terça-feira, 2 de outubro de 2007

sem terra


02/10/2007 - 08h41
Sem-terra invadem 6 escritórios do Itesp no Pontal




CRISTIANO MACHADOColaboração para a Agência Folha, em Presidente Prudente
Sem-terra acamparam ontem, por cerca de cinco horas, nas dependências de seis escritórios do Itesp (Instituto de Terras do Estado de São Paulo) na região do Pontal do Paranapanema (oeste de SP).
Liderados por José Rainha Jr., os manifestantes protestaram contra o projeto enviado pelo governador José Serra (PSDB) à Assembléia Legislativa que regulariza áreas questionadas na Justiça pelo Estado como sendo devolutas (públicas).
A coordenação do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), que na semana passada também mobilizou seus militantes em São Paulo na invasão do prédio da Secretaria de Estado da Justiça pelo mesmo motivo, anunciou que os protestos de ontem não são de responsabilidade do movimento, e sim "ações isoladas de Rainha" --afastado pela direção nacional da sigla.
Os sem-terra permaneceram nos estacionamentos e nas entradas das sedes dos órgãos nas cidades de Presidente Prudente, Presidente Bernardes, Presidente Venceslau, Presidente Epitácio, Rosana e Teodoro Sampaio.
Segundo Rainha, 860 pessoas ligadas à ala do MST sob seu comando, integrantes de outros grupos de sem-terra como o Mast (Movimento dos Agricultores Sem Terra) e sindicatos rurais filiados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) participaram das ações. A PM não soube estimar o número de manifestantes.
Ao final do protesto, abaixo-assinado foi feito para cobrar do governo do Estado apoio para projeto de produção de biodiesel que o líder dos sem-terra coordena no Pontal, agilidade na criação de assentamentos e a continuidade do Itesp subordinado à Secretaria de Justiça, e não ligado à Agricultura.
Em nota, o Itesp disse que o projeto de lei 578/2007 "representa uma oportunidade concreta de superação do histórico problema do Pontal do Paranapanema, capaz de proporcionar novas áreas para assentamentos, novos recursos para investimentos regionais e a pacificação social, pelo fim do conflito decorrente da insegurança jurídica e incerteza dominial".

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