segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
domingo, 23 de dezembro de 2007
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
RIO SÃO FRANCISCO
Dom Luiz Cappio mantém, com valentia admirável, a greve de fome exigindo do governo Lula a suspensão das obras de transposição do rio São Francisco. Sua luta merece o apoio de todos.
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
PT
TUDO IGUAL NO PT,PARTIDO QUE REPRESENTOU OS TRABALHADORES!VIVA O PSTU!!!!!!!!!!
Berzoini tem 61% dos votos na segunda parcial das eleições do PT
A Secretaria Nacional de Organização do PT divulgou neste domingo a segunda parcial da apuração dos votos para a presidência do partido que aponta o deputado federal Ricardo Berzoini com 61,80% dos votos válidos. Até as 23h foram contabilizados 106.252 votos --48% do total estimado de participantes do segundo turno.
O deputado federal Jilmar Tatto aparece com 38.316 (38,20%) dos votos válidos. Brancos e nulos somam 5.936. O total de votos apurados refere-se a 796 municípios de todo o país.
No primeiro turno do PED (Processo de Eleição Direta) realizado no último dia 2 --quando 326.147 petistas foram às urnas para escolha dos dirigentes do partido para os próximos dois anos-- Berzoini ficou em primeiro lugar com 43,42% dos votos e Tatto em segundo, com 20,25%.
Tatto recebeu o apoio de Valter Pomar e Gilney Viana, ambos derrotados no primeiro turno da disputa. Berzoini, atual presidente do PT, não recebeu apoio oficial de nenhum dos oponentes, mas tem o voto de figuras importantes do PT. A mais famosa dela é a do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Além da presidência nacional, estão em disputa neste segundo turno a direção de 10 diretórios estaduais: Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Santa Catarina.
A posse do novo presidente está marcada para os dias 25 e 26 de janeiro, em Brasília.
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sábado, 15 de dezembro de 2007
FINAL DE SEMANA
Hábitos de amar
Não é exato que o prazer só perdura.
Muita vez vivido, cresce ainda mais.
Repetir as mil versões prévias, iguais
É aquilo que a nossa atração segura:
O frêmito do teu traseiro há muito
A pedi-las! Oh, a tua carne é ardil!
E a segunda é, que traz venturas mil,
Que a tua voz presa exija o desfruto!
Esse abrir de joelhos! Esse deixar-se coitar!
E o tremer, que à minha carne sinal solta
Que saciada a ânsia, logo te volta!
Esse serpear lasso! As mãos a buscar-
-Me. Tua a sorrir!
Ai, vezes que se faça:
Não fossem já tantas, não tinha tanta graça!
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quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
senado
Promotoria investiga caixa dois em campanha de Garibaldi
O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) teve gastos da sua campanha de 2002 cobertos por um suposto esquema de desvio de recursos públicos investigado pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte, informa nesta quarta-feira reportagem da Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).
Segundo a denúncia, recursos públicos foram usados para quitar dívidas da campanha de Fernando Freire (PMDB), ex-vice-governador de Garibaldi, acusado de peculato e formação de quadrilha.
Lançado nesta terça-feira (11) pelo PMDB à presidência do Senado, Garibaldi é ex-governador do Rio Grande do Norte (1995-2002). Em 2002, ele venceu a disputa ao Senado na chapa de Freire, derrotado para o governo. Para a campanha, ambos contrataram a empresa de marketing político Polis Propaganda e Publicidade --pertencente ao marqueteiro João Santana, ex-sócio do publicitário Duda Mendonça e amigo do senador Garibaldi
Um processo protocolado por promotores da Defesa do Patrimônio Público de Natal (RN) e acolhida pela Justiça mostra que cerca de R$ 210 mil saíram dos cofres da Secretaria de Defesa Social e acabaram nas contas bancárias de pessoas ligadas à Polis. O nome de Garibaldi não consta na denúncia.
Em entrevistas concedidas desde sábado, Garibaldi, Freire e dois ex-contratados da Polis localizados pela Folha reconheceram que a campanha era única (Freire ao governo, na qual foi derrotado, e Garibaldi ao Senado) e que João Santana trabalhou para os dois candidatos ao mesmo tempo.
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terça-feira, 4 de dezembro de 2007
quarta-feira, 28 de novembro de 2007
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
SÁBADO
BOM FINAL DE SEMANA!
DE RUA
Barracas - entre imagem gastas,
Bandejas sangram framboesas.
Num arenque lunar se arrasta
Sobre mim uma letra acesa.
Cravo as estacas dos meus passos,
O tamborim das ruas sente.
Lentamente os bondes-cansaços
Cruzam as lanças fluorescentes.
Alçando a mão o olho arisco,
A praça oblíqua põe-se a salvo.
O céu esgazeia ao gás alvo
O olhar sem-ver do basilisco.
(Tradução de Augusto de Campos e Boris Schnaiderman)
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quarta-feira, 21 de novembro de 2007
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
FINAL DE SEMANA
BOM FINAL DE SEMANA!
EU
Nas calçadas pisadas
de minha alma
passadas de loucos estalam
calcâneo de frases ásperas
Onde
forcas
esganam cidades
e em nós de nuvens coagulam
pescoço de torres
oblíquas
só
soluçando eu avanço por vias que se encruzi-lham
à vista
de crucifixos
polícias
(tradução: Haroldo de Campos)
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terça-feira, 13 de novembro de 2007
reuni
juventude@pstu.org.br
Derrotar o Reuni de Lula e FMI
Thiago Hastenreiter
da Secretaria Nacional de Juventude do PSTU
Outros textos deste(a) autor(a)
• A ocupação da USP, ocorrida no primeiro semestre deste ano, contra os decretos de Serra, deixou marcas profundas no movimento estudantil: inspirou e educou toda uma nova geração de estudantes, ensinando que é possível vencer.
A lição da luta foi bem compreendida e seu método reproduzido. As ocupações de reitorias se proliferaram por todo país e se tornaram a marca registrada de um novo movimento estudantil insurgente.
Desta vez, o inimigo não carregava consigo as penas azuis e amarelas de tucano, mas a já desbotada estrela vermelha do PT. UFRJ, UFF, UniRio, UFRRJ (todas do Rio de Janeiro), UFPR (Paraná), UFBA (Bahia), UFC (Ceará), UFPE (Pernambuco), UFJF (Juiz de Fora), Unifesp (São Paulo) e UFSCar (São Carlos) foram palcos das ocupações contra o decreto do governo Lula, que institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni. Muitas delas seguem na resistência até hoje, outras foram desfeitas através de ações truculentas das polícias Militar e Federal.
O Reuni
Trata-se do maior ataque da história contra o ensino superior público brasileiro. Após quatro malfadadas tentativas de aprovação da reforma universitária no Congresso Nacional, Lula chamou para si a responsabilidade e sozinho colocou um ponto final na história. Deixou de lado a tramitação do Projeto de Lei 7.200 e decretou autoritariamente o Reuni.
Apossando-se indevidamente das bandeiras históricas do movimento da educação – como a “expansão” e a “democratização do acesso” –, o governo Lula visa adequar as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) às exigências do mercado e do imperialismo. O Reuni acaba com qualquer possibilidade de as universidades produzirem conhecimento, tecnologia e ciência a serviço da soberania do país. As Ifes vão se transformar em grandes “escolões” formadores de mão-de-obra barata, desqualificada e apta para atuar num mercado de trabalho altamente precarizado, típica de um país semicolonial.
Para atingir este objetivo, o governo conta com alguns mecanismos. Um deles, talvez o mais importante, são os “ciclos básicos de terminalidade breve”, que em bom português são conhecidos como cursos rápidos. O estudante aprovado no concorridíssimo vestibular, ao invés de ingressar em cursos profissionais de História, Engenharia ou Medicina, entrará nos ciclos básicos com duração de dois a três anos de Humanidades, Tecnologias ou Ciências da Saúde respectivamente. Após o término dos ciclos básicos, somente uma minoria dos estudantes com rendimento excepcional poderão continuar seus estudos, enquanto a ampla maioria engrossará as estatísticas do desemprego ou do subemprego portando um diploma de segunda categoria.
O outro passe de mágica se dá através da superexploração docente. Atualmente, existem, em média, 10 estudantes para cada professor. A meta do governo é ampliar essa proporção de maneira que um professor atenda a 18 estudantes, ou seja, o governo praticamente dobra o número de estudantes e não garante concurso público, conforme orienta o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Existem ainda outros mecanismos como o ensino à distância, o corte de verbas e o incentivo à aprovação automática, que completam o pacote do governo.
A resposta do movimento
As mobilizações extrapolaram os muros das universidades e ganharam as largas avenidas de Brasília. No dia 24 de outubro, as ocupações de reitorias se fizeram presentes e se destacaram na marcha realizada pela Conlutas, Intersindical, Conlute, entre outras organizações, e repudiaram o Reuni e a reforma da Previdência.
Mais de 10 reitorias foram ocupadas contra o Reuni e a perspectiva é de que esse quadro se amplie. Não era para menos. Afinal, o que está em jogo é o futuro da universidade pública brasileira e os personagens que dela fazem parte.
Não são à toa o método autoritário e o caráter golpista das votações do Reuni nos conselhos universitários em praticamente todas as universidades. Há uma clara orientação do MEC sobre como as reitorias devem proceder nessas votações. Na UFPR, a reitoria mudou a data e o local dos conselhos em menos de 24 horas numa tentativa de desarticular o movimento. Na UFRJ, a manobra foi praticamente idêntica, mas com o agravante de que os conselheiros estudantis tiveram o direito à palavra cassado e foram agredidos por capangas da reitoria disfarçados de professores e funcionários.
Na UFG, o conselho foi transferido para um prédio fora da universidade, cercado por um poderoso aparato policial. Na UFPE, as entradas do conselho também foram bloqueadas. Na UFSCar, a reitoria entrou com pedido de reintegração de posse e interdito proibitório, tornando ilegal panfletagens, agitações e piquetes dentro da universidade. Na UFF, a intervenção veio diretamente do governo Lula, através de sua “respeitada” Polícia Federal. Não faltam exemplos de estudantes indiciados por todo país.
A repressão do governo Lula começa a aparecer em cores vivas contra o movimento estudantil. Nem mesmo o governador de São Paulo, José Serra, ousou colocar a polícia dentro do campus da USP.
Continuar a luta
A Conlute está organizando, junto com a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária, o boicote ao Enade/Sinaes, o provão do governo Lula, que ocorre no dia 11 de novembro, como também o 13 de novembro, dia nacional de luta contra o Reuni.
Toda pressa e truculência do governo e das reitorias em aprovar o Reuni é uma sinalização de que o movimento vem se fortalecendo e pode, de fato, colocar em xeque o decreto.
Foram muitas batalhas entre o movimento e os governos desde os tempos de FHC e Paulo Renato. No entanto, o que está anunciado agora é guerra final, e o inimigo a ser abatido é Lula e seu ministro Fernando Haddad.
ENTENDA O REUNI:
O que diz o decreto: Art. 1º – “Fica instituído o (...) Reuni, com o objetivo de criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível de graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais”
O que significa: O governo opina que a estrutura física e os recursos humanos das universidades (professores e funcionários) já são suficientes para suprir a demanda atual. O governo acha que as universidades “não estão sendo aproveitadas de forma eficaz”.
O que diz o decreto: Art. 1º – “O Programa tem como meta global a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para 90% e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor para dezoito.”
O que significa:Para alcançar a meta de 90%, as universidades terão que adotar medidas que podem apontar para a aprovação automática dos estudantes. Isso vai transformar as universidades em instituições apenas de ensino, sem pesquisa e extensão.
O que diz o decreto: Art. 2º – “aumento de vagas de ingresso, especialmente no período noturno.”
O que significa:O governo fala em aumento de vagas, mas sem contratação de novos professores.
O que diz o decreto: Art. 3º – “O Ministério da Educação destinará ao Programa recursos financeiros, que serão reservados a cada universidade federal, na medida da elaboração e apresentação dos respectivos planos de reestruturação.”
O que significa:Só terá verba adicional quem aderir ao programa, apesar de afirmarem que a adesão é voluntária.
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GUERRA
13/11/2007 - 09h51
Guerras já custaram US$ 1,5 trilhão aos EUA, diz estudo democrata
da BBC Brasil
As guerras no Iraque e no Afeganistão já custaram até aqui US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 2,7 trilhões) para os Estados Unidos, quase o dobro do que se acreditava até agora, segundo um estudo publicado nesta terça-feira pelo jornal "The Washington Post".
O estudo, feito por congressistas do Partido Democrata (oposição), inclui em suas estimativas os chamados "custos ocultos" da guerra, como a alta nos preços do petróleo, os gastos com o tratamento de militares feridos e os juros pagos nos empréstimos tomados para custear as guerras.
Segundo o relatório, que deve ser divulgado nesta terça-feira no Comitê Conjunto de Economia do Congresso, as duas guerras já custaram mais de US$ 20 mil em média para cada família americana.
De acordo com o "Post", os líderes democratas pretendem usar o relatório "como evidência de que as guerras têm sido muito mais custosas do que a maioria das pessoas pensa e que uma mudança de rumo poderia economizar bilhões de dólares dos contribuintes americanos na próxima década".
O jornal, porém, cita analistas independentes que advertem que os dados do relatório devem ser considerados com ceticismo, já que seria difícil calcular o impacto preciso da guerra do Iraque nos preços globais do petróleo ou estimar o custo da guerra ao longo do tempo, já que as situações no campo de batalha estão em mudança constante.
Leia mais
Guerra no Iraque custa cerca de US$ 300 milhões/dia
Gastos militares no Iraque e Afeganistão podem superar os do Vietnã
Americanos têm ano mais sangrento no Iraque desde a invasão, em 2003
Cineasta iraniano retrata situação no Afeganistão em livro
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segunda-feira, 12 de novembro de 2007
energia
site@pstu.org.br
O petróleo é nosso?
Descoberta da maior reserva de petróleo do país levanta uma pergunta: quem vai se beneficiar?
Jeferson Choma
da redação do Opinião Socialista
Outros textos deste(a) autor(a)
• Em meio a um clima ufanista, foi anunciada no dia 7 de novembro a descoberta pela Petrobras da maior reserva de petróleo do país. Segundo estimativas, o campo de Tupi, localizado na bacia de Santos, possui reservas que devem produzir entre 5 a 8 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural.
Antes da descoberta, as reservas da Petrobras eram estimadas em cerca de 12 bilhões de barris. Agora, poderá alcançar mais de 20 bilhões de barris em reservas, o que faria do Brasil o 12º maior produtor de petróleo do mundo – anteriormente, o país ocupava a 17ª posição. Uma posição que poderá ser atingida graças ao investimento estatal em tecnologia.
O investimento estatal fez com que a Petrobras se tornasse a única empresa detentora da tecnologia em águas profundas. Jamais a iniciativa privada seria capaz de bancar projetos caros e arriscados de prospecção marítima.
Soberania?
A descoberta da Petrobras, sem dúvida alguma, tem enorme importância. Como se sabe, o petróleo não é um recurso renovável, e as reservas disponíveis no planeta se esgotarão um dia. Diversos estudos apontam que o fim do “ouro negro” pode estar mais próximo do que se imagina.
Um indicativo dessa preocupação é a recente alta do produto. Enquanto a descoberta era anunciada, o barril de petróleo estava sendo negociado a US$ 97,40 em Nova York e US$ 94,67 em Londres. Ao mesmo tempo, o aumento do consumo de petróleo no mundo já assumiu uma tendência inexorável, impulsionado, principalmente, pela economia norte-americana – maior consumidor de petróleo do mundo – e pelo crescimento da economia chinesa.
Diante da perspectiva de um choque da produção de petróleo, o imperialismo assumiu uma política de saque e rapina desta fonte energética. No Oriente Médio, a rapina se dá pela ocupação militar do Iraque e do Afeganistão. Na América Latina, através de privatizações e parcerias com empresas estatais, como a PDVSA da Venezuela (empresas mistas) e a própria Petrobras.
Por aqui, a política de “parcerias” da Petrobras com sócios estrangeiros foi instituída pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nos anos 1990. Áreas em que a estatal descobriu petróleo foram entregues para multinacionais por meio de leilões. Dessa forma, todo o petróleo extraído destas jazidas destina-se à exportação.
Ao invés de interromper a entrega do nosso petróleo, Lula deu seqüência aos leilões. Num deles, foram entregues 913 blocos em que, segundo estudos da Petrobras, existem 6,6 bilhões de barris, o que correspondia na época à metade das reservas nacionais comprovadas.
Além disso, houve um processo de abertura do capital da empresa. Hoje, a maioria do capital da Petrobras (cerca de 60%) está nas mãos de investidores privados. O Estado tem apenas a maioria do capital votante, o que permite o controle administrativo da Petrobras.
A descoberta do campo de Tupi valorizou do dia pra noite em 14% as ações da Petrobras. Algo que vai render lucros, sobretudo, aos acionistas privados da empresa. No fim de agosto, um relatório do banco Crédit Suisse a seus clientes informava sobre a potencialidade do campo de Tupi e recomendava o investimento nas ações da Petrobras. Segundo a análise do banco, as reservas chegariam a 10 bilhões de barris.
Apesar de ser mais do que auto-suficiente, o governo vai continuar vendendo petróleo com os preços internacionais que servir para o aumento dos lucros dos acionistas privados da empresa.
Por tudo isso, é muito difícil acreditar na lorota de soberania entoada pelo governo. A manutenção desta política entreguista pelo governo Lula faz com que a Petrobras opere o novo campo de Tupi com 65% de participação, em parceria com a britânica BG (25%) e a portuguesa Petrogal/Galp (10%).
Após a confirmação de reservas gigantes, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou que o governo vai retirar da 9ª Rodada de Licitação áreas próximas à descoberta. Entretanto, engana-se quem vê nisso uma preocupação com a soberania do país, pois, apesar de tudo, Dilma assegurou que o leilão será realizado até o final do mês. Isso significa que 271 campos de exploração serão leiloados.
Situação dos petroleiros vai melhorar?
Engana-se também quem acha que a situação dos trabalhadores da estatal poderá melhorar com a nova descoberta. Uma boa prova disso é fornecida por rápida retrospectiva do último governo.
Apesar de a Petrobras atingir ano após ano lucros recordes e de o Brasil conquistar a auto-suficiência do Petróleo em 2006, a situação de trabalho dos petroleiros do país sofreu um radical processo de precarização.
Para aumentar os lucros dos acionistas, a terceirização da mão-de-obra da Petrobras cresceu enormemente sob o governo Lula. Eram 126 mil terceirizados em 2003. Em 2005, já eram 153 mil. No Brasil, o número de petroleiros terceirizados é três vezes maior que o de concursados. São trabalhadores praticamente sem direitos – os que reivindicam melhoria da qualidade de vida são perseguidos.
Se ainda ocorrem concursos públicos da estatal é porque há necessidades geradas com o crescimento da empresa, mas as terceirizações crescem em ritmo muito maior.
[ 12/11/2007 14:54:00 ]
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sábado, 10 de novembro de 2007
lutas
juventude@pstu.org.br
PM entra na PUC-SP e desocupa a reitoria
Após 30 anos do episódio de brutal repressão durante a ditadura militar no campus Monte Alegre da PUC-SP, polícia volta à universidade contra os estudantes; desta vez, chamada pela própria reitoria.
Luciana Candido, da redação, e Rodolfo Vaz, direto da PUC-SP
• Por volta de 2h40 da madrugada deste sábado, 10 de novembro, a Tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo entrou no campus Monte Alegre da Pontifícia Universidade Católica e, valendo-se de uma liminar de reintegração de posse, retirou os cerca de 250 estudantes que se encontravam na reitoria. Os alunos ocuparam a direção da PUC na última segunda-feira, 5, em protesto ao Redesenho Institucional, que precariza o ensino na universidade.
A operação contou com mais de 100 homens fortemente armados. Eles cercaram o campus e entraram pelos dois acessos à universidade para evitar fugas. Os policiais invadiram todas as salas, retirando os alunos e agrupando-os no salão. Após a leitura da ordem judicial, o coronel que comandava a operação ofereceu duas alternativas aos estudantes: sair pacificamente ou resistir. Nesse último caso, informou que seria usada toda a força necessária, como previsto na ordem judicial, que inclusive autorizava a ação para dias não-úteis.
Os estudantes saíram pacificamente, sendo liberados após o registro do nome e do RG pela polícia. Um cerco policial bloqueava as ruas de acesso à universidade. Essa tem sido, infelizmente, uma prática que se torna cada vez mais comum nas universidades brasileiras: a polícia começa a fazer parte dos cenários, chamada pelas próprias administrações para reprimir estudantes. Foi assim na Fundação Santo André (SP) e em tantas outras.
Repressão não conseguiu desmobilizar os estudantes
A ação da reitoria junto à Justiça e à PM não desmobilizou o movimento estudantil. Pelo contrário, os alunos permaneceram em frente ao prédio após a retirada pela polícia, cantando palavras-de-ordem contra a reitoria e contra o Redesenho. “Maura, mas quem diria / em 2007 é Erasmo Dias” e “Eu ocupei a reitoria / educação não é mercadoria” foram algumas delas. Erasmo Dias foi o secretário de segurança que comandou a repressão em 1977 ao mesmo campus da PUC.
Os presentes se mostraram furiosos com a ação da reitora, Maura Pardini Bicudo Véras, principalmente porque, de forma cínica, a direção da universidade fez uma série de eventos em lembrança aos 30 anos da invasão pela ditadura. Nas atividades, Maura chegou a dizer que “a polícia só entraria na PUC novamente se passasse no vestibular”.
Os estudantes estão ainda no local, onde já montam um acampamento-vigília que deve durar todo o fim-de-semana. O objetivo é permanecer no campus e conversar com toda a comunidade acadêmica e com os alunos que chegam para as aulas de sábado. As atividades que estavam previstas para a ocupação – reuniões, atividades culturais, confecção de cartazes, etc. – não foram canceladas e serão realizadas agora no acampamento.
A comunidade, que via a PM mantendo um bloqueio em frente à reitoria mesmo depois da retirada da Tropa de choque, não conseguia acreditar na ousadia da reitoria de permitir uma ação como essa. O fato gerou, em pleno sábado, um grande sentimento de repúdio. Alguns vizinhos chegaram mesmo a conversar com os estudantes, perguntando sobre o que estava ocorrendo.
Talvez a reitora Mara tenha dado um grande “tiro no pé”. O sentimento comum entre todos os ativistas é de que a PUC não será mais a mesma depois desta ocupação. O movimento já fala em saída da reitora.
Mesmo no sábado, os estudantes que estão em frente ao campus passam nas salas, conversam com os colegas, tentando paralisar as aulas. Na próxima segunda-feira, 12, muita coisa pode ser esperada. Um grande ato, com horário ainda a ser definido, vai ser realizado, junto com uma assembléia que decidirá os rumos do movimento da PUC.
A tarefa que o movimento estudantil da PUC deve tomar para si neste momento – com a grande demonstração de força que vem dando – é a incorporação de mais esta reivindicação: a derrubada desta reitoria que reprime estudantes e desmonta a universidade de forma arbitrária com o chamado Redesenho. Se for necessário, que seja construída uma grande greve.
Leia a nota dos estudantes no Blog da Ocupação da PUC
LEIA TAMBÉM::
BLOG MOLOTOV: Estudantes ocupam reitoria da PUC-SP
BLOG MOLOTOV: Manifesto dos estudantes da PUC-SP
Memória: há 30 anos, polícia invadia a PUC-SP e espancava estudantes
A ‘democracia’ que proíbe, agride e mata
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quarta-feira, 7 de novembro de 2007
terça-feira, 6 de novembro de 2007
terça-feira, 30 de outubro de 2007
domingo, 28 de outubro de 2007
serra mente
1º semestre teve 20% mais casos de dengue do que o divulgado
JOSÉ ERNESTO CREDENDIOda Folha de S.PauloCINTHIA RODRIGUESColaboração para a Folha de S.Paulo
O Estado de São Paulo registrou no primeiro semestre do ano 19,6% mais casos de dengue do que o número que vinha sendo divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde.
Uma revisão de dados feita pelo CVE (Centro de Vigilância Epidemiológica) elevou o total de vítimas de 64.903 para 77.633, segundo balanço do último dia 19. O número de doentes do Estado, incluindo o segundo semestre, passou a 78.614.
A diferença, de acordo com a assessoria do secretário da Saúde, Luiz Roberto Barradas Barata, se deve à revisão realizada a partir de setembro, quando teria sido percebida uma subnotificação no primeiro semestre deste ano.
Proporção maior
A alteração eleva também a proporção de casos por 100 mil habitantes, que passa de 161 para 191, segundo cruzamento de dados do CVE e do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O Ministério da Saúde considera epidemia o local com 300 infecções por grupo de 100 mil habitantes. Embora o índice do país todo seja de 253, o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, já afirmou que o Brasil "vive uma epidemia".
Pelo balanço, dos 645 municípios de São Paulo, 355 apresentaram pelo menos um caso de dengue autóctone (transmitido na própria cidade) neste ano. Destes, 45 tiveram o número do primeiro semestre revisado para cima pelo CVE.
A maior parte das cidades que tiveram dados alterados já estava entre as consideradas epidêmicas, no entanto, em alguns casos a subnotificação foi de até 800% (veja quadro nesta página).
O pior caso proporcional foi o de Sud Menucci (614 km a noroeste de São Paulo). No município, de 7.400 habitantes, as notificações subiram de 25 para 225 no primeiro semestre.
A secretária de Saúde de Sud Menucci, Eliana Luzia Covre Dias Martinez, afirma que todas as suspeitas de dengue e amostras de sangue coletadas para confirmação foram enviados ao Estado até abril deste ano. "Ao todo foram 330 suspeitas, mas só 25 foram confirmadas por eles. Do restante, 200 nós consideramos dengue por critério clínico, mas isso tudo até abril. Não mudamos nada nos dados antigos", diz.
Birigüi (514 km de SP) teve o maior número de "novos" casos, passando de 833 para 5.145 de janeiro a junho. A Folha tentou ouvir a Secretaria da Saúde da cidade, mas não obteve resposta.
Com o novo número geral, São Paulo já tem 36% a mais de casos do que todo o ano passado, que já havia sido nove vezes maior do que 2005.
Distorções
O CVE admite que havia subnotificação até o último relatório, mas culpou as cidades pelas distorções nos números.A notificação de casos de dengue é obrigatória, seja o caso confirmado por exame ou apenas por análise clínica.
De acordo com a assessoria, municípios em epidemia, em que somente um exame clínico é suficiente para comprovar a doença, estariam deixando de enviar dados para o órgão.
Ainda conforme a assessoria, técnicos do CVE, a partir de setembro, entraram em contato com as prefeituras para pedir as informações completas.
A secretária de Saúde de Sud Menucci, porém, nega que tenha recebido qualquer pedido de reenvio dos dados.
"Nosso relatório já inclui a análise do médico. Isso está com o Estado desde abril. Tenho todas as planilhas para provar", declarou.
Postado por JOSÉ LUIZ às 10:35 0 comentários
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sexta-feira, 26 de outubro de 2007
terça-feira, 23 de outubro de 2007
lutas
site@pstu.org.br Hora de lutar, hora de discutir
Editorial do Opinião Socialista nº 319 - Edição Especial - 90 Anos da Revolução Russa
• Milhares e milhares de ativistas dos movimentos sindical, popular e estudantil estão ligados à construção da marcha a Brasília, no dia 24, promovida pela Conlutas, Intersindical e outras entidades. Eles e elas são os que garantem as discussões preparatórias, as viagens de ida e volta nos ônibus para Brasília. Marcharão com faixas que terão frases como “este congresso corrupto não pode votar a reforma da Previdência”. Gritarão “Fora Renan!”. Carregarão com orgulho cartazes exigindo a “retirada das tropas brasileiras do Haiti”.A estes abnegados lutadores está dedicada a edição especial do Opinião Socialista, número 319, em comemoração aos 90 anos da Revolução Russa. Nas páginas deste especial, queremos lembrar que o sonho de construir uma sociedade socialista, materializada na Rússia revolucionária, continua vivo, e seu legado possui grande importância e atualidade.Os milhares de lutadores que estarão na marcha refletem uma parte do melhor da vanguarda de todo o país. São os que garantem os piquetes das greves operárias, de professores, bancários e funcionários públicos. Os que organizam os atos e as passeatas estudantis e enfrentam a repressão policial. Os que animam as chapas de oposição e os que dirigem os sindicatos da Conlutas.Todos estes ativistas estão inseridos nas mobilizações diretas dos trabalhadores e estudantes. A burguesia gostaria de impedir as lutas, mas, na impossibilidade de evitá-las, quer mantê-las sem nenhuma referência estratégica. Quer que os ativistas – e a partir daí o conjunto dos trabalhadores – não vejam as mobilizações por salário, emprego ou condições de trabalho e estudo como partes de uma luta contra o governo e o conjunto da dominação capitalista. A marcha do dia 24 é uma resposta política de peso nacional, que vai fortalecer as lutas específicas.Muitos ativistas honestos acreditam, no entanto, que é correta a postura de “rejeitar a política” e se dedicar apenas “às lutas concretas”. Desencantados com a derrubada das ditaduras stalinistas do Leste europeu e com as manobras corruptas de partidos como o PT e os da oposição burguesa, estes ativistas rejeitam a luta política e os partidos.É bom que se diga que a burguesia aplaude esse tipo de postura. Os grandes capitalistas discutem suas estratégias de exploração, com todos os detalhes necessários. Uma infinidade de apoiadores (jornalistas, intelectuais, dirigentes sindicais e parlamentares reformistas) ajuda a grande burguesia. E o poder continua em suas mãos.É preciso reconhecer que, muitas vezes, a discussão nos sindicatos, nas entidades estudantis e populares fica dentro desses limites que a burguesia estabelece, só no terreno específico, sindical. O sindicalismo nada mais é de que a aceitação dos limites impostos pela burguesia nas lutas dos trabalhadores.É preciso reverter isso. A vanguarda das lutas deve voltar a discutir uma estratégia revolucionária. É preciso debater, aberta e francamente, entre os ativistas, como se pode mudar o país. Vamos conseguir através de eleições? Ou através de uma revolução? E que tipo de revolução nós queremos?Para estimular esta discussão estratégica, nada melhor que revisitar as experiências da Revolução Russa. O outubro russo foi e é a maior fonte de experiências para os que se propõem a lutar por uma revolução operária e socialista.Todas as revoluções são diferentes umas das outras. Não se repetirá uma revolução exatamente como a de 1917, assim como não veremos outra como a espanhola de 1935-36, ou a boliviana de 1952, ou a cubana de 1959. O desenvolvimento econômico dos países, o peso relativo das classes, as diferentes formas de organização das massas, enfim, todas são características particulares dos países e das revoluções. No entanto, o capitalismo unifica todos os países através do mercado. As leis da luta de classes seguem tendo plena validade geral. A revolução ronda todos os continentes e se materializa na América Latina nas insurreições populares na Bolívia, Equador e Argentina.Assim, as experiências da Revolução Russa seguem tendo uma enorme importância, porque demonstram uma estratégia revolucionária em ação. Este é o nosso objetivo: fundir as lutas diretas dos trabalhadores com as discussões estratégicas da revolução socialista.Viva a marcha do dia 24 de outubro!Viva os 90 anos da Revolução Russa!
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segunda-feira, 22 de outubro de 2007
quinta-feira, 18 de outubro de 2007
PSTU
NACIONAL
site@pstu.org.br Hora de lutar, hora de discutir
Editorial do Opinião Socialista nº 319 - Edição Especial - 90 Anos da Revolução Russa
• Milhares e milhares de ativistas dos movimentos sindical, popular e estudantil estão ligados à construção da marcha a Brasília, no dia 24, promovida pela Conlutas, Intersindical e outras entidades. Eles e elas são os que garantem as discussões preparatórias, as viagens de ida e volta nos ônibus para Brasília. Marcharão com faixas que terão frases como “este congresso corrupto não pode votar a reforma da Previdência”. Gritarão “Fora Renan!”. Carregarão com orgulho cartazes exigindo a “retirada das tropas brasileiras do Haiti”.A estes abnegados lutadores está dedicada a edição especial do Opinião Socialista, número 319, em comemoração aos 90 anos da Revolução Russa. Nas páginas deste especial, queremos lembrar que o sonho de construir uma sociedade socialista, materializada na Rússia revolucionária, continua vivo, e seu legado possui grande importância e atualidade.Os milhares de lutadores que estarão na marcha refletem uma parte do melhor da vanguarda de todo o país. São os que garantem os piquetes das greves operárias, de professores, bancários e funcionários públicos. Os que organizam os atos e as passeatas estudantis e enfrentam a repressão policial. Os que animam as chapas de oposição e os que dirigem os sindicatos da Conlutas.Todos estes ativistas estão inseridos nas mobilizações diretas dos trabalhadores e estudantes. A burguesia gostaria de impedir as lutas, mas, na impossibilidade de evitá-las, quer mantê-las sem nenhuma referência estratégica. Quer que os ativistas – e a partir daí o conjunto dos trabalhadores – não vejam as mobilizações por salário, emprego ou condições de trabalho e estudo como partes de uma luta contra o governo e o conjunto da dominação capitalista. A marcha do dia 24 é uma resposta política de peso nacional, que vai fortalecer as lutas específicas.Muitos ativistas honestos acreditam, no entanto, que é correta a postura de “rejeitar a política” e se dedicar apenas “às lutas concretas”. Desencantados com a derrubada das ditaduras stalinistas do Leste europeu e com as manobras corruptas de partidos como o PT e os da oposição burguesa, estes ativistas rejeitam a luta política e os partidos.É bom que se diga que a burguesia aplaude esse tipo de postura. Os grandes capitalistas discutem suas estratégias de exploração, com todos os detalhes necessários. Uma infinidade de apoiadores (jornalistas, intelectuais, dirigentes sindicais e parlamentares reformistas) ajuda a grande burguesia. E o poder continua em suas mãos.É preciso reconhecer que, muitas vezes, a discussão nos sindicatos, nas entidades estudantis e populares fica dentro desses limites que a burguesia estabelece, só no terreno específico, sindical. O sindicalismo nada mais é de que a aceitação dos limites impostos pela burguesia nas lutas dos trabalhadores.É preciso reverter isso. A vanguarda das lutas deve voltar a discutir uma estratégia revolucionária. É preciso debater, aberta e francamente, entre os ativistas, como se pode mudar o país. Vamos conseguir através de eleições? Ou através de uma revolução? E que tipo de revolução nós queremos?Para estimular esta discussão estratégica, nada melhor que revisitar as experiências da Revolução Russa. O outubro russo foi e é a maior fonte de experiências para os que se propõem a lutar por uma revolução operária e socialista.Todas as revoluções são diferentes umas das outras. Não se repetirá uma revolução exatamente como a de 1917, assim como não veremos outra como a espanhola de 1935-36, ou a boliviana de 1952, ou a cubana de 1959. O desenvolvimento econômico dos países, o peso relativo das classes, as diferentes formas de organização das massas, enfim, todas são características particulares dos países e das revoluções. No entanto, o capitalismo unifica todos os países através do mercado. As leis da luta de classes seguem tendo plena validade geral. A revolução ronda todos os continentes e se materializa na América Latina nas insurreições populares na Bolívia, Equador e Argentina.Assim, as experiências da Revolução Russa seguem tendo uma enorme importância, porque demonstram uma estratégia revolucionária em ação. Este é o nosso objetivo: fundir as lutas diretas dos trabalhadores com as discussões estratégicas da revolução socialista.Viva a marcha do dia 24 de outubro!Viva os 90 anos da Revolução Russa!
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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
terça-feira, 16 de outubro de 2007
quinta-feira, 11 de outubro de 2007
terça-feira, 9 de outubro de 2007
domingo, 7 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
TRABALHO ESCRAVO
Lúcio Lambranho e Edson Sardinha
Empresas autuadas por manter trabalhadores em condições análogas à de escravo doaram R$ 897 mil para a campanha eleitoral de 25 candidatos em 2006. Levantamento feito pelo Congresso em Foco revela que dois governadores, três senadores, nove deputados federais e cinco estaduais receberam dinheiro de empresas incluídas na chamada "lista suja" do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
A governadora Ana Júlia Carepa (PT), do Pará, estado com o maior número de autuações por exploração de mão-de-obra, recebeu o maior volume de recursos. Foram, ao todo, R$ 252 mil de três empresas: a Companhia Siderúrgica do Pará (Cosipar), a Sidenorte Siderúrgica e a Siderúrgica Marabá S/A (Simara).
Embora não estejam na lista divulgada neste semestre, as duas primeiras indústrias figuravam, durante a campanha da petista ano passado, no cadastro criado pelo governo Lula, em 2003, para coibir esse tipo de crime em todo o país. Em nota encaminhada a este site após a publicação da reportagem, a assessoria da governadora disse que Ana Júlia não sabia da inclusão dos doadores no cadastro do Ministério do Trabalho e que o governo do Pará trabalha pela erradicação do trabalho escravo no estado (leia a íntegra da nota).
Principais doadores
Incluída na lista em julho deste ano, a Simara também aparece como financiadora de outros quatro políticos paraenses: os deputados federais Giovanni Queiroz (PDT-PA) e Wandenkolk Gonçalves (PSDB-PA) e os estaduais Bernardete ten Caten (PT) e Wanderley da Silva Santos (PV-PA).
Ao todo, a empresa doou R$ 190,49 mil. A Simara só fica atrás da Siderúrgica do Maranhão S. A. (Simasa), que destinou R$ 300 mil a nove políticos de seis estados, todos do Nordeste (leia a lista completa).
Entre os contemplados pela siderúrgica estão o governador de Sergipe, Marcelo Déda (PT), e os senadores José Maranhão (PMDB-PB) e Garibaldi Alves (PMDB-RN), candidatos derrotados ao governo dos seus estados. A Simasa foi autuada pelos fiscais do Trabalho por se abastecer de carvoarias que mantinham 57 trabalhadores sob condições consideradas subumanas.
Políticos denunciados
A "lista suja" traz ainda o nome de dois parlamentares como doadores. O senador João Ribeiro (PR-TO), condenado em primeira instância pela Justiça do Pará a pagar multa de R$ 760 mil por manter 35 trabalhadores em condições análogas à de escravo, doou R$ 18,75 mil para a campanha da deputada estadual Luana Ribeiro (PR-TO), sua filha. Procurado pelo site, João Ribeiro informou, por meio de sua assessoria, que não comenta o caso.
Outro deputado estadual, Francisco Dantas Ribeiro Filho (PMDB-MA), o Fufuca, doou para si mesmo R$ 79,80 mil. Desde dezembro de 2006, o nome do deputado aparece no cadastro do Ministério do Trabalho. Ele é acusado de manter 12 trabalhadores em condições subumanas em sua fazenda, a Piçarreira, localizada no município de Alto Alegre do Pindaré (MA). O deputado alega inocência: "Eu não merecia estar nesta lista" (leia mais).
Ministro do TCU
Este é o segundo levantamento publicado pelo Congresso em Foco com base na lista do MTE e na prestação de contas, na Justiça Eleitoral, de todos os candidatos que participaram das eleições de 2006. Na primeira relação (leia mais), divulgada em janeiro deste ano, apareciam 16 políticos e um total de R$ 550 mil. De lá pra cá, esses números aumentaram por causa das retificações de doadores feitos pelos próprios comitês e da inclusão de novas empresas acusadas na lista.
Entre os novos nomes identificados, aparecem o do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-deputado Aroldo Cedraz (DEM-BA), o do ex-governador de Tocantins Siqueira Campos e o do quarto-secretário da Câmara, José Carlos Machado (DEM-SE) (veja o que eles disseram).
Fiscalizações suspensas
A vinculação de políticos ao trabalho escravo voltou à baila na semana passada após os ataques da bancada ruralista no Senado aos fiscais que libertaram, em junho, 1.064 trabalhadores da fazenda da Pagrisa (Pará Pastorial e Agrícola S/A), principal produtora de álcool e açúcar do Pará (leia mais).
Por causa da pressão dos senadores de uma comissão externa, criada para investigar a denúncia da própria empresa de que houve abuso por parte dos fiscais, o Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho, responsável desde 1995 pelo resgate de mais de 25 mil trabalhadores, suspendeu suas atividades temporariamente.
As alegações da Pagrisa que geraram a polêmica são, basicamente, as mesmas utilizadas pela maioria dos parlamentares citados nesta reportagem ouvidos pelo Congresso em Foco: ora a falta de precisão no conceito do que vem a ser trabalho escravo, ora excessos da parte do ministério. Alguns argumentam, no entanto, que desconheciam a fonte dos recursos que receberam em suas campanhas (leia as respostas).
“Surpresa”
Autuada por causa da libertação de 73 trabalhadores que forneciam matéria-prima para a companhia, a Simara, de Marabá (PA), está há pouco sob o comando do Grupo Aço Cearense. O advogado da empresa, César Ferreira, disse ao Congresso em Foco que nos 14 autos de infração aplicados pelo grupo móvel não há nenhuma situação que possa ser associada a trabalho análogo ao de escravo.
Segundo Ferreira, as infrações são de "natureza administrativa", como a falta de banheiros químicos na fazenda, o transporte sem a devida proteção de trabalhadores e a inexistência de relógios de ponto móveis, devido às grandes distâncias da fazenda.
"A inclusão na lista foi um grande surpresa para a empresa. Houve um exagero e não há nada que configure trabalho escravo", avalia o defensor da Simara. Para tentar retirar o seu nome da "lista suja", a empresa entrou com uma ação na 13ª Vara Federal em Brasília.
A principal alegação do Grupo Aço Cearense é que apenas 73 de um total de 400 trabalhadores da fazenda São Martinho, localizada na zona rural de São Bento do Tocantins (TO), foram libertados. "Se houvesse realmente trabalho escravo, eles deveram, por obrigação legal, libertar todos os 400 trabalhadores", diz Ferreira.
Sobre as doações de campanha na última eleição, o advogado afirma não ter conhecimento, pois apenas entre outubro e novembro de 2006 o grupo Aço Cearense assumiu o controle acionário da Simara. Mas, desde setembro 2005, segundo o advogado, grupo cearense tem participação na siderúrgica paraense.
Em fevereiro deste ano, o Instituto Carvão Cidadão (ICC), uma organização que auxilia na fiscalização das atividades relacionadas com a cadeia produtiva do carvão vegetal na Região Norte do país, divulgou uma relação com 312 produtores descredenciados pela entidade. A Simara estava na lista das descredenciadas.
Lista da vergonha
Divulgada a cada semestre desde novembro de 2003, a “lista suja” é regulamentada por decreto do Ministério do Trabalho. O nome do infrator só entra no cadastro após a conclusão do processo administrativo gerado pela fiscalização que libertou os trabalhadores.
A última relação, publicada em julho, implica 192 empregadores de 16 estados diferentes, entre pessoas físicas e jurídicas. O maior número deles é do Pará – 52 (27% do total).
Na seqüência aparecem: Tocantins (43), Maranhão (32), Goiás (24), Mato Grosso (16), Bahia (5), Mato Grosso do Sul (4), Minas Gerais, Santa Catarina e Rondônia (3), Piauí (2) e Rio Grande do Sul, Ceará, Amazonas, Rio Grande do Norte e São Paulo (1).
As sanções, no entanto, podem ir além do constrangimento e atingir o bolso dos empregadores. Mais de 100 empresas e associações que assinaram o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo se negam a comprar, direta ou indiretamente, mercadorias produzidas por fazendas incluídas na “lista suja”. Entre elas, estão gigantes dos setores varejista e atacadista do país.
A saída do cadastro não é tarefa das mais simples. A propriedade tem de se submeter a dois anos de monitoramento do Ministério do Trabalho. Nesse período, o empregador deve pagar todas as multas resultantes da fiscalização bem como todas as pendências trabalhistas. Além disso, não pode haver reincidência do crime
Postado por JOSÉ LUIZ às 15:22 0 comentários
Marcadores: LUTAS
sem terra
Sem-terra invadem 6 escritórios do Itesp no Pontal
CRISTIANO MACHADOColaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente
Sem-terra acamparam ontem, por cerca de cinco horas, nas dependências de seis escritórios do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) na região do Pontal do Paranapanema (oeste de SP).
Liderados por José Rainha Jr., os manifestantes protestaram contra o projeto enviado pelo governador José Serra (PSDB) à Assembléia Legislativa que regulariza áreas questionadas na Justiça pelo Estado como sendo devolutas (públicas).
A coordenação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que na semana passada também mobilizou seus militantes em São Paulo na invasão do prédio da Secretaria de Estado da Justiça pelo mesmo motivo, anunciou que os protestos de ontem não são de responsabilidade do movimento, e sim "ações isoladas de Rainha" --afastado pela direção nacional da sigla.
Os sem-terra permaneceram nos estacionamentos e nas entradas das sedes dos órgãos nas cidades de Presidente Prudente, Presidente Bernardes, Presidente Venceslau, Presidente Epitácio, Rosana e Teodoro Sampaio.
Segundo Rainha, 860 pessoas ligadas à ala do MST sob seu comando, integrantes de outros grupos de sem-terra como o Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra) e sindicatos rurais filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) participaram das ações. A PM não soube estimar o número de manifestantes.
Ao final do protesto, abaixo-assinado foi feito para cobrar do governo do Estado apoio para projeto de produção de biodiesel que o líder dos sem-terra coordena no Pontal, agilidade na criação de assentamentos e a continuidade do Itesp subordinado à Secretaria de Justiça, e não ligado à Agricultura.
Em nota, o Itesp disse que o projeto de lei 578/2007 "representa uma oportunidade concreta de superação do histórico problema do Pontal do Paranapanema, capaz de proporcionar novas áreas para assentamentos, novos recursos para investimentos regionais e a pacificação social, pelo fim do conflito decorrente da insegurança jurídica e incerteza dominial".
Postado por JOSÉ LUIZ às 09:15 0 comentários
Marcadores: LUTAS
sábado, 29 de setembro de 2007
TOMA LÁ DÁ CÁ
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne na terça-feira com lideranças dos partidos que integram o seu governo de coalizão. O jantar foi marcado depois da bancada do PMDB no Senado se rebelar e impor ao governo uma derrota na votação da medida provisória que criava a Secretaria de Planejamento de Longo Prazo da Presidência da República, chefiada pelo filósofo Mangabeira Unger, e cerca de 600 cargos de confiança.
A Folha Online apurou que o estopim da rebelião foi a demora na definição do novo ministro de Minas e Energia pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os senadores querem pressionar Lula a convidar Silas Rondeau para retornar à pasta --o ex-ministro pediu demissão depois de seu nome ser envolvido com a Gautama, que lideraria um esquema de fraude em licitações desarticulado pela Polícia Federal.
O nome de Rondeau foi indicado por Lula pela ala do PMDB no Senado, que se vê insatisfeita com o fato da bancada do partido não estar "bem representada" no primeiro escalão. Um dos senadores peemedebistas chegou a afirmar que os ministros Nelson Jobim (Defesa) e José Gomes Temporão (Saúde), apesar de filiados ao PMDB, foram indicados sem o aval do partido.
Além da demora na indicação do novo ministro, a bancada de senadores quis dar uma demonstração do poder de Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado. Os peemedebistas querem mostrar que o partido, mesmo com o enfraquecimento de Renan no comando da Casa, tem condições de impor derrotas ao governo se decidir partir para a oposição.
Franciscanos
Os senadores do PMDB vão cobrar de Lula mais "carinho e atenção" até o final de seu segundo mandato. Os parlamentares reclamam que Lula está acostumado a dialogar somente com "cardeais" da legenda --como os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Romero Jucá (PMDB-RR)-- enquanto esquece dos "franciscanos" da legenda na Casa.
O senador Wellington Salgado (PMDB-MG) --um dos integrantes do movimento que impôs a derrota ao governo esta semana-- disse que os "franciscanos" do PMDB no Senado estão cansados de serem preteridos em nome dos "cardeais" da legenda.
Numa referência a São Francisco de Assis, que abdicou de uma vida de riquezas para se tornar um frei franciscano, Salgado disse que o PMDB no Senado está dividido entre os influentes e os de pequena participação no governo.
"O PMDB precisa de carinho, especialmente do presidente Lula. Os franciscanos disseram que os seus chinelos estão gastos. Mas tem uma hora em que não dá mais para andar descalço. Não queremos um sapato de cromo alemão, nos contentamos somente com um chinelinho novo. Pode até ser um chinelo usado", disse Salgado em referência às principais reivindicações do grupo.
O senador admitiu que os "franciscanos" querem cargos nos segundo e terceiro escalões do governo, além de recursos para os Estados que representam. "Esse grupo quer prestígio em seu Estado, só isso. Tem senadores desprestigiados por lá, e isso não pode acontecer."
Postado por JOSÉ LUIZ às 07:13 0 comentários
Marcadores: CONGRESSO
terça-feira, 25 de setembro de 2007
escravos
JOÃO CARLOS MAGALHÃESda Agência Folha
Os irmãos Murilo, Fernão e Marcos Villela Zancaner, donos da maior produtora de álcool do Pará, a Pagrisa, serão processados pelas acusações de manter trabalhadores em condição análoga à escravidão, frustrar direito assegurado na legislação trabalhista e impor perigo para a saúde ou vida de outrem.
Ontem, a Justiça Federal aceitou a denúncia feita pelo MPF (Ministério Público Federal) com base no relatório feito pelo Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho, que, em julho deste ano, libertou 1.064 funcionários (a maior parte deles, cortadores de cana) em uma propriedade da empresa em Ulianópolis (417 km de Belém).
Segundo a Procuradoria Geral do Trabalho, esse foi o maior resgate já feito na história do grupo.
Alegando intervenção de senadores a favor da empresa, a secretária de Inspeção do Trabalho, Ruth Vilela, suspendeu na última sexta-feira as ações de fiscalização de combate ao trabalho escravo no país. Ela alegou "insegurança sobre as ações desenvolvidas pelo Ministério do Trabalho".
O grupo móvel afirma em seu relatório que os trabalhadores estavam presos à propriedade por terem contraído dívidas que não conseguiam pagar com o salários que recebiam.
Os fiscais também afirmaram que os trabalhadores estavam alojados em quartos apertados e malcheirosos, que o esgoto era despejado na represa na qual lavavam roupa, que sua comida era por vezes azeda e que diversos tinham doenças não tratadas, como diarréia.
A Pagrisa sempre negou essa versão. "Existiam alguns problemas, como em todas as empresas. Mas todo mundo que vai até a fazenda volta constatando que não tem trabalho escravo", disse o advogado da empresa, Juarez de Mello.
"Eles [MPF] levaram em conta apenas o relatório dos fiscais para fazer a denúncia, não nos ouviram", afirmou.
Postado por JOSÉ LUIZ às 10:34 0 comentários
Marcadores: NEOLIBERALISMO
quarta-feira, 19 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
GREVE
Greve dos Correios se fortalece em todo o país
17 de setembro - A nossa greve continua forte em todo o país. São mais de 90 mil trabalha-dores dos Correios de braços cruzados, segundo a própria mídia. Ou seja, 80% da categoria. São 24 estados em greve por tempo indeterminado. Dos 33 sindicatos filiados à FENTECT, 28 estão em greve, só Mato Grosso do Sul, Sergipe, Roraima e Bauru ainda não pararam. Há assembléias marcadas nesta segunda feira.
Empresa se curva e convoca Comando
Estamos mostrando força e deter-minação para arrancar as nossas reivindicações. Já obrigamos a empresa a chamar o Comando de Negociação e apresentar a 2º contraproposta, ainda indecente. Por isso vamos reafirmar para a empresa e o governo: não vamos aceitar somente 3,74% de reposição e R$ 50,00 incorporados aos nossos salários, e um abono irrisório de 400 reais. Não vamos aceitar ataque às conquistas como à assistência médica para os nossos dependentes. Estão querendo que nossas famílias, pai e mãe, fiquem à míngua nas filas do SUS. Já dissemos antes e vamos repetir: queremos 47,77% de reposição das nossas perdas de 1994 a 2007; queremos R$ 200 de aumento real. Não vamos aceitar que acabem com as conquistas sociais.
Impedir privatização de LulaO governo Lula já tem engatilhado um plano de “privatização branca” dos Correios. Segundo informou a agência Chasque, o ministro das Comunicações, Helio Costa, em declaração feita no dia 12 quarta-feira – mesmo dia em que os trabalhadores deflagraram a greve – disse que o governo estuda vender ações da ECT para reestruturação e modernização da empresa. Nos planos do ministro, também está a criação de uma subsidiária para os serviços de logística, ou seja, uma terceirização. Por isso, que esta greve também é contra este ataque do governo Lula, que na sua campanha da reeleição disse que era contra a privatização. Vamos cobrar!.
Unidade para vencerA greve está entrando em momento decisivo. Para derrotar a empresa e o governo e garantir nossa vitória precisamos da unidade de todos. Essa unidade tem que ser construída com o mais amplo respeito à democracia. A decisão da categoria deve ser respeitada. Comandos regionais devem discutir e organizar a greve em cada região. Temos que ter um Comando de Greve Geral para dirigir e organizar a luta nacional. Além disso, o sindicato tem que colocar toda sua estrutura para a organização da greve, ônibus, cartazes, adesivos, carta aberta à população. Os recursos do sindicato são da categoria e têm que estar a serviço da nossa luta. Não vamos aceitar nem um boicote a nossa luta.
Trabalhadores dos CorreiosOposição à CUT e à direção da Fentect
Postado por JOSÉ LUIZ às 21:42 0 comentários
Marcadores: LUTAS
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
terça-feira, 11 de setembro de 2007
domingo, 9 de setembro de 2007
VALE
"Em 1997, a companhia Vale do Rio Doce - patrimonio construido pelo povo brasileiro - foi fraudulentamente privatizada, acao que o governo e o poder judiciario podem anular. A Vale deve continuar nas maos do capital privado?". Esta e uma das perguntas que estara nas cedulas do Plebiscito Popular que sera realizado entre os dias 1° a 7 de setembro. Queremos contribuir no trabalho de base, agitacao e propaganda do Plebiscito Popular. Nesta edicao, vamos mostrar que a privatizacao da Vale foi um dos maiores roubos da nossa historia e que a luta pela sua reestatizacao e um dos passos fundamentais para alcancarmos nossa soberania.
A Vale no Brasil e no mundo
Tratando-se da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), tudo e grande. A empresa tem concessoes para pesquisar e explorar, por tempo ilimitado, o subsolo numa area do territorio brasileiro correspondente aos estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Paraiba e Rio Grande do Norte.A Vale do Rio Doce e composta por 64 empresas e 52 mil funcionarios e atua em cerca de 20 paises. Possui nove mil quilometros de malha ferroviaria e oito portos, alem de ser responsavel por cerca de 40% da movimentacao do comercio exterior brasileiro. A CVRD produz cerca de 90% do minerio de ferro do Brasil e 16% do total mundial. Com a compra da Inco, grande empresa mineradora canadense, a CVRD se tornou a segunda maior mineradora do mundo, atras apenas da BHP Billiton, empresa anglo-australiana. Cerca de 80% das suas vendas vao para o exterior, demonstrando uma grande dependencia do mercado mundial. De onde vem tamanho sucesso?
O segredo do sucesso da CVRD vem da abundancia de recursos naturais, recebidos quase de graca, de uma tecnica que conta com os ultimos avancos da ciencia e da exploracao dos seus trabalhadores.
A empresa mais rentavel do mundo chega a pagar um salario de cerca de R$ 550 a funcionarios em inicio de carreira. Um tecnico de nivel medio, com mais de cinco anos na empresa, recebe cerca de R$ 1.200 por mes.
Porem a riqueza criada por um funcionario em 2005 foi de US$ 302 mil. Um trabalhador custa em media para a empresa uns US$ 14 mil dolares por ano. Portanto, ele rende para a empresa US$ 288 mil dolares - lucro limpo e seco. Transformando em horas de trabalho, considerando uma jornada de 40 horas semanais, o trabalhador pagaria seu salario mensal com cerca de seis horas de trabalho! Ai esta o segredo do sucesso espetacular da Vale do Rio Doce.
Pela anulacao do leilao: a Vale deve voltar a ser um bem publico
Um dos argumentos mais importantes para a privatizacao da CVRD dizia que um monopolio estatal nao era eficiente. Esse argumento e falso: a CVRD aumentou seu peso monopolico na producao de minerio de ferro no Brasil: passou de 65% em 1999 para cerca de 90%.
Realmente, o que mudou com a privatizacao foi o objetivo da empresa: agora, o lucro e o principio, o meio e o fim das atividades da empresa.
A diferenca entre uma estatal e uma empresa privada se reflete na funcao social que tem a Petrobras e a CVRD. A Petrobras, ainda que esteja em um processo acelerado de privatizacao, paga aos municipios mineradores 10% de royalties para extrair petroleo e gas. A CVRD paga somente cerca de 2% de royalties pela exploracao mineral, sendo que as duas atividades sao do mesmo ramo extrativo.
Com a privatizacao, a CVRD paga menos impostos e menos contribuicao social. Por isso, esta sendo processada pelos trabalhadores, municipios, indigenas, DNPM (Departamento Nacional da Producao Mineral) e pelo Cade, orgao anti-monopolista.
O peso da CVRD no pais e enorme. Seu lucro, so durante o governo Lula, foi de R$ 45,7 bilhoes (ja inclusos os R$ 10,9 bi desse primeiro semestre). Com base nesses dados, podemos projetar que ate o final do governo Lula a Vale podera ultrapassar os R$ 80 bilhoes de lucro. Dinheiro que seria suficiente para realizar a reforma agraria no pais, assentando 4,5 milhoes de familias sem-terras. Segundo calculos da Auditoria Cidada, o custo deste projeto tao importante para o pais ficaria em R$ 78,5 bilhoes (R$ 17, 5 mil por familia).
Perda da soberania nacional
A privatizacao da CVRD representou a perda da soberania do Brasil sobre o seu subsolo. O pais perdeu o controle da producao de materias-primas para seu desenvolvimento industrial. Isso porque as decisoes do que produz, como produz e para onde produz ja nao correspondem ao Estado brasileiro e sim aos acionistas privados, que sao estrangeiros, na sua maioria. Sairam prejudicados os trabalhadores da empresa, pela brutal exploracao da sua mao-de-obra. Perdeu a natureza, pois a fome de lucro nao descansara enquanto nao restar somente buracos, onde antes havia minerios.
Aparentemente, a mudanca de donos da Vale do Rio Doce nao teria muitas consequencias para o pais, mas nao e assim: a venda da empresa representou o ponto maximo de um processo de recolonizacao do Brasil e perda da soberania nacional.
Este modelo colonial de especializar o Brasil na producao de materias-primas para o exterior tera resultados: o pais logo se transformara em importador de produtos manufaturados de outras pracas. So a classe trabalhadora, comecando pelos funcionarios da CVRD, pode garantir a reestatizacao da mineradora.
Uma luta dos trabalhadores
Temos portanto razoes de sobra para contestar a privatizacao da CVRD. Por isso, diversas acoes judiciais contestando a legalidade do leilao de privatizacao estao na Justica. Quando a CVRD perde uma decisao judicial, apela para outra instancia e o processo se arrasta por anos e anos. Essa lentidao representa uma decisao politica: a maioria dos juizes, assim como os outros poderes, julga e legisla para os ricos. Somente com muita luta poderemos recuperar a CVRD.
Nao podemos confiar que o governo Lula, o Congresso Nacional e o Poder Judiciario reestatizem a CVRD. A luta pela reestatizacao e parte da luta para recuperar a soberania do pais. A burguesia brasileira e incapaz de levar adiante essa luta. Ao contrario, ela se associou ao imperialismo para acabar com os restos de independencia do Brasil.
Temos de confiar somente em nossas forcas, na uniao dos trabalhadores da cidade e do campo, dos pobres, dos negros, das mulheres, da juventude e dos indigenas.
Uma das principais tarefas da revolucao brasileira e a reestatizacao da Vale do Rio Doce, para coloca-la sob controle do Estado brasileiro e sob a direcao das organizacoes dos trabalhadores da mineracao e do povo pobre do Brasil.
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sábado, 8 de setembro de 2007
brecht
Postado por JOSÉ LUIZ às 21:01 0 comentários
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