP!

quarta-feira, 25 de junho de 2008

GM

SJCampos

Metalúrgicos da GM derrotam banco de horas e conquistam 600 empregos

sexta-feira, 23 de maio de 2008

servidores


Organização
Resoluções do 1º Seminário Nacional dos Servidores Federais da CONLUTAS

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O 1º Seminário Nacional dos Servidores Federais promovido pela CONLUTAS foi realizado na sede do SINDSPREV/RJ, nos dias 16, 17 e 18 de maio de 2008.

1. Programação realizada:

Dia 16 de maio de 2008

Manhã:

- Abertura:

- Painel sobre a conjuntura nacional e internacional e os desafios para a classe trabalhadora – em destaque os serviços públicos, com Jéferson Moura.

Neste primeiro painel, um dos principais debates foi sobre o caráter dos governos de esquerda da América Latina eleitos nos últimos anos. A principal polêmica foi sobre o governo venezuelano de Hugo Chávez. Também foi bastante debatido o governo Lula, as experiências da esquerda (com a cooptação de parte dela) e da população com este governo, e principalmente seus ataques ao funcionalismo público. Neste ponto, várias intervenções foram sobre os mais recentes acordos firmados com o governo, que quebram a paridade, aprofundam as diferenças salariais, e mantêm a perigosa lógica das gratificações produtivistas.

Tarde:

- Grupos de Trabalho sobre Conjuntura Nacional e Internacional

- Painel sobre a reorganização do movimento sindical no Brasil - estrutura e organização dos servidores federais, com José Maria de Almeida.

No segundo painel, ainda no primeiro dia de seminário, Zé Maria falou sobre o processo de reorganização desencadeado após a eleição de Lula, quando muitas direções sindicais passaram para o lado do governo. Falou sobre o surgimento da Conlutas como espaço de reconstrução da unidade da classe trabalhadora. Disse que neste processo, o funcionalismo federal foi um dos principais setores, pois foi muito atacado e esteve à frente do processo de construção da Conlutas. Foi onde houve uma experiência mais acelerada com o governo e com as direções governistas. Mas também lembrou o papel de fragmentação das lutas que cumprem ainda estas direções. E apontou o desafio do próximo período, de avançar na reorganização do funcionalismo.

Dia 17 de maio de 2008

- Manhã:

- Painel sobre a reforma do Estado sob o neoliberalismo e suas conseqüências para o serviço público, com Rodrigo Ávila e Eduardo Alves.

Neste terceiro painel, ocorrido no dia 17, Eduardo mostrou as duas faces da destruição dos serviços públicos: a precarização dos salários e desvalorização da força de trabalho dos órgãos; e uma política consciente de privatização dos serviços. Falou sobre uma campanha ideológica desqualificando o servidor público, que foi uma base essencial subjetiva que permitiu as mudanças feitas. Falou sobre as conseqüências da destruição dos serviços públicos para a população. Disse que esta separação entre a população e os servidores foi o que permitiu tantos ataques. Rodrigo apresentou gráficos em telão e explicou inicialmente o grau de comprometimento do orçamento da União com a dívida pública, em detrimento de outros gastos, como saúde, cultura, previdência. Os gastos totais com a dívida, considerando a rolagem, os juros e amortizações, representam 53% do orçamento (dados de 2007). Disse que as reformas neoliberais teriam portanto como objetivo liberar o Estado de suas obrigações. Depois, Rodrigo apresentou um resumo atual das reformas que estão tramitando: A reforma tributária – PEC 233/2007, que ele explicou ser na verdade um golpe na Previdência, na medida em que transforma várias contribuições em um único imposto, que não possui destinação específica; O PLP 01, que é parte do PAC e limita o reajuste dos salários dos servidores nos próximos 10 anos; A reforma da previdência – PL 1992/2007, que está tramitando e regulamenta a previdência complementar dos servidores, o que faltou na reforma de 2003; A reforma Sindical – PL 1990/2007, que já está votado e sancionado, e cria as centrais, garantindo para elas 10% do imposto sindical e que elas poderão negociar em nome do trabalhador; e a reforma trabalhista – PL 1987/2007, que ‘consolida’ a CLT, abrindo a possibilidade de negociação entre trabalhador e patrão para estabelecer a jornada de trabalho, entre outras alterações.

Tarde:

- Grupos de Trabalho sobre reorganização do movimento sindical e sobre a reforma do Estado.

- Reuniões setoriais.

Dia 18 de maio de 2008

Manhã

- Plenária final e definição de encaminhamentos sobre os temas discutidos

- Encerramento.

2. Participantes:

O seminário contou com 220 participantes de 17 estados, que representaram:

- Três entidades nacionais: ANDES-SN, ASSIBGE-SN e SINASEFE;
- Seções sindicais do ANDES-SN: Adufcg (PB), Adufepe (PE), Aduff (RJ), Adufmat (MT), Adufpa (PA), Adufpel (RS), Adufrj (RJ), Adufu (MG), Adur (RJ), Apruma (MA) e Apufsc (SC).
- Seções do ASSIBGE: ASSIBGE BA, ASSIBGE RJ, ASSIBGE CE, ASSIBGE RS e ASSIBGE SC.
- Seções do SINASEFE: Sinasefe Campos, Sinasefe Ouro Preto, Sinasefe SP, Sinasefe Sta Tereza e Sindscope.
- Sindicatos: Sindjus AL, Sindsef RO, Sindsef SP, Sindsep DF (Oposição), Sindsprev RJ, Sindsprev SP (Minoria), Sinprece, Sintrajud SP, Sintrajufe MA, Sintrasef RJ (Oposição), Sintsep PA, Sintuff RJ (Minoria), Sintufepe PE, Sintuff RJ, Sintur RJ, Sepe RJ.
- Entidade Estudantil: DCE UFRJ

3. Encaminhamentos aprovados.
Frente ao debate de conjuntura, foram aprovadas as seguintes bandeiras e reivindicações gerais:

- Aumento geral dos salários e das aposentadorias!

- Redução e congelamento dos preços dos alimentos!

- Contra as reformas neoliberais: abaixo a reforma da Previdência, Sindical, Trabalhista, Universistária. Abaixo o Reuni de Lula e do FMI!

- Pela anulação da reforma da Previdência de 2003.

- Pelo fim do Fator Previdenciário!

- Redução da jornada de trabalho sem redução de salários e direitos.

- Contra o banco de horas! (Todo apoio à luta dos trabalhadores da GM/São José dos Campos)

- Abaixo a política econômica do governo Lula!

- Não pagamento das dívidas externa e interna, por mais verbas para saúde e educação!

- Estatização sem indenização do sistema financeiro

- Contra as privatizações. Reestatização da Vale e demais empresas privatizadas

- Contra a criminalização e a repressão aos trabalhadores e movimentos sociais; pleno direto de greve

- Reforma Agrária sob controle dos trabalhadores, com expropriação das empresas do agronegócio para garantir a produção de alimentos para o povo!

- Não à transposição do Rio São Francisco

- Moradia Popular já!

- Contra toda forma de discriminação racial, sexista e homofóbica.

- Fora Bush do Iraque e Lula do Haiti! Pela imediata retirada das tropas brasileiras do Haiti!

Plataforma de reivindicações específicas

- Contra o desmonte do serviço público, as privatizações, as terceirizações e precarizações, as más condições de trabalho nos órgãos e a falta de funcionários. Exigir imediata realização de concursos públicos para atender as demandas dos órgãos.

- Lutar pela reposição das perdas salariais históricas acumuladas nos governos FHC e Lula, com isonomia e paridade, e em defesa da data-base para o funcionalismo em 1º de maio. Pelo cumprimento dos acordos fechados com o funcionalismo.

- Contra o PAC de conjunto, em defesa dos serviços e dos servidores públicos. Contra o PLP 01, que é parte do PAC que afeta diretamente os salários dos servidores.

- Participar ativamente da campanha de mobilização nacional contra a aprovação do “fator previdenciário” e desvinculação da recomposição dos salários dos aposentados ao salário mínimo.

- Contra o projeto que cria as fundações estatais de direito privado.

- Contra o projeto de regulamentação do direito de greve dos servidores.

- Em defesa das bandeiras gerais da categoria, unindo com as reivindicações específicas de cada setor, incluindo a defesa de diretrizes de Planos de Carreira, correção das distorções, incorporação das gratificações de produtividade e de todas as gratificações produtivistas para ativos e aposentados. Pelo pagamento imediato de todos os passivos trabalhistas devidos ao funcionalismo. Pela imediata aprovação do projeto de aposentadoria especial do funcionalismo federal.

Propostas e projetos para a reorganização

- Levar para o movimento a proposta de ampliar a composição da CNESF permitindo a entrada de organismos e sindicatos de base dos setores onde, hoje, se expressa uma política de boicote constante à unidade e à luta dos servidores em torno da CNESF. Ou seja, além das entidades nacionais, poderiam ser aceitos sindicatos estaduais, minorias de direções e oposições sindicais É uma medida conjuntural e defensiva para garantir o pleno funcionamento da CNESF.

- Debater na CNESF e nas entidades sobre a necessidade de constituição de um fórum mais amplo de defesa do serviço público nas três esferas e com participação de outros segmentos da população. Para isso, deve-se buscar experiências que já existem de articulação das três esferas.

- Constituir na CONLUTAS um GT de trabalhadores do serviço público que abranja as três esferas: federais, estaduais e municipais. Considerando que a organização do setor federal é mais dinâmica, este segmento garantirá seu funcionamento, envolvendo, paulatinamente, as demais esferas.

- Articular com a Intersindical um encontro conjunto de trabalhadores do serviço público das três esferas.

- Realizar uma plenária nacional dos federais até o mês de agosto de 2008.

- Exigir a participação da Conlutas em todas as mesas de negociação do funcionalismo federal, sejam elas gerais ou específicas

- Todo apoio às oposições nas eleições sindicais contra as direções governistas.

- As entidades devem, no prazo de uma semana, passar para o GT suas análises sobre a MP 431/08 e sobre o desmonte do serviço público para que possam ser divulgadas.

- Ficou indicada a realização de um dia de mobilização contra a regulamentação do direito de greve, no dia 18 ou 25 de junho.

- Propaganda e divulgação. O GT da CONLUTAS de trabalhadores do serviço público deve fazer um jornal com os resultados do seminário, produzir um informativo periódico, criar lista de correio eletrônico, produzir panfletos periódicos dirigidos à população sobre os problemas do serviço público e deve, ainda, discutir alternativas de mídia.

Campanhas e Lutas

- Foi aprovado que as entidades, oposições, e representantes de minorias nas diretorias dos sindicatos devem fortalecer a campanha pela readmissão do companheiro Dirceu Travesso, o Didi, considerando que este é mais um ataque aos interesses dos trabalhadores, desferido pelo governo Serra. Tanto Serra, quanto Lula atuam em defesa dos interesses dos ricos e poderosos e à serviço do FMI e do imperialismo. Esses governos atacam os trabalhadores, criminalizando os movimentos sociais e impondo represálias contra os militantes e organizações que os enfrentam, a demissão de Didi é um caso típico dessa política. Assim, o seminário indica a integração na campanha de forma ativa, levando para a CNESF e todas as entidades do serviço público federal a luta pela readmissão do companheiro Didi.

- Aprovada moção pela libertação de Múmia Abu Jabal.

Nota Final: Os informes das entidades e das reuniões setoriais, que chegaram à Comissão Organizadora, serão divulgadas em breve como complemento deste relatório.

O relatório financeiro foi enviado a todas as entidades participantes pela Secretaria da Conlutas

São, Paulo, 21 de maio de 2008.

Comissão Organizadora
I Seminário Nacional dos Servidores Federais da Conlutas




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domingo, 27 de abril de 2008

LUTAS


Todos às ruas!
1º de Maio é dia internacional de luta dos trabalhadores

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É necessário tomarmos as ruas neste 1º de Maio em todos os estados. Todos (as) devem se informar onde será a manifestação do 1º de Maio em sua cidade. Nesta data histórica da nossa classe temos fortalecer a luta internacional dos trabalhadores e denunciar o governo Lula, que governa aliado aos grandes banqueiros, empresários e ao capital internacional.



Não vamos nos render às festas patrocinadas pelos empresários, como fazem a CUT e a Força Sindical. O 1º de Maio é dia de luta!



Neste 1º de Maio vamos chamar a atenção de todos e desmascarar esse governo e seus aliados. Afinal, muitos acreditaram no governo Lula. Outros continuam ainda acreditando. Entretanto não há crença que esconda que, enquanto o governo “doa” 30 reais de bolsa escola aos mais miseráveis, os banqueiros vão lucrando fortunas a cada semestre. Se Luiz Inácio ouvisse um outro Luiz, teria vergonha: ‘Seu doutor, uma esmola a um pobre que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão”, dizia a música do velho Gonzagão. Infelizmente toda política do governo é definida pelos grandes capitalistas: muito dinheiro para eles, migalhas para a população.



É a serviço desta turma endinheirada que o governo vem tentando acabar com a aposentadoria e com os diretos trabalhistas através das suas reformas. Até agora não conseguiram, devido à resistência da classe trabalhadora. Mas estão tentando e contam muita mentira para enganar a população. Dizem que nossa aposentadoria é melhor que a da Suíça e que, se a gente aceitar reduzir nossos salários e abrir mão de nossos direitos, mais empregos serão criados. Se não fosse terrível, daria vontade de rir.



No campo, privilegia a monocultura e o agronegócio favorecendo os coronéis e grandes fazendeiros. Nas cidades, é praticamente nula a construção de moradias populares, enquanto as grandes construtoras e empreiteiras lucram imensamente com a construção de apartamentos de altíssimo luxo financiados pelo governo.



Como se já não bastasse, o governo com essa gangue de grandes empresários e banqueiros vêm tentando iludir o povo trabalhador dizendo que os serviços públicos não funcionam por culpa dos funcionários. Na verdade, eles desviam para os seus bolsos, através do pagamento da “dívida com os bancos”, os recursos da saúde, da educação e dos setores fundamentais da área de serviços públicos. O objetivo é sucateá-los, assim justificariam sua privatização. Com o Reuni não é diferente. Mentem descaradamente ao dizer que ele irá melhorar a qualidade das universidades publicas, quando, na verdade, querem degradá-las e privatizá-las.



É esta cambada de pilantras que ao lado governo estão propondo a transposição do Rio São Francisco. Para convencer a população, mais uma mentira: a obra seria para matar a sede e a fome das pessoas. Afinal, quem não é a favor de melhorar a vida de milhares de famílias nordestinas? Porém essa mentira das grandes esconde uma verdade. Tudo está sendo feito para favorecer os grandes fazendeiros e os empresários do agronegócio. De quebra as empreiteras vão faturar uma bolada imensa de dinheiro. E os que têm sede vão continuar tendo que se virar.



Temos que mobilizar nossa classe para lutar contra essa política do governo Lula que só favorece aos mais ricos. Por isso, vamos tomar as ruas nesse 1º de Maio e manter a tradição de luta dessa data.



- Em defesa dos direitos!



- Pela redução da jornada, sem redução de salários!



- Por emprego e melhores salários!



- Contra o Banco de Horas!



- Pela extinção do Fator Previdenciário!



- Contra às reformas neoliberais que atacam a aposentadoria e os direitos!



- Terra e moradia: reformas agrária e urbana já!



- Pela retirada das tropas brasileiras do Haiti!



- Solidariedade às lutas dos povos do Iraque e da Palestina!



Uma história escrita com sangue



Em 1º de Maio de 1886 aconteceu uma greve geral nos Estados Unidos pela redução da jornada de trabalho para 8h diárias. Calcula-se que cerca de 200 mil trabalhadores aderiram à paralisação. No segundo dia de greve começou uma forte repressão policial.



No terceiro dia, trabalhadores foram assassinados em frente à fábrica McCormick, em Chicago. A explosão de uma bomba no dia 4 de maio matou 80 trabalhadores (inclusive mulheres e crianças).



Em um dos conflitos entre trabalhadores e policiais deixou 38 operários mortos e outros 115 feridos. 300 líderes operários foram presos; os principais líderes da mobilização foram levados a julgamento e condenados à prisão perpétua. Eram eles: Samuel Fielden, Albert Parsons, Michel Schwab, Adolph Fisher, Hessois Spies, Oscar Neebe, George Engel e Louis Lingg. No dia 11 de novembro de 1887 Parsons, Spies, Fischer e Engel foram enforcados. Lingg morreu na prisão, e a polícia disse que foi suicídio. Esse grupo passou a ser conhecido como “Os Oito de Chicago”.



Em 1889, o Congresso Socialista Internacional, realizado em Paris, estabeleceu o 1º de Maio como Dia Internacional de Luta dos Trabalhadores.



Em 1891, em Paris, trabalhadores socialistas dos países industrializados da época, reunidos no Congresso da Internacional Socialista, consagraram esta data como o dia da luta pelas 8 horas de trabalho. Naquele tempo os operários trabalhavam 12, 15 e até 18 horas por dia. Não havia descanso semanal nem férias. Para o mundo do trabalho não existiam leis.



Desde 1890, organizações operárias em vários países passaram a comemorar o 1º de maio como um dia de protesto e luta; no Brasil a primeira comemoração ocorreu em 1895, em Santos (SP) e, mesmo ocorrendo em recinto fechado, foi reprimida pela polícia. Foi em 1897, no Congresso de Bruxelas, que a II Associação Internacional dos Trabalhadores, aprovou a transformação do dia 1º de Maio no Dia Internacional dos Trabalhadores.



Redação Conlutas



Fontes:

Sindicato dos Metalúrgicos de SJC e Região - www.sindmetalsjc.org.br

Núcleo Piratininga - www.piratininga.org.br



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quarta-feira, 16 de abril de 2008

CONLUTE


Avançar nas lutas e fortalecer o novo movimento estudantil!
Postado em 16 de April de 2008 por Conlute -
O ano de 2007 colocou o movimento estudantil brasileiro em outro patamar. A partir da ocupação da Reitoria da USP e da greve das Universidades Estaduais Paulistas no primeiro semestre, o que se seguiu foram sucessivas lutas radicalizadas que chegaram no segundo semestre às Universidades Federais. Em outubro de 2007, existiam, em todo país, 15 reitorias ocupadas.

A explosão dessas lutas se deu para frear os ataques sistemáticos que a Educação Pública vem sofrendo. Os governos estaduais – São Paulo, Bahia, Paraná - decretaram uma série de medidas que destroem a autonomia e aprofundam o sucateamento e a privatização das instituições estaduais. O governo Lula, desde seu primeiro ano de mandato, vem aplicando a Reforma Universitária, que em 2007 assumiu uma nova cara, em forma de Decreto, o REUNI.

O que vivemos no ano passado não foi apenas o crescimento da insatisfação em relação aos projetos privatizantes que os governos e reitorias querem impor. Vivemos uma crescente disposição de debatermos e elaborarmos outro projeto de Universidade e de Educação, absolutamente distinto do que quer aplicar Lula, os governos estaduais e reitorias.

Essa mesma disposição se apresentou na organização do movimento estudantil. A disposição para ações mais radicalizadas, como as ocupações de reitorias, diretorias acadêmicas e Conselhos Universitários mostrou uma maior combatividade dos estudantes, fazendo nossa luta entrar em debate para o conjunto da sociedade. Não foi à toa que a Rede Globo, através da novela das 8, se uniu aos empresários da Educação e aos governos federal e estaduais para atacar o movimento estudantil.

O ano de 2007 também pisou na areia jogada sobre o caixão da União Nacional dos Estudantes. O caráter estrutural de sua degeneração, e de sua total de perda de autonomia e independência em relação aos governos, se mostra através de vários exemplos. Na luta das Estaduais Paulistas, que foi uma luta contra um governo do PSDB, a UNE negociou com a Reitoria da USP nas costas do movimento e sequer mandou uma moção de apoio à ocupação. Na UFRJ, cumpriram um papel de verdadeiros capangas da Reitoria para permitirem a aprovação do REUNI. Essa postura fez com que milhares de estudantes rechaçassem esta entidade com inúmeras manifestações, entre elas a “expulsão” da UNE da maioria dos DCE’s de Universidades Públicas.

Nas universidades privadas o que se seguiu foram exemplos parecidos. Na Fundação Santo André (São Paulo), que protagonizou uma das maiores lutas de universidades privadas do último período, a UNE nem apareceu, gerando uma enorme insatisfação dos estudantes com esta entidade. Na PUC-SP o que se deu foi o mesmo, tanto pela experiência que tiveram na greve de 2006, quanto pela experiência da luta contra o Redesenho Institucional – o REUNI aplicado às instituições particulares.

A dimensão de nossas lutas do ano passado poderia ser muito maior se tivéssemos uma articulação nacional disposta a fortalecer e impulsionar essas lutas. Ainda que a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária tenha sido um instrumento importante e parte determinante de nossa força, achamos que podemos avançar mais nessa articulação nacional, aprofundando as relações de unidade que desenvolvemos no ano passado. Em 2008, enfrentaremos novos desafios. A aprovação do REUNI em vários Conselhos Universitários só foi possível por conta da truculência e da falta de democracia desses espaços, que se armaram com a polícia para aprovar o plano. A força do movimento estudantil só perdeu para esse tipo de artifício do governo e das reitorias. O resultado é que o governo acumulou mais desgaste e insatisfação entre os estudantes. É por isso que a aplicação do REUNI tende a ser algo mais difícil, pois nossa força é crescente.

Entendemos, que os desafios colocados também correspondem à forma de organização do movimento estudantil. A necessidade de derrotarmos projetos como o REUNI, e a própria necessidade de construirmos um projeto Educação diferente dos de Lula, e seus amigos reitores e empresários da Educação, pode ser fortalecida pela construção de uma nova entidade para o movimento estudantil. Entendemos que o processo político que se passa em cada escola e universidade desde as lutas mais locais até as lutas gerais, que abarcam o conjunto da Educação brasileira, representa essa necessidade. Entendemos, porém que a avaliação da dinâmica desse processo não é homogênea, e estamos, portanto totalmente dispostos a afinar cada vez mais essa avaliação, para que possamos envolver o maior número de estudantes na construção dessa nova alternativa.

O acúmulo que tivemos até agora somado ao que vamos acumular no processo de discussão deste manifesto em cada sala de aula, em cada CA, DA, DCE, Executiva ou Federação de Curso, pode ser compartilhado e sintetizado através da realização de um Congresso Nacional de Estudantes, que debata além da proposta de fundar uma nova entidade, toda a reorganização pela qual passa o movimento estudantil e o projeto de Educação que queremos construir na perspectiva da defesa permanente de uma Educação realmente pública, gratuita, de qualidade e socialmente referenciada.

Este manifesto foi articulado por ativistas e entidades do movimento estudantil que se reuniram na reunião convocada pela Conlute, pela Executiva Nacional dos Estudantes de Letras e por outras entidades dispostas a abrir este debate no movimento estudantil. Esta reunião aconteceu no dia 18 de fevereiro DE 2008, na UFRJ.

domingo, 13 de abril de 2008

conlutas


Manifestações contra a fome
Tropas reprimem o povo nas ruas. Fora tropas brasileiras do Haiti!

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O povo haitiano saiu às ruas nessa semana para protestar contra a violenta alta de preços dos alimentos em seu país. Parte da população dominou várias ruas da capital, armou barricadas com pneus e pedras, paralisando a capital Porto Príncipe. Houve saques em diversas lojas e mercados.

O que vimos esses dias na mídia é a luta contra a fome. O Haiti é o país mais pobre do continente das Américas. Com 8,5 milhões de habitantes, 80% de sua população vive abaixo da linha da pobreza, com menos de US$ 2 (R$ 3,4) por dia.

Os manifestantes também pedem a renúncia do presidente René Préval, apoiado pelos EUA, e a retirada dos 9.000 homens das forças de paz da ONU, liderada pelo governo brasileiro.

Contra o povo que protesta diante da fome, o presidente ordenou que a polícia haitiana e os soldados da ONU interviessem para reprimir os protestos. Os soldados da Minustah (Missão de Estabilização da ONU no Haiti), sob liderança do Brasil, estão desde terça-feira em frente ao Palácio Nacional para proteger a sede da Presidência. Além disso, estão entrando em confronto direto com a população e utilizando bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes. nos últimos dias havia cinco mortos – noticiado pela mídia – e dezenas de feridos. A imprensa testemunhou um soldado atirando na cabeça de um manifestante.

O episódio deixa claro que a verdadeira “missão” das tropas brasileiras no Haiti é reprimir qualquer mobilização popular para dar estabilidade ao governo pró-imperialista de René Preval. Ou seja, nesse momento soldados brasileiros estão disparando suas armas contra o povo haitiano, que protesta contra o aumento do saco de 50 kg arroz, que subiu de US$ 35 (R$ 59) para US$ 70 (R$ 119) e contra o preço da gasolina que subia pela terceira vez em menos de dois meses.

As tropas brasileiras não integram uma “missão humanitária” e sim o corpo de defesa de um governo, lacaio do presidente George Bush, que está matando o povo haitiano.

Uma missão da Conlutas esteve no Haiti há menos de uma ano e já havia denunciado esse fato. O contato com o povo haitiano que tem uma história heróicas em nosso continente - uma revolução negra vitoriosa contra a dominação colonial e uma rebelião que derrotou a ditadura de Duvalier - mostrava que retomaria as lutas em seu país.

No Haiti, a Conlutas travou relações sindicais com a organização Batay Ouvriye (Batalha Operária), uma das organizações que convocam o Encontro Latino-americano e Caribenho (ELAC), que ocorrerá em julho, em Betim (MG).

Essa organização esteve à frente dessa mobilização e já havia denunciado a situação pela qual passa o povo haitiano: “Com esse salário mínimo criminoso (…) não se pode pagar a escola das crianças, suportar doenças, cumprir a renda em casa. Alguns nem chegam a comer e tem que se conformar com pães feitos de argila para não sucumbir”, enfatizava o boletim da organização.

O Batay Ouvriye ainda preconizou o que poderia vir a acontecer diante de um levante popular: “Este governo decidirá (…) optar por um crime em massa [contra os trabalhadores]? Sabemos que entre o direito dos dominantes e o direito dos despossuídos é a força que decide. A Minustah está aqui para assegurar precisamente isso”.

Por isso, a Conlutas manifesta seu irrestrito apoio ao povo haitiano que está em luta nas ruas contra as tropas brasileiras. Nós afirmamos que essa nossa também é nossa.

A Conlutas abre uma campanha de exigência ao governo Lula para que ordene a imediata desocupação das tropas brasileiras do Haiti. O sangue do povo haitiano que está escorrendo nas ruas daquele país é de responsabilidade do governo brasileiro.

Fazemos um chamado para que toda as organizações de esquerda, do movimento sindical, dos movimentos sociais e populares e estudantil se somem a essa denúncia e exigência conosco.

Toda solidariedade à luta do povo haitiano!
Foras as tropas brasileiras do Haiti!

Coordenação Nacional de Lutas - Conlutas

Foto: Bruno Huberman
mbjolpuc.files.wordpress.com/2007/10/haiti003.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

UNB


SE A POLÍCIA FEDERAL INVADIR A UNB,NOVAS INVASÕES A VISTA EM TODO O PAÍS!!!
VIVA A CONLUTE!!!!!

sexta-feira, 4 de abril de 2008

ESTUDANTIL


Movimento Estudantil
PM espanca estudantes dentro da UFMG

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Nessa quinta-feira, estudantes foram impedidos de ver um filme por policiais que cercaram o IGC, deixando feridos e prendendo um estudante.

Ontem, às 19h30, no IGC, uma sessão de cinema foi impedida a cacetadas pela Polícia Militar de Minas Gerais! Cerca de cinqüenta homens da Polícia Militar de Minas Gerais, em várias viaturas e até um helicóptero, cercaram o Instituto de Geociências da UFMG impedindo a entrada e saída de trabalhadores e estudantes do prédio. A PM-MG foi convocada e autorizada a agir pela Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais (Ronaldo Tadêu Pena e a vice-reitora, Heloisa Starling). Ao tentar sair do prédio, um estudante recebeu "voz de prisão" com a "justificativa" de desacato à autoridade. Indignados, estudantes, professores e demais trabalhadores presentes gritaram palavras de ordem pedindo a liberdade do estudante. A PM exaltou-se e começou a enfrentar os manifestantes, agredindo-os com cacetetes e coronhadas. Durante o tumulto causado pela Reitoria/PM uma das viaturas avançou em marcha-ré sobre os manifestantes e derrubou alguns deles. O objetivo da ação era reprimir uma sessão comentada de cinema, na qual seria apresentado um filme sobre a legalização da maconha (que pode ser achado em qualquer locadora). Uma estudante de medicina foi levada para o Pronto Socorro João XXIII com ferimentos na cabeça. Outros estudantes foram feridos e levados para fazer exame de corpo-delito.

Nem a Reitoria da UFMG e nem a segurança universitária fizeram nada para impedir a agressão (a entrada da polícia estadual é proibida nas universidades federais). Os estudantes tiveram que se defender sozinhos de uma truculência que remonta aos tempos da ditadura militar. A Reitoria usa cada vez mais a força militar e a repressão. No ano passado, diversos estudantes foram ameaçados de jubilamento por se manifestarem contra as taxas da FUMP. Para ser acusado bastava aparecer em fotos das assembléias ou atos na reitoria! Também no Conselho Universitário que aprovou o REUNI, o prédio da Reitoria foi cercado por policiais para impedir qualquer manifestação contra um projeto que sequer foi discutido seriamente na comunidade. Nos encontros estudantis, alunos de outras universidades não podem se alojar na UFMG. No início deste ano, o Reitor chegou a receber voz de prisão por impedir a matrícula de estudantes que conseguiram liminar judicial para não pagarem as taxas.

Fazemos uma pergunta séria e sincera aos estudantes: é essa Universidade que a sociedade precisa? Uma Universidade em que divergências viram casos de policia, ou pior, invasões da policia no campus. Um reitorado que se diz democrático mas que a repressão é a sua maior arma contra os desacordos. Lembra alguma coisa? Lembra algum "Estado" de coisas? Mas não passou? Não! Ontem o filme não passou no IGC!!!

Pedimos o apoio e participação de todas as entidades do movimento estudantil, sindical, popular e de organizações de direitos humanos nessa luta! É preciso denunciar esse ato em todos os lugares onde estivermos!

Assinam este manifesto: DCE-UFMG/DA- ICB/DA-FISIO/ DA-T.O./DAMAR/ DA IGC/ DA Educação Física/ CONLUTE/ESPAÇO SAÚDE/CIRANDA-LIBERDADE



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domingo, 30 de março de 2008

DOMINGÃO





A Cruz de Giz

Eu sou uma criada. Eu tive um romance
Com um homem que era da SA.
Um dia, antes de ir
Ele me mostrou, sorrindo, como fazem
Para pegar os insatisfeitos.
Com um giz tirado do bolso do casaco
Ele fez uma pequena cruz na palma da mão.
Ele contou que assim, e vestido à paisana
anda pelas repartições do trabalho
Onde os empregados fazem fila e xingam
E xinga junto com eles, e fazendo isso
Em sinal de aprovação e solidariedade
Dá um tapinha nas costas do homem que xinga
E este, marcado com a cruz branca
ë apanhado pela SA. Nós rimos com isso.
Andei com ele um ano, então descobri
Que ele havia retirado dinheiro
Da minha caderneta de poupança.
Havia dito que a guardaria para mim
Pois os tempos eram incertos.
Quando lhe tomei satisfações, ele jurou
Que suas intenções eram honestas. Dizendo isso
Pôs a mão em meu ombro para me acalmar.
Eu corri, aterrorizada. Em casa
Olhei minhas costas no espelho, para ver
Se não havia uma cruz branca.

...

terça-feira, 25 de março de 2008

blog do pstu


do blog molotov

quinta-feira, 20 de março de 2008

IRAQUE








Cinco anos depois, plano de Bush no Iraque é derrotado



Jeferson Choma
da redação do Opinião Socialista



• No dia 19, completam-se cinco anos da guerra no Iraque. Quando iniciou a guerra, o governo norte-americano de George W. Bush planejava invadir rapidamente o país, depondo a ditadura de Saddam para impor um novo governo fantoche a fim de “estabilizar” o Iraque. Desejava, assim, promover uma imensa rapina ao petróleo da segunda maior reserva do mundo. Cinco anos depois, pode-se dizer com toda a segurança que os planos imperialistas fracassaram de forma retumbante.

No Iraque, a guerra só trouxe mortes e destruição. Segundo a Cruz Vermelha, a situação humanitária no país é classificada como "uma das mais críticas do mundo". Milhões de iraquianos vivem sem acesso à água tratada, saneamento básico ou atendimento à saúde. Segundo organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, estima-se que entre 400 mil a 1 milhão de civis iraquianos foram mortos até agora. Cerca de 4 milhões de iraquianos são refugiados. Algo que representa 16% da população do país. Os dados publicados até agora são uma pequena demonstração dessa cruel realidade.

Por outro lado, no plano da política norte-americana a guerra causou uma profunda crise do imperialismo. Nem mesmo todo o dinheiro despejado no conflito e os milhares de soldados enviados ao país (até agora passaram pelo Iraque 1,6 milhão de militares) fez com que os planos do imperialismo lograssem algum sucesso.

Em cinco anos, 3.983 soldados dos EUA foram mortos em ações da resistência iraquiana. A guerra já custou cerca de 3 trilhões de dólares, segundo um levantamento de Joseph E Stiglitz, professor da universidade Columbia. Muito mais dos que os U$ 60 bilhões estimados inicialmente pelo governo Bush.

Como se não bastasse os EUA contam com uma tropa regular de 157 mil soldados no país. Além disso, estima-se que entre 100 mil e 130 mil mercenários são empregados em ação na ocupação do Iraque. Mas nada disso foi suficiente para “estabilizar” o país. Nem mesmo a Zona Verde, onde estão os edifícios do governo iraquiano e embaixada dos EUA. No último dia 17, foguetes Katyusha fora lançados contra a região pela resistência.

Os mercenários são importantes não somente para assegurar os “negócios” de empresários dos EUA na região, como é essencial para manter a ocupação norte-americana. Seu crescimento deve-se, sobretudo, à impossibilidades do governo Bush recrutar soldados para atuar na carnificina. Mesmo assim, a guerra de Bush continua afundando cada vez mais.

Baixas internas
Durante estes cinco anos, a equipe titular de falcões da Casa Branca também sofreu duras baixas. Muitos já caíram em função do enfraquecimento da atual administração, como o ex-secretário da Defesa Donald Rumsfeld, o ex-secretário de Estado Colin Powell, e o ex-secretário-assistente da Defesa Paul Wolfowitz.

Outros estão envolvidos até o pescoço em escandalosos casos de corrupção. É o caso do vice-presidente Dick Cheney. Como se não bastasse, o Partido Republicano de Bush perdeu sua maioria no Congresso. Desde então, Bush governa sob a complacência dos democratas.

No plano externo, a situação não foi diferente. Nestes cinco anos nenhum dos chefes de governos que apoiaram a guerra de Bush conseguiram se manter no poder. Da Espanha, passando pela Grã-Bretanha até a Austrália, um a um os aliados de Washington amargaram profundas derrotas eleitorais. Para Bush, sobrou apenas o “significante” apoio do governo da Albânia...

Sem rumo
Mesmo antes de completar cinco anos estava claro o destino da guerra: a ocupação se transformou num pântano que encurralou as tropas invasoras. A situação é crítica para o imperialismo – por um lado, não pode retirar as tropas, exceto se admitir a derrota; por outro, não sabe como mantê-las.

Por isso, um dos grandes temas nestas eleições presidenciais é sobre o que fazer com a ocupação do Iraque. De um lado, o candidato republicano, John McCain defende a ocupação por mais 100 anos. Para concretizar seu apoio, McCain visitou o Iraque no último dia 17, às vésperas do aniversário da ocupação.

De outro lado, surgem os candidatos democratas, Hillary Clinton e Barak Obama. Ambos servem à necessidade do imperialismo “reciclar” sua imagem. Com uma nova cara (de uma mulher ou de um negro na Casa Branca), mas com mesma velha política de dominação. Dessa forma é possível que o imperialismo norte-americano tenha um presidente com apoio popular. Visto, inclusive, com mais simpatia pelo mundo, diferente do ódio generalizado que existe contra Bush .

Clinton diz que se opõe à ocupação, mas a candidata votou a favor dos planos de Bush há cinco anos atrás. Obama, por sua vez, fala que vai retirar as tropas dos EUA do Iraque, mas só depois de “vencer a guerra”.

Cinco depois o imperialismo procura uma saída viável, diante da crise econômica e do pântano iraquiano. Qual será o futuro do Iraque nos próximos cinco anos? Seja quem for que ocupe a Casa Branca a situação do povo iraquiano não vai melhorar. Além disso, o próximo presidente dos EUA, seja quem for, vai querer cobrar a conta pela crise dos povos oprimidos do mundo.

[ 18/3/2008 20:04:00 ]

sábado, 15 de março de 2008

TIBET


TROPAS CHINESAS ATIRAM NA POPULAÇÃO NO TIBET!

quinta-feira, 13 de março de 2008

rice


CONDELEEZZA RICE, FORA DO BRASIL, ASSASSINA!

sexta-feira, 7 de março de 2008

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES


GT de Mulheres
8 de março: Manifesto das Mulheres da Conlutas para São Paulo

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8 DE MARÇO



RESGATANDO A TRADIÇÃO DE LUTA DA MULHER TRABALHADORA:



MULHERES CLASSISTAS, FEMINISTAS e CONTRA OS GOVERNOS LULA E SERRA LUTANDO CONTRA O MACHISMO, A EXPLORAÇÃO E PELO SOCIALISMO



CONCENTRAÇÃO na praça Osvaldo Cruz, às 10h



Neste 8 de março, “Dia Internacional de Luta das Mulheres”, é fundamental que estejamos unidas enquanto trabalhadoras, resgatando o sentido histórico de nossa luta contra o capital e seus representantes, exigindo a manutenção dos direitos conquistados às custas de nosso sangue e suor. E lutando contra a opressão machista, que nos violenta cotidianamente.



É preciso explicitar para o conjunto das mulheres trabalhadoras que para conquistarmos o fim da opressão e da exploração, para destruirmos as relações capitalistas é necessário que nossa luta seja direcionada aos nossos inimigos de classe: aos patrões e aos governos.E nesse sentido, é fundamental que essa luta seja tomada pelo conjunto dos trabalhadores, pois a opressão serve para manter e reproduzir a exploração sobre homens e mulheres da classe trabalhadora. É imprescindível dizer em alto e bom som que não há capitalismo sem machismo, assim como não é possível acabar com o machismo sob o capitalismo, isto é resgatar o caráter histórico do 8 de março, de um dia de lutas proposto no II Congresso Internacional das Mulheres Socialistas por Clara Zetkin!



É neste marco que se torna fundamental organizar as mulheres para lutar contra os ataques que estão previstos para este ano, assim como para avançarmos rumo às conquistas de direitos ainda não alcançados.



No Brasil a retirada dos direitos conquistados vem ocorrendo há décadas e, no último período o governo Lula é o responsável pela aplicação dos planos da burguesia que atacam a classe trabalhadora.



É o governo Lula que fez a Reforma da Previdência aumentando a idade mínima para aposentadoria e agora está encaminhando outra reforma que além de aumentar novamente o tempo/idade, irá atacar mais diretamente as mulheres diminuindo a diferença em relação aos homens, desconsiderando assim a dupla jornada a que estamos submetidas. Esta proposta também não considera que a opressão combinada com a exploração tem destinado às mulheres trabalhos repetitivos, além de haver aumento do assédio moral e sexual. Com esta Reforma, quando as trabalhadoras estiverem para se aposentar suas vidas estarão destruídas pelas doenças profissionais e pelo esgotamento físico e mental. Há ainda a intenção de extinguir as pensões, novamente atingindo, principalmente aquelas mulheres que por décadas foram donas de casa e ao enviuvar ficarão sem recursos para se manter. O governo estadual de Serra segue nesta mesma linha ao impor mudanças na aposentadoria de professores, uma categoria na sua maioria feminina.



É o governo Lula que encaminhou a proposta de Reforma Trabalhista que prevê a flexibilização dos direitos, inclusive a licença maternidade. Além de restringir um direito fundamental dos trabalhadores que é o direito a greve.



É o governo Lula que aprovou a Lei Maria da Penha num dia e no outro cortou 42% dos recursos para combater a violência contra a mulher. Os índices de violência doméstica não diminuíram e os de violência institucional aumentaram. Como foi o caso de Belém do Pará onde uma menina de 15 anos foi sistematicamente estuprada sob o governo de Ana Júlia Carepa (PT), governo este que foi eleito com financiamento de empresas que utilizam trabalho escravo.



É o governo Lula que se declarou abertamente contra o aborto, e armou o palanque para a Igreja Católica defender contra a legalização na Conferência Nacional de Saúde e lançar, em seqüência, a campanha da fraternidade 2008.



Não podemos esquecer também o ocorrido no 8 de março de 2007 quando Lula trocou “gentilezas” com Bush e aliou-se com Serra e Kassab para colocar a tropa de choque para reprimir a manifestação da mulheres.



Por tudo isto é necessário nomear os responsáveis pelos ataques: Lula, Serra e Kassab, e manter a visibilidade em torno de nossas bandeiras de luta pela garantia dos direitos, pelo fim da dupla jornada de trabalho, pelo pleno emprego, pelo piso do DIEESE, pela legalização do aborto, pelo fim da violência sofrida cotidianamente.



Nós não vamos abandonar a luta da mulher trabalhadora, não vamos romper com a nossa história de luta. Por isto não vamos seguir ao lado de organizações que se negam a lutar contra o governo, nosso inimigo de classe, responsável pela violencia que sofremos cotidianamente e que ao agirem dessa forma, tornam-se inconseqüentes na luta contra a opressão e a exploração das mulheres, favorecendo assim a manutenção deste estado de miséria e a a implantação de planos neoliberais que impoem derrotas às mulheres trabalhadoras. Assim não concordamos com o caráter que vem sendo imprimindo ao movimento feminista e em particular à organização do 8 de março, com palavras de ordem genéricas, que não enfrentam o governo Lula, que desorganiza a luta. Vamos seguir lutando por uma sociedade justa, sem machismo, sem opressão, sem exploração: UMA SOCIEDADE SOCIALISTA.



Convidamos a todas as lutadoras a construir este 8 de março para lutar:



- Contra as reformas que retiram direitos das mulheres trabalhadoras



- Em defesa da aposentadoria e da licença maternidade



- Por salários dignos e iguais para homens e mulheres que exerçam as mesmas funções;



- Pelo pleno emprego para as mulheres na cidade, pela garantia de trabalho digno para a mulher camponesa;



- Pela construção de creches e escolas públicas de jornada integral que atendam todos/as os/as filhos/as das trabalhadoras;



- Pela descriminalização e legalização do aborto, garantido na rede pública de saúde



- Distribuição gratuita de todos os métodos contraceptivos;



- Pela construção de postos de saúde e hospitais em todos os bairros da periferia, com número adequado de profissionais para atender à demanda;



- Pela construção de restaurantes públicos e lavanderias coletivas;



- Pelo fim da violência sofrida pelas mulheres;



- Pelo direito a moradia digna;



- Contra o preconceito de raça, nacionalidade e orientação sexual.



São Paulo, fevereiro de 2008.



Coordenação Nacional de Lutas - SP

domingo, 2 de março de 2008

NAZISTAS



NOVOS NAZISTAS ATACAM A FAIXA DE GAZA!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

PERU


Solidariedade urgente
Peru: repressão contra camponeses e indígenas deixa quatro mortos

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Governo peruano responde à greve agrária com militarização e criminalização. Pelo menos quatro já morreram.



Quatro pessoas já haviam morrido, dezenas estavam feridas e inúmeras presas, devido à repressão à paralisação nacional agrária convocada pelas organizações camponesas, agrícolas e indígenas do Peru. A mobilização, iniciada em 18 de fevereiro, era um êxito em todo o país. O governo, ao invés de abrir o diálogo, declarou Estado de Emergência em oito províncias do norte (Huaura, Huaral e Barranca, no departamento de Lima; Huarmey, Casma e Santa, no departamento de Ancash; e Virú e Trujillo, no departamento de La Libertad) e a ordem de intervenção do Exército, desfechando uma repressão indiscriminada ao movimento.



O primeiro-ministro peruano Jorge Del Castillo sintetizou a situação à imprensa: "Isto implica a suspensão dos direitos constitucionais relativos à liberdade e segurança pessoais, à inviolabilidade de domicílios e ao direito de reunião e de passagem" (Agência Estado/EFE, 19/08).



Criminalização do movimento - Essa ação repressiva do governo peruano é uma expressão da aceleração do processo de criminalização das lutas sociais, para que possa implementar as leis que beneficiam as empresas transnacionais, a privatização das águas e a concessão da Amazônia.



Uma outra face desse processo foram decretos legislativos que ampliam as penas por bloqueios de estradas e outras formas de mobilização. Mesmo antes dos decretos mais de setecentos camponeses e indígenas já haviam sido processados judicialmente, inclusive por terrorismo, por defender suas comunidades contra os efeitos destrutivos das minerações. A isto somam-se ainda as ameaças constantes aos dirigentes desses movimentos.



Solidariedade urgente - Diante do brutal e covarde ataque do governo contra os trabalhadores camponeses e indígenas peruanos, a CONLUTAS, manifesta total solidariedade a essa luta e pede que sejam enviadas urgentemente mensagens de solidariedade aos companheiros peruanos. A entidade que está dirigindo esta luta, a CNA, faz parte da Coordenadora de Bases em Luta, que está convocando no Peru o Encontro de Trabalhadores Latino-americanos e Caribenhos.



Assim como está divulgando a Coordenação Andina das Organizações Andinas (CAOI), nossas mensagens devem conter total apoio à paralisação nacional agrária e suas reivindicações; o rechaço à repressão indiscriminada exigindo punição aos responsáveis pelas mortes; abertura imediata de diálogo com o movimento; fim do Estado de Emergência e da criminalização das lutas sociais, principalmente as indígenas e camponesas.



As mensagens podem ser mandadas para liamarle@yahoo.es

Com cópia para secretaria@conlutas.org.br



Redação da Conlutas, a partir das informações da CAOI

Minga Informativa de Movimientos Sociales - http://movimientos.org/

Agência Estado



Reivindicações da Paralisação Nacional Agrária



1º - Definição de uma Política e Proteção da agricultura peruana drente ao Tratado de Livre comércio (TLC)



2º - Pela vigência da atual Lei de Águas nº 17752 e não a pretendida Ley de Águas do Poder Executivo.



3º - Saneamento das dívidas agrárias. Exigimos do governo um decreto de urgência para suspender as demarcações de terras pelas entidades financeiras e outros.



4º - Plena vigência dos direitos das comunidades camponesas e comunidades amazônicas. Rechaçamos o Projeto de Lei nº 1770/2007-PE e todos os projetos do Poder Executivo contrários aos interesses das comunidades



5º - Implementação e funcionamento imediato do Banco Agropecuário



6º - Adoção urgente de guano (adubo natural da região) para uma agricultura sustentável



7º Declarar emergência para agricultura dos vales afetados pelo terremoto de 15 de agosto de 2007



8º Implementação imediata do Plano para o Desenvolvimento Ganadero, preço justo do, leite fresco



9º parar com a depredação dos recursos naturais na Amazônia mediante concessões a favor das empresas transnacionais, petroleiras, madeireiras e mineiras, sem consulta à população amazônica



10º Por um preço justo para o algodão peruano, o leite e outros



11º Não à criminalização dos protestos sociais e a perseguição política dos líderes agrários em defesa dos direitos de seus povos.



12° Excluir a sagrada folha de coca da lista de entorpecentes. Cumprimento dos compromissos e acordos firmados entre o Estado e os produtores

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

GM


SJCampos
Dia 20 vai ter ato nacional contra tentativa da GM de reduzir direitos

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Protesto será realizado na sede do Sindicato dos Metalúrgicos, dia 20, às 16 horas



Representantes de entidades sindicais, lideranças populares e políticas vão realizar, no próximo dia 20 (quarta-feira), em São José, o Ato Nacional contra a Redução de Direitos e Salários.


Serão realizadas atividades durante todo o dia, como panfletagens e discussão com a população no Centro da cidade, assembléias na GM e um ato, às 16 horas, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos (rua Maurício Diamante, 65, Centro).


A iniciativa é uma resposta à campanha dos patrões, associações de empresários e setores da imprensa que querem impor redução salarial, banco de horas e flexibilização de direitos na GM. Recentemente, os trabalhadores da GM rejeitaram nos três turnos a proposta de reduzir direitos e salários e impor o banco de horas para contratar 600 temporários.



O protesto também será contra a iniciativa da Embraer de querer, por meio da Justiça, aplicar uma multa de R$ 5 milhões ao Sindicato dos Metalúrgicos.



A proposta de se realizar o Ato Nacional em São José justifica-se pela importância e força da categoria, que há anos trava lutas contra a redução de direitos e de salários.



“Em São José, não há banco de horas, nem redução de direitos. Vamos manifestar nosso apoio à luta dos companheiros da GM e de toda a categoria”, afirmou José Maria de Almeida, da coordenação nacional da Conlutas.



“A luta contra o banco de horas é de toda a classe trabalhadora. Inclusive, nas empresas em que foi implantado este sistema, os empregos não foram mantidos”, comentou Ana Paula Rosa de Simone, da Intersindical.



O professor Arnaldo Nogueira, pesquisador em relações do trabalho e professor doutor das faculdades de Economia, Administração e Contabilidade da USP (Universidade de São Paulo) e da PUC-SP, defende que o Sindicato dos Metalúrgicos de São José está correto em sua luta contra a reestruturação produtiva manifestada nesta mobilização na GM.



“O Sindicato, em meu modo de ver, tem que lutar pela valorização da força de trabalho no Brasil e, neste aspecto, a política adotada de desconfiar e se contrapor a reestruturação produtiva, que precariza o trabalho, está correta”, disse o pesquisador.



A lógica da reestruturação - O professor Arnaldo Nogueira também destacou como funciona a lógica da reestruturação produtiva de forma global, que busca sempre mão-de-obra e logística mais baratas.



“A reestruturação produtiva nos países em desenvolvimento ou emergentes, no caso da GM, é uma questão estratégica crucial. Amargando prejuízos e dificuldades nos EUA, essa política de reestruturação, que flexibiliza e reduz os custos da força de trabalho e dos processos produtivos em outros lugares do mundo, tem que ser compreendida como parte da estratégia global do Capital e das multinacionais”.



A busca de mão-de-obra e custo de produção mais baratos acaba fazendo com que as empresas realmente desloquem sua produção para os locais onde o lucro possa ser garantido.



Mas, para o secretário-geral do Sindicato, Luiz Carlos Prates, o Mancha, é uma grande chantagem das empresas, que falam de China quando querem aumentar a exploração no Brasil. “Da mesma forma, falam de Brasil quando querem precarizar as condições de trabalho nos Estados Unidos ou em outros lugares do mundo”.



Mancha defende que por isso mesmo os trabalhadores devem manter-se firmes na luta contra a flexibilização de direitos. “Não vamos repetir o que fez o ABC, sindicatos dirigidos pela CUT e Força Sindical que aceitaram Câmaras Setoriais, banco de horas e rebaixamento de salários há anos e de nada adiantou. Houve demissões e redução de jornada com redução de salários”, relembra Mancha, quando o Sindicato de São José rejeitou as Câmaras Setoriais.



Na década de 80, os trabalhadores da Volks eram 40 mil, hoje são 10 mil e recebem atualmente um salário 20% menor. A categoria dos metalúrgicos do ABC, em 1991, era formada por 196 mil trabalhadores. Já em 2007, eram cerca de 100 mil. Isto é: 96 mil postos de trabalho a menos!



A saída é a luta - Para o professor da USP, a saída diante desse dilema é complexa. “A saída passaria por uma articulação do movimento operário e sindical, em particular nas plantas da GM, e também uma perspectiva de solidariedade global, junto aos operários estadunidenses e de outros lugares do mundo”, opinou.



A atividade organizada pelo Sindicato para este dia 20 está em consonância com o que defende o professor, assim como a campanha de solidariedade também organizada pela entidade.



Veja as manifestações de solidariedade à luta dos trabalhadores da GM:



“A Federação Internacional dos Metalúrgicos expressa sua solidariedade com os companheiros da GM São José dos Campos. Nós estamos com vocês, mesmo com a pressão da companhia e da mídia“. Ron Blum, International Metalworkers´ Federation (Genebra, Suiça)



“Os trabalhadores da GM em Gliwice, na Polônia, expressam sua solidariedade na luta contra a redução de seus direitos. O aumento dos lucros da GM à custa da exploração dos trabalhadores é totalmente inaceitável“.

Slawomir Ciebiera, NSZZ Solidarnosc in GM (Polônia)



“A Federação Metalúrgica da República Tcheca, que representa 160.810 trabalhadores apóia a luta na GM. Somos estritamente contra qualquer redução de direitos e salários “.

Josef Stredula, Metalworkers Federation (Rep. Tcheca)



“Em todo o mundo, no Brasil ou na Itália, as empresas multinacionais tentam baixar salários e piorar as condições de trabalho para reduzir o custo de produção, e manter ou aumentar os seus lucros, na competição global. A vocês, nossa solidariedade“.

Alessandra Mecozzi, Federazione Impiegati Operai

Metallurgici nazionale - FIOM-CGIL (Roma, Itália)



“Os trabalhadores já decidiram não aceitar esse ataque aos seus direitos e a GM tem que respeitar essa decisão”.

Deputado Estadual José Cândido (PT)



Outras manifestações de apoio:

a) Nacionais: Movimento Operário Metalúrgico de Camaçari (BA), Funcionários Públicos Municipais de Alagoinha (BA), Associação dos Docentes da Unicamp, SISMMAR de Maringá (PR), STIUEG (Goiás), Oposição SINPRO (DF), SINDPPD (RS), Conlutas, ADMAP (SJCampos), Apeoesp.



b) Internacionais: Comitê executivo CFTC (França), Liga Socialista (Cusco, Peru), MCA-UGT (Madri, Espanha), Sindicato de Trabalhadores Noruegueses.



Redação da Conlutas a partir das matérias produzidas pela Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos de SJC



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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

IGREJA


Nacional
Manifesto de Católicas pelo Direito de Decidir sobre a Campanha da Fraternidade 2008

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A Campanha da Fraternidade de 2008 – cujo tema é “Fraternidade e Defesa da Vida” – vai, mais uma vez, mobilizar a comunidade católica brasileira para uma reflexão a respeito de valores cristãos e nos fará pensar sobre o significado da vida. Pela relevância do tema, é necessário que todas as vozes católicas sejam ouvidas e nós, como Católicas pelo Direito de Decidir, sentimo-nos interpeladas a dar nossa contribuição.



Reiteramos com a Igreja que todas e todos têm direito a uma vida plena e digna, conforme o Evangelho de Jo 10, 10: “Eu vim para que todos tenham vida, e vida em abundância”. Com ela, lembramos a necessidade urgente de se reverter o processo de degradação da natureza, que, certamente, coloca em risco a vida das futuras gerações.



Com ela reafirmamos que defender a vida é lutar contra a pobreza, a exclusão, a situação de extrema injustiça social do nosso país. Com a Igreja, entendemos que defender a vida é criar condições para que se realize o direito a uma vida sem violência, sem desigualdade de nenhuma ordem, sem opressão, sem exploração, sem medo, sem preconceitos.



No entanto, como católicas, tendo como referência a tradição cristã e os valores evangélicos, há questões que nos parecem fundamentais quando a vida das pessoas está em jogo. Por isso, queremos interrogar a Igreja sobre as contradições entre seu discurso e sua prática em relação aquilo que ela apresenta como defesa da vida.



- Pode-se afirmar a defesa da vida e ignorar milhões de pessoas que morrem, no mundo todo, vítimas de doenças evitáveis, como a aids? Seguir condenando o uso de preservativos que salvariam tantas vidas, numa brutal indiferença à tamanha dor?



- Pode-se afirmar a defesa da vida e condenar as pessoas a sofrerem indefinidamente num leito de morte, condenando o acesso livre e consentido a uma morte digna, pelo recurso à eutanásia?



- Pode-se afirmar a defesa da vida e condenar as pesquisas com células-tronco embrionárias, que podem trazer alento e perspectiva de vida digna para milhares de pessoas com deficiências?



- Pode-se afirmar a defesa da vida e dizer que se condena o racismo quando se impede a manifestação ritual que incorpora elementos religiosos indígenas e afro-latinos nas expressões litúrgicas católicas? Quando se afirma a superioridade cristã em relação às outras crenças?



- Pode-se afirmar a defesa da vida e eliminar a beleza da diversidade humana, com atitudes e discursos intolerantes em relação a expressões livres da sexualidade humana, condenando o relacionamento amoroso entre pessoas do mesmo sexo?



- Pode-se afirmar a defesa da vida e fazer valer mais as normas eclesiásticas do que o amor, impedindo a reconstrução da vida em um segundo matrimônio?



- Pode-se afirmar a defesa da vida e denunciar as desigualdades, quando a mesma Igreja mantém uma situação de violência em relação às mulheres, submetendo-as a normas decididas por outros, impedindo-as de realizarem sua vocação sacerdotal, relegando-as a uma situação de inferioridade em relação aos homens da hierarquia católica?



- Pode-se afirmar a defesa da vida, quando se tenta impedir políticas públicas de saúde – como é o caso do planejamento familiar e da distribuição da contracepção de emergência - que visam prevenir situações que podem colocar em risco a vida das pessoas?



- Pode-se afirmar a defesa da vida e desrespeitar o princípio fundamental à realização de uma vida digna e feliz, que é o direito de decisão autônoma sobre o próprio corpo? Condenar as mulheres a levar adiante até mesmo uma gravidez resultante de estupro, a não interromper uma gravidez que coloca a vida delas em risco, ou cujo feto não terá nenhuma condição de sobreviver?



- Pode-se afirmar a defesa da vida e cercear o livre exercício do pensamento, impedindo a expressão da diversidade existente no interior da Igreja?



Neste manifesto, Católicas pelo Direito de Decidir une-se a todos aqueles que, dentro da Igreja e na sociedade brasileira em geral, desejam contribuir para que a defesa da vida seja compreendida em sua complexidade e se realize o direito de tod@s de viver com dignidade.



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sábado, 9 de fevereiro de 2008

poesia


BOM FINAL DE SEMANA!
Aos que virão depois de nós

I

Eu vivo em tempos sombrios.
Uma linguagem sem malícia é sinal de estupidez,
uma testa sem rugas é sinal de indiferença.
Aquele que ainda ri é porque ainda não recebeu a terrível notícia.

Que tempos são esses, quando
falar sobre flores é quase um crime.
Pois significa silenciar sobre tanta injustiça?
Aquele que cruza tranqüilamente a rua
já está então inacessível aos amigos
que se encontram necessitados?
É verdade: eu ainda ganho o bastante para viver.
Mas acreditem: é por acaso. Nado do que eu faço
Dá-me o direito de comer quando eu tenho fome.
Por acaso estou sendo poupado.
(Se a minha sorte me deixa estou perdido!)

Dizem-me: come e bebe! Fica feliz por teres o que tens!
Mas como é que posso comer e beber,
se a comida que eu como, eu tiro de quem tem fome?
se o copo de água que eu bebo, faz falta a quem tem sede?

Mas apesar disso, eu continuo comendo e bebendo.
Eu queria ser um sábio.
Nos livros antigos está escrito o que é a sabedoria:
Manter-se afastado dos problemas do mundo
e sem medo passar o tempo que se tem para viver na terra;

Seguir seu caminho sem violência,
pagar o mal com o bem,
não satisfazer os desejos, mas esquecê-los.
Sabedoria é isso!
Mas eu não consigo agir assim.
É verdade, eu vivo em tempos sombrios!

II

Eu vim para a cidade no tempo da desordem,
quando a fome reinava.
Eu vim para o convívio dos homens no tempo da revolta
e me revoltei ao lado deles.
Assim se passou o tempo
que me foi dado viver sobre a terra.
Eu comi o meu pão no meio das batalhas,
deitei-me entre os assassinos para dormir,
Fiz amor sem muita atenção
e não tive paciência com a natureza.
Assim se passou o tempo
que me foi dado viver sobre a terra.

III

Vocês, que vão emergir das ondas
em que nós perecemos,
pensem,
quando falarem das nossas fraquezas,
nos tempos sombrios
de que vocês tiveram a sorte de escapar.
Nós existíamos através da luta de classes,
mudando mais seguidamente de países que de sapatos,
desesperados!
quando só havia injustiça e não havia revolta.

Nós sabemos:
o ódio contra a baixeza
também endurece os rostos!
A cólera contra a injustiça
faz a voz ficar rouca!
Infelizmente, nós,
que queríamos preparar o caminho para a amizade,
não pudemos ser, nós mesmos, bons amigos.
Mas vocês, quando chegar o tempo
em que o homem seja amigo do homem,
pensem em nós
com um pouco de compreensão.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

serra


380 professores portadores de deficiência prejudicados pela Secretaria de Educação de São Paulo PDF Imprimir E-mail
06-Fev-2008



Mais de 220.000 mil professores da Rede Pública de Ensino participarão no dia 07/02/08, às 13:00 horas, da atribuição de aulas para o ano letivo de 2008, que se iniciará dia 13/02/08 em todo o estado de São Paulo. Porém, por falta de estrutura, pessoas e médicos especializados em cada especificidade de deficiência, mais de 380 professores portadores de deficiência, que já vêm trabalhando ao longo dos anos para a Secretaria de Estado da Educação, foram proibidos de participar do processo.



Exemplo são vários professores OSTOMISADOS e com outras deficiências específicas que não foram reconhecidas em Laudo Médico pelo Departamento de Perícias Médicas do Estado, D.P.M.E, por não contar com peritos habilitados e funcionários para atender às especificidades, com exclusão de mais de 380 professores. Isso fora mais um grande grupo de professores do interior de São Paulo, a exemplo de Presidente Prudente, Presidente Epitácio, que preferiram ficar fora da lista especial por terem que sair de suas cidades e comparecerem à capital para realizar a perícia médica.



Exclusão realizada por apenas uma portaria de nº. 20 emitida pela Secretaria de Estado de Educação através do D.R.H.U - Departamento de Recursos Humanos do Estado.



Fonte: Coletivo Estadual de Professores e Professoras Com Deficiência.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

CONLUTAS


Movimento Sindical
Multa da Embraer contra o SindMetal SJCampos já chega a R$ 5 milhões. Repudie este ataque aos trabalhadores!

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Multa é atentado contra democracia e ameaça inviabilizar a entidade

A multa que a Embraer tenta impor ao Sindicato dos Metalúrgicos está subindo a cada dia e já chega aos R$ 5 milhões.

Esta multa é decorrência de uma ação judicial que a Embraer entrou contra o Sindicato, em 1999, em razão da realização de uma assembléia na porta da fábrica.

Este aumento gradativo do valor acontece porque a Embraer conseguiu na Justiça que o Sindicato seja multado a cada atividade sindical realizada na porta da fábrica, como assembléias e distribuição de jornal.

Com isso, a multa que era de R$ 20 mil, no começo, já atinge os R$ 5 milhões.

O que a Embraer tenta, com o aval da Justiça, é inviabilizar o funcionamento da entidade e enfraquecer a organização dos trabalhadores.

Repudie este ataque!

O Sindicato está realizando uma campanha contra este ataque, que fere a livre organização sindical, o direito de greve e desrespeita a Constituição Federal e convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Chamamos a todos os trabalhadores e trabalhadoras, de todas as categorias, e suas entidades, a se mobilizarem e repudiarem esta postura.

Interdito é manobra judicial

A ação judicial que possibilitou que a Embraer obtivesse essa multa de R$ 5 milhões contra o Sindicato é denominada “interdito proibitório”. O interdito é uma ação que foi criada para proteger uma propriedade.

Contudo, os empresários passaram a usar o interdito como forma de atacar os trabalhadores e barrar suas mobilizações. Com a ajuda da Justiça, as empresas têm conseguido interditos que proíbem a realização de qualquer manifestação, assembléia, passeata ou greve, até mesmo antes que ocorram.

Isso é um grave atentado à democracia, ao direito de greve e de organização sindical.

Na região, outras empresas também já utilizaram esse mecanismo, como a Latecoere, Aernnova, LG.Philips, NovaDutra e Ambev. Essa situação também está ocorrendo em outros locais do país.

Estas ações judiciais impõem pesadas multas aos sindicatos e movimentos sociais, com o objetivo claro de destruir as entidades.

“Os patrões querem fazer com que os trabalhadores aceitem seus ataques sem qualquer reação. É a volta da repressão da ditadura. Não podemos aceitar isso”, afirmou o dirigente sindical Célio Eduardo Silveira.

Moção de repúdio

Segue abaixo o modelo de moção de repúdio. Copie o texto abaixo e cole em uma nova mensagem de e-mail, colocando data e o nome da entidade e envie para os seguintes e-mails:

Tribunal de Justiça de São Paulo: presidente desembargador Roberto Antonio Vallim Bellocchi
presidencia@tj.sp.gov.br - elsilva@tj.sp.gov.br

Embraer: presidente Frederico Fleury Curado
presidencia@embraer.com.br

Favor mandar também uma cópia da moção ao nosso Sindicato: secretaria@sindmetalsjc.org.br

Moção de Repúdio

[cidade], [dia] de janeiro de 2008

Enviamos esta presente carta para expressar nosso repúdio à Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A. (Embraer), que ataca a livre organização dos trabalhadores, através de um interdito proibitório contra o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

É inadmissível que esta empresa tente multar a entidade em R$ 4 milhões, em razão de uma assembléia que foi realizada na porta da fábrica em 1999. Essa medida é um claro desrespeito ao livre direito de manifestação e da organização sindical, infringindo a Constituição Federal e convenções da OIT (Organização Internacional do Trabalho).

Exigimos que esta multa e esta ação judicial, que ataca toda a classe trabalhadora e suas organizações, sejam imediatamente canceladas.

Atenciosamente,

[Entidade]

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

ANDES

Movimento Sindical
Congresso: ANDES divulga a carta de Goiânia

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Carta de Goiânia

No período de 14 a 20 de janeiro de 2008, reuniram-se, em Goiânia-GO, os delegados e os observadores eleitos pelas assembléias gerais de professores de instituições de ensino superior de todo o país para o 27º CONGRESSO do ANDES Sindicato Nacional, que foi convocado sob o tema: Avançar na Luta em Defesa da Universidade Pública e dos Direitos dos Docentes. Cumprindo suas atribuições de instância deliberativa máxima do ANDES-SN, o evento definiu os posicionamentos a serem defendidos pelo Movimento Docente e o plano de lutas do sindicato para 2008.

Durante a Plenária Solene de Abertura, ocorreram os lançamentos de
algumas importantes publicações: a revista Universidade e Sociedade número 41, cuja temática é Produção do Conhecimento versus Produtivismo e Precarização do Trabalho Docente; o livro de charges Haja Humor, de Ricardo Borges; e o livro Comunicado Importante: Memórias da Resistência, organizado por Elias Boaventura e outros docentes da ADUNIMEP-S.Sind. Outro momento de destaque do Congresso foram os pronunciamentos de dois convidados, dirigentes da Central Obrera Boliviana - COB, Ramiro Condori, secretário de finanças, e Pedro Montes, secretário executivo, que, ao saudarem os docentes das instituições de ensino superior brasileiras, manifestaram a solidariedade dos trabalhadores bolivianos.

O clima característico dos congressos eleitorais se fez presente. Foram
aprovados a Comissão Eleitoral e o Regimento Eleitoral, fixando os dias 13 e 14 de maio para a realização da eleição direta da nova diretoria para o biênio 2008/2010, quando todos os sindicalizados deverão depositar seu voto em urnas abertas em todas as seções sindicais. Foi oficializada a inscrição da chapa ANDES-SN autônoma, democrática e de luta, que recebeu o número 1.

A partir de um balanço do Movimento Docente e da análise da Conjuntura, o 27º CONGRESSO iniciou as deliberações sobre a pauta, definindo que o foco de atuação do Sindicato, em 2008, deve se concentrar em:

- Intensificar a participação na reorganização e unificação da classe trabalhadora na luta contra as políticas e reformas neoliberais, em defesa dos direitos sociais;

- Lutar pela ampliação do acesso e permanência nas IES públicas, gratuitas e de qualidade, sociamente referenciada nos interesses históricos da classe trabalhadora, com garantia de financiamento público, autonomia, democracia e indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;

- Lutar pela valorização do trabalho docente e contra toda e qualquer forma de precarização;

- Lutar pela ampliação da participação da categoria no Sindicato por meio da intensificação do trabalho de base.

Com esse referencial o ANDES-SN reafirmou que a reforma universitária, em andamento tanto no Congresso Nacional quanto no âmbito de alguns Estados, adapta o ensino superior brasileiro às políticas de inserção subalterna do país e ao cenário de mundialização do capital. Além disso, reitera que os programas REUNI e de instalação dos IFETs fazem parte da materialização dessa política, ao desestruturarem o sistema federal de educação superior e técnica/tecnológica. Uma série de articulações e ações foram programadas para serem implementadas em 2008 com o objetivo de reverter esses fatos, pois, caso contrário, resultarão tanto na precarização do trabalho docente quanto no rebaixamento da qualidade da formação
universitária. Como contraposição ao REUNI e aos programas equivalentes, será deflagrado um processo democrático de discussão, em todas as IES, para colocar em curso um plano de ampliação da educação superior pública que resgate as propostas contidas no PNE - Plano Nacional de Educação da Sociedade Brasileira, enfatizando a necessidade do adequado financiamento público e exigindo a ampliação de vagas docentes.

Ao analisar os recursos investidos, a instância máxima do movimento docente denunciou a falácia da política de financiamento da educação dos últimos governos, incluindo o atual, que, ao contrário do que se propala, não têm ampliado verbas para a área. O 27º CONGRESSO deliberou lutar por mecanismos que assegurem o financiamento estável e suficiente de todos os níveis da educação pública, a ser recebido e executado exclusivamente pelas instituições públicas.

Nesse aspecto, foi deliberado disponibilizar para a sociedade informações e
análises a respeito das fundações privadas de apoio incrustadas nas instituições públicas, denunciando-as amplamente como fonte de ilegalidades, desnecessárias e perniciosas para o desenvolvimento indissociável do ensino/pesquisa/extensão, e como obstáculo ao desenvolvimento científico, público e socialmente referenciado.
Evoluir rapidamente para a ruptura das relações estabelecidas entre as
universidades públicas e estas organizações privadas foi considerado necessário para estancar a privatização, uma vez que as últimas são importante canal de negócios, voltadas principalmente para os interesses mercadológicos.

Considerando a realidade atual, estabelecida no interior das instituições de
ensino, houve forte posicionamento do Congresso no sentido de denunciar e
combater o assédio moral, por considerar essa prática como uma das formas mais aviltantes de exploração e de desvirtuamento das relações de trabalho, realizada contra os trabalhadores em geral e, neste caso em particular, contra professoras e professores.

O acinte à democracia, de maneira orquestrada, recentemente protagonizado nos campi, receberá como resposta um amplo movimento de solidariedade política a todos os que lutam em defesa da universidade pública e são submetidos à odiosa criminalização. Serão enfrentadas e denunciadas as várias administrações universitárias que desencadearam uma escalada de ações truculentas contra o movimento de resistência ao REUNI e que, além de tudo, agora passaram a introduzir, nas normas e condutas internas, sanções para tentar impedir o exercício do direito de divergir.

Quanto à luta mais geral, o 27º CONGRESSO tomou posição contra as
reformas do governo Lula e dos governos estaduais e municipais, que retiram direitos dos trabalhadores, com destaque para as reformas universitária, sindical e previdenciária. Deliberou exigir o cumprimento das disposições legais que viabilizariam o controle social sobre os contratos relativos às dívidas públicas, interna e externa, assinados por membros do governo em nome do povo brasileiro.

Decidiu, ainda, articular-se com os movimentos sociais em defesa dos recursos hídricos, da Amazônia e dos demais biomas nacionais, agregando forças às lutas contra as leis e iniciativas que favorecem a exploração empresarial causadora de impactos sócio-ambientais danosos ao país, posicionando-se contrariamente à transposição do Rio São Francisco e denunciando política que vem sendo implementada pelo governo de “reprimarização” do Brasil por meio do incentivo às monoculturas como soja, cana, eucalyptus, pinus e acácia.

Do ponto de vista organizativo e de ampliação da luta, o 27º CONGRESSO fez um chamado a todo o movimento docente para que aprofundem o debate a partir das seções sindicais, com temas pautados no I Congresso da CONLUTAS, que será realizado no período de 3 a 6 de julho de 2008, em Betim, Minas Gerais. Além de reafirmar a construção da Coordenação Nacional de Lutas na base, o ANDES-SN imprimirá o seu protagonismo levando contribuições para serem apresentadas no
contexto da reformulação do Estatuto da entidade. Estas serão produzidas no debate a ser incentivado durante todo o semestre em curso, orientado pelos seguintes princípios:

- autonomia frente aos governos, partidos políticos, administrações universitárias e entidades mantenedoras;

- democracia com ampla participação da base e horizontalidade nas relações políticas;

- garantia do amplo debate de idéias e o respeito à diversidade das posições
políticas que se expressarem no âmbito da CONLUTAS.

O 27° CONGRESSO do ANDES Sindicato Nacional sintetizou o ânimo
combativo do movimento docente ao aprovar o plano de lutas dos três setores, IPES, IEES, IFES, apontando claramente o sentido das ações que serão implementadas no ano de 2008:

- Para o setor das particulares aprovou as diretrizes da pauta unificada, para a campanha salarial 2008, que inclui piso salarial correspondente a dois saláriosmínimos do DIEESE, referente a 20 horas semanais de trabalho para todos os docentes, independentemente do regime de trabalho, de modo a que a remuneração contemple todas as referências constantes do plano de lutas. Agregado a isto, deliberou implementar uma série de ações para que tenha eficácia a recomendação emitida pela OIT no julgamento do processo proposto pelo ANDES-SN sobre a prática de atos anti-sindicais do patronato, inclusive exigindo que o governo tome providências para cumprir tais recomendações, já que é signatário daquele organismo internacional. Foi assumido, também, o desafio de articular a agenda de lutas das IPES na Frente de Lutas Contra a Reforma Universitária, mobilizando, com
isso, os estudantes do setor.

- Para o setor das estaduais/municipais foi reafirmada e atualizada a pauta
unificada do setor, de maneira a responder aos novos desafios, caracterizados principalmente pela agudeza com que os governos estaduais tem atacado o caráter público das instituições de ensino superior, achatando os salários e precarizando as condições de trabalho de várias maneiras, inclusive por ardilosas reestruturações dos planos de carreira. Foi aprovado um elenco de iniciativas capazes de potencializar as ações nos vários estados e promover a sistematização de informações, somando as experiências de todos os Estados da Federação.

- Para o setor das federais, em função da forma como se desenvolveu o processo de negociação com o governo e os fatos mais recentes da conjuntura, se deliberou que o ANDES-SN proponha aos SPF uma campanha salarial unificada que recupere as perdas salariais de cada categoria, desde janeiro de 1995, baseada na paridade e na isonomia. De forma articulada a essa luta conjunta, o 27º CONGRESSO conclama a categoria docente das IFES a discutir a necessidade da construção da
greve devido ao rompimento das negociações por parte do governo com os
docentes e imposição de proposta rejeitada pelas assembléias gerais, a não
negociação do reajuste salarial para os docentes da carreira do 1º e 2º grau, o não reajuste salarial em 2007 e a ameaça não haver qualquer reajuste em 2008. Para isso, indica a realização de uma rodada de assembléias gerais e uma reunião do Setor.

A prática política recente demonstra, com eloqüência, que não haverá
ganhos sem luta. Vamos à luta companheiros.

Goiânia, 20 de janeiro de 2008