segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

INVASÃO



INVASÃO DO PANAMÁ PELOS EUA,20/12/1989.

sábado, 4 de dezembro de 2010

COMPLEXO DO ALEMÃO




ite@pstu.org.br

A farsa da pacificação do Estado do Rio de Janeiro



PSTU RJ


• O Estado do Rio de Janeiro vive uma verdadeira guerra civil, um estado de sítio, que desmascara a demagogia e a incompetência do governador reeleito Sergio Cabral (PMDB) e seus subordinados. Para ganhar a eleição divulgaram amplamente que a cidade e o estado estavam pacificados, que tinham através das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) acabado com o tráfico e, consequentemente, com a violência.

Neste exato momento helicópteros da Polícia Civil e da Polícia Militar sobrevoam a cidade e as comunidades do Complexo do Alemão e a de Manguinhos, tentando encontrar os culpados por esta situação. As escolas estão suspendendo as aulas e os trabalhadores estão voltando mais cedo para as suas casas. No centro da cidade as pessoas interrompem mais cedo as suas atividades. Neste momento, ônibus estão sendo incendiados, e rodovias bloqueadas por traficantes, que saqueiam os veículos e logo em seguida ateiam fogo. Nos últimos dias. mais de 40 veículos, entre ônibus e carros de passeio, foram incendiados, dezenas de bloqueios de estrada, para em seguida ser praticado o saque aos motoristas.

Em vários pontos do estado, o governador aliado de Lula, tenta através de blitz inibir a ação dos traficantes, todos os policiais que exerciam funções internas, médicos, mecânicos, funcionários burocráticos, todos foram convocados para atuarem nas ruas das cidades como se o problema da violência fosse resolvido numa ação de guerra. Todas as medidas até agora adotadas pelo setor de segurança do estado falharam, e o que predomina é o pânico, a insegurança e a falta de uma política que de fato enfrente a violência e a insegurança.

Neste momento a imprensa, em particular a Rede Globo, aproveita a situação para aumentar sua audiência, alardeando o caos que se encontra a cidade e o estado, mas não fala que tudo isso se explica, por um lado, em função da miséria que vive uma parte da população, que é condenada a viver nos morros da cidade em barracos, sem empregos e com salários insignificantes, reprimida pela polícia fascista e corrupta de Sergio Cabral, pelo tráfico ou pela milícia. Por outro lado, a conivência do Estado com os grandes empresários, que tem ligação com o tráfico internacional de drogas e de armas. Estes senhores quando são pegos alegam que são colecionadores de armas.

Neste momento o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que quem passar na frente do Estado vai ser atropelado. Os policiais traduzem as ordens do Estado e dizem que vai morrer muita gente. Treze pessoas já morreram, demonstrando qual é a política destes senhores fascistas. Vão exterminar os pobres e negros e jovens e vão dizer que são traficantes. Um bom exemplo que não devemos confiar nestes governantes foi a instalação das UPPs na área da Tijuca, o morro do Borel, Formiga, Casa Branca, Macacos, Morro da Liberdade, Turano, Salgueiro, todos com grande presença do tráfico, com centenas de traficantes fortemente armados, foram ocupados após acordo do governo com os traficantes, que garantiu a saída de todos , com seu armamento de guerra, antes da ocupação.

Uma vergonha. Esta manobra do governador e de todos os seus aliados foi comemorada por Sérgio Cabral, Lula e Dilma, e seu secretário de segurança, que divulgaram amplamente que tinham acabado com o tráfico e pacificado a cidade e o estado sem dar um tiro. Disseram que os traficantes fugiram assustado. Com este discurso ganharam as eleições de outubro. Quem não lembra da candidata Dilma dizendo na televisão que iria exportar estes exemplos do Rio para o resto do país? Na verdade o que ocorreu foi um grande acordo do Estado com os traficantes, que se deslocaram para outras regiões da cidade e do estado, preparando a região da Tijuca e da Zona Sul para receber os turistas e os investimentos da Copa do Mundo e para as Olimpíadas.

O governador e seus aliados andam de carro blindado, com escolta de seguranças, de helicóptero, enquanto nós trabalhadores ficamos vulneráveis nos ônibus, que estão frequentemente sendo incendiados. O governo aproveita esta situação para criminalizar a pobreza, estão preparando um verdadeiro extermínio nas regiões mais pobres. Está sendo preparada a invasão do Complexo do Alemão e de Manguinhos. Sabemos que quem vai pagar são os trabalhadores e a juventude, com o pretexto de atacar os traficantes, sabemos onde vai dar essa política. Se for negro e pobre, atira e depois verifica quem é.

Um programa socialista para enfrentar a violência
Não achamos que as UPPs sejam a solução. Não é possível viver sob uma ocupação. Todas as medidas de maquiagem do Estado, os cursos com os caminhões do SENAC nas comunidades (para pouquíssimas pessoas) para ensinar corte e costura e formar cabeleireiro e noções de informática, não garante o que é o fundamental. As pessoas precisam na comunidade e no país de um bom emprego, com um salário decente. Por isso propomos que o salário mínimo dobre imediatamente. Propomos a construção de boas escolas com muitas vagas e com profissionais da educação tendo um salário decente, e não o vergonhoso salário de 700 reais que paga o estado ao professor. Defendemos a construção de bons hospitais para que os trabalhadores não morram por falta de leito nas emergências. Exigimos que o governador pare imediatamente com a demolição do IASERJ, com o fechamento do Pedro II, hospitais que são fundamentais. Queremos lazer decente, acesso a cultura e não maquiagem para turista ver. Queremos moradias decentes e com infra-estrutura. Existe um responsável pelas ações que estão ocorrendo no estado e na cidade: é o governador, os prefeitos e o governo federal que fizeram muito estardalhaço nas eleições e que agora nos deixam nesta situação.

Não acabaremos com a violência e com o tráfico sem descriminalização das drogas, sem colocar na cadeia os grandes empresários que traficam as armas e as drogas, sem o confisco de seus bens. Não acabaremos com violência se não tivermos empregos decentes para as nossas famílias. Precisamos dissolver essa polícia e construir uma polícia ligada à população e, principalmente, controlada por ela, com eleições para o comando e para os delegados e com mandato revogável. Exigimos o fim do extermínio dos pobres e negros. Não a invasão e ao extermínio dos moradores das comunidades.

Cyro Garcia, Presidente do PSTU - Rio de Janeiro


[ 25/11/2010 15:19:00 ]

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

CUBA



FIDEL DESEMBARCA DO GRANMA,INICIANDO A GUERRILHA EM SIERRA MAESTRA,EM CUBA,02/12/1956.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

COMPLEXO DO ALEMÃO



Por Michel Blanco . 30.11.10 - 15h01

É pro Fantástico?

Quem esperava um “pega pra capar” na tomada do Complexo do Alemão pelas forças de segurança sentiu-se frustrado. Anticlimática, a ação não correspondeu ao prenunciado em manchetes da véspera, como a do Globo: “Intenso tiroteio entre Exército e tráfico abre Batalha do Alemão”. Assim, com batalha em maiúscula, o diário reforçava a alusão absurda ao desembarque das tropas aliadas na Normandia, inaugurada na manchete da última sexta-feira (“O Dia D da guerra ao tráfico”). Esse é só um exemplo.

Entre o triunfalismo e o sensacionalismo, a cobertura jornalística da operação policial serviu de sela ao discurso oficial, mas também montou sobre um clamor coletivo por justiçamento, desatado em fãs da escola Capitão Nascimento. O que se viu na mídia – digital, eletrônica e impressa – foi a espetacularização dos fatos, em uma busca pelo protagonista de “Tropa de Elite” entre os homens das polícias e das Forças Armadas que subiam o morro, clicados em posição de combate. Acuado pelo fogo cruzado, o pessoal do morro, como de costume, não coube na foto.

Sintoma da disposição da imprensa para o espetáculo revelou-se na escolha das fontes. E lá estava o cineasta José Padilha a comentar a onda de violência que assola o Rio de Janeiro. Sem entrar no mérito da reconhecida competência profissional, a análise de Padilha é tão válida quanto uma palestra de Steven Spielberg sobre a extinção dos dinossauros, como disse uma amiga.

Se havia dúvidas sobre uma excessiva dramatização na cobertura jornalística, elas se desfizeram com as imagens dos bandidos presos no Alemão, exibidos na TV como troféus. Caso de Eliseu Felício de Souza, o Zeu, um dos condenados pelo assassinato do repórter Tim Lopes, em 2002. O finado “Aqui Agora”, do SBT, pareceu servir de referência ao autoelogiado padrão Globo de jornalismo. Revanchismo? Outras emissoras seguiram o mesmo caminho, e algumas se lambuzaram a valer, como a Band.

A chegada dos blindados das Forças Armadas foi saudada nos jornais com manchetes de uma guerra a ser vencida, em meio a um tom geral de “agora sim”. O emprego dos militares foi decisivo para o sucesso da operação, inclusive para que não se transformasse em um banho de sangue. Fato. Mas a participação do militares não é inédita no Rio e falta uma discussão séria sobre eventuais riscos do envolvimento das Forças Armadas em ações policiais. Alguém lembrou o que aconteceu no morro da Providência, há apenas dois anos, quando militares entregaram três rapazes para traficantes do morro da Mineira?

Jogando pra galera, a imprensa escolheu o caminho fácil da luta do “bem” contra o “mal”: forças de segurança de um lado, bandidos do outro. Atribuiu a onda de arrastões e carros incendiados a uma reação de traficantes às Unidades de Polícia Pacificadoras (UPPs), ignorando que as milícias — policiais, bombeiros e até soldados envolvidos em tráfico de drogas e armas, extorsão e ‘gatos‘ de toda espécie, de gás a TV a cabo — são tão ou mais resistentes que os traficantes às UPPs (um ótimo projeto, diga-se).

O problema é que, no confronto do Rio, não existe a polaridade entre bem e mal apregoada na dramatização midiática, ante o elevado grau de corrupção e envolvimento de agentes da lei com o crime organizado – noves fora a perpetuação de métodos truculentos. A ficha caiu até para o Capitão Nascimento. Mas na cobertura do tal “Dia D”…

Infelizmente, não começamos a vencer o crime no último domingo, como festejou a imprensa. Estamos longe, e só chegaremos lá quando soubermos dizer quem realmente é polícia e quem é bandido. Ou pelo menos identificarmos entre os mortos da Vila Cruzeiro e do Complexo do Alemão quem portava um fuzil ou apenas carregava um guarda-chuva.

P.S.: E alguém acha que depois da apreensão de 44 toneladas de maconha no Complexo do Alemão vai faltar erva no Carnaval?


segunda-feira, 29 de novembro de 2010

PALESTINA


DIA INTERNACIONAL DE SOLIDARIEDADE AO POVO PALESTINO.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

REVOLTA DA CHIBATA


REVOLTA DA CHIBATA,LIDERADA POR JOÃO CANDIDO,22/11/1910.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

ZUMBI



MORTE DE ZUMBI,1965.DIA NACIONAL DA CONSCIÊNCIA NEGRA.

domingo, 14 de novembro de 2010

HEGEL


MORRE EM BERLIM O FILÓSOFO FRIEDRICH HEGEL.14/11/1831.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

BOM FINAL DE SEMANA!


A última canafístula

Charles Kiefer

Canafístula, repetiu o meu avô, batendo a mão espalmada contra a casca da árvore. Deve ter mais de trezentos anos, continuou. Olhei para a árvore, olhei para ele. Eu jurava que ele era mais velho que ela. Gosto desta canafístula, ele disse. Olhou para cima e ao redor, bateu outra vez na casca grossa e rugosa. Porque é a última, continuou. Deve ser muito triste, eu disse. O quê?, ele perguntou. O que que deve ser triste? Ser a última, eu disse. É, ele respondeu. Levantou a cabeça, olhou para cima; fiz o mesmo. Não dava para ver a copada. Deve ser frio lá em cima, eu disse. Melhor que aqui embaixo, ele retrucou, ao menos não fica sufocada. É, respondi e cheguei a sentir no rosto o ventinho bom que soprava lá em cima. Será que ela sabe?, perguntei. O quê?, ele murmurou. Que é a última, respondi. Sabe, é claro que sabe, ele disse e alisou a casca da árvore. Saber é pior, dói mais. Ficou quieto. Eu queria falar, puxar assunto, mas não conseguia; ele estava ali e não estava. De repente, vi uma lágrima , uma só, escorrendo pelo seu olho direito. Fingi não ver, ele aproveitou para se enxugar. Entrou um cisco no meu olho, ele falou. Caiu da canafístula, eu disse. Viu só, agora você diz o nome dela certinho. É, eu respondi. Ele sorriu. Quantos dias eles vão levar para chegar aqui?, eu perguntei. Uns três, com as motosserras em três dias eles vão conseguir derrubar todo o mato. Não quero ver, eu disse. O quê?, ele perguntou. Não quero ver ela cair, expliquei. Eu também não, ele respondeu. Ficou em silêncio outra vez. Vamos dar uma abraço nela, eu disse, de despedida? Vamos, ele retrucou. Abri os meus braços o mais que pude, mas não consegui alcançar os dedos de meu avô no outro lado. Não dá, ele disse, é muito grossa, respondi. Vamos, ele disse, já está escurecendo. Pegou a minha mão e me levou para casa. Ele tinha a mão áspera e fria, como a casca da canafístula.


BOM FINAL DE SEMANA!

MASSERA


Ópera Mundi - "Como se descreve alguém que foi responsável por milhares de assassinatos, pessoas desaparecidas e torturados? Isso é o que Emilio Eduardo Massera representa para a Argentina", diz Enrique Fukman, representante da Associação de Ex-Presos Desaparecidos do país sobre o almirante que foi um dos principais símbolos da ditadura militar que marcou a história argentina com sangue entre 1976 e 1983.

Morto nesta segunda-feira (8/11), aos 85 anos, devido a uma parada cardiorrespiratória, Massera foi um dos protagonistas do golpe de estado de 1976, por meio da junta militar formada por ele, Jorge Rafael Videla (Exército) e Orlando Ramón Agosti (Força Aérea).

Com a chegada dos militares ao poder, o país submergiu em um sanguinário regime, que deixou um aprioximadamente 30 mil desaparecidos. E muitas sequelas. Preso aos 22 anos, quando militava no movimento guerrilheiro Montoneros, Fukman foi um dos poucos sobreviventes da ESMA (Escola de Mecânica da Armada), um dos principais centros clandestinos de prisão e tortura do país, do qual Massera foi idealizador e responsável direto. Calcula-se que, das 5.000 pessoas que passaram pelo local, apenas 300 saíram vivos.

Mantido encapuzado e acorrentado nos seis primeiros meses e obrigado a trabalhar nos nove que antecederam a sua liberação, ele afirmou ao Opera Mundi que se sentiu frustrado ao saber que o repressor morreu, sem pagar por muitos dos crimes cometidos.

"Nos indigna saber que quem devia ter morrido na cadeia passou o resto de seus dias em casa. A Justiça e os indiferentes governos que sucederam a ditadura são os grandes responsáveis por esta impunidade", afirma o ex-desaparecido.

De fato, o principal articulador das atividades de tortura e extermínio da ESMA não ficou recluso por muito tempo, como aponta Fukman. Após a reconstrução da democracia argentina, em 1983, Massera foi julgado e condenado à prisão perpétua por homicídios, torturas, privações ilegais de liberdade e roubos. Era 1985, e ele declarou: "Não vim me defender. Ninguém tem de se defender por ter ganhado uma guerra justa".

Pena aliviada

Condenado e destituído das Forças Armadas, o ex-almirante não perdeu a oportunidade de provocar os juízes: "Estou em uma posição privilegiada. Meus juízes têm a crônica, eu tenho a História. E é lá onde se escutará o veredicto final", afirmou.

Em comunicado emitido nesta terça-feira (9/11), as Avós da Praça de Maio lamentaram que a pena não tenha sido cumprida integralmente: "Ele não chegou a cumprir cinco anos. Apesar das graves e provadas acusações contra ele, o então presidente Carlos Menem o absolveu." Menem promoveu, em 1990, um indulto, que beneficiou Massera e outros membros de juntas militares e chefes da polícia da Província de Buenos Aires, além do dirigente montonero Mario Eduardo Firmenich.

Roubo de bebês

Em 1998, foi decretada sua prisão domiciliar preventiva, pelo roubo de bebês de desaparecidos e mortos pela ditadura. O processo, no entanto, foi suspenso em 2002, quando o militar sofreu um derrame cerebral. Três anos depois, escapou mais uma vez da Justiça, quando foi declarado "insano mental" e "incapaz por demência". Massera sofreu um acidente cardiovascular em abril deste ano e já se encontrava em estado vegetativo quando morreu.

"Se Massera sabe de alguma coisa, levará para a tumba", havia previsto seu advogado, também falecido, Pedro Bianchi. Massera nunca deu declarações sobre as acusações que lhe foram dirigidas, entre elas ordenar a morte de três Mães da Praça de Maio (que se reuniam em frente à sede do governo argentino, em Buenos Aires, para reivindicar a localização de seus filhos), atiradas de um avião no Rio da Prata, coordenar o desaparecimento milhares de pessoas cujos corpos nunca foram encontrados e permitir o roubo de centenas de bebês nascidos nos porões da ditadura e adotados ilegalmente por famílias ligadas ao regime - muitos desses bebês, hoje com mais de 30 anos, ainda desconhecem sua verdadeira identidade.

Nascida na maternidade clandestina da ESMA e filha de desaparecidos, a presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara de Deputados, Victoria Donda, foi a 78ª neta encontrada pelas Avós da Praça de Maio. Para ela, a morte de Massera sem que ele tenha cumprido uma pena justa "representa a ineficiência do estado para levar tranquilidade e paz à sociedade". Donda afirma que os julgamentos são lentos: "Em sete anos temos pouco mais de 50 sentenças ditadas, de cerca de 30 mil casos", queixa-se.

Massera "é o símbolo dos assassinos que não conseguimos terminar de julgar, apesar da condenação e repúdio da sociedade argentina", declara.

As Avós da Praça de Maio também lamentaram que o repressor tenha morrido sem pagar pelos crimes. "Massera gozou até o final de sua vida de todas as garantias que dá o estado de direito, inclusive aos assassinos. As mesmas garantias que ele negou às suas vítimas no apogeu do terrorismo de estado", afirmaram em comunicado.

Perversidade da ditadura

O juiz federal argentino Daniel Rafecas, responsável pela investigação dos crimes de lesa humanidade cometido pelo Exército e pela Aeronáutica durante a ditadura, afirma que a paralisação do processo de Massera é garantida legalmente, devido ao seu grave estado de saúde que o impedia de enfrentar um processo penal. "É um direito constitucional e que a Justiça do Estado de Direito deve respeitar, seja quem for o acusado".

Rafecas, no entanto, é categórico ao reconhecer a responsabilidade do almirante: "Ele encarnou os aspectos mais obscuros e perversos da ditadura militar argentina", diz em relação à criação e gestão da ESMA e "à submissão de boa parte dos oficiais a se envolver com ele". "Além disso, explorou perversamente os prisioneiros para objetivos messiânicos de continuidade política de seu 'projeto' de país, no estilo de Heinrich Himmler, comandante da SS, após a advertência da derrota do regime nazista por parte dos aliados", classifica.

Massera ficou meses respirando em uma cama ortopédica no Hospital Naval de Buenos Aires. Sua morte simboliza a diminuição da probabilidade de que muitas das lacunas abertas deixadas sobre o período da repressão argentina sejam preenchidas.

Para Marcelo Borrelli, autor do livro El diario de Massera. Historia política y Editorial de 'Convicción': la prensa del Proceso, uma das explicações do uso de uma repressão tão ferrenha era a debilidade que o almirante reconhecia em si: "Das três forças, a Marinha era a que tinha menos poder. A presidência era de Videla, que era chefe do Exército", justifica. Segundo o pesquisador, a ESMA era o que lhe dava força: "Ele utilizou este centro para seu projeto político, para ganhar na disputa com Videla, para ganhar mais poder".

Em 1978, Massera renunciou ao cargo de chefe da Marinha para alimentar suas ambições eleitorais: fundou o partido político Democracia Social e confessou o desejo de ser o herdeiro do ex-presidente Juan Domingo Perón, "ir além do terrorismo de Estado e ser a máscara da reconciliação nacional."

Como plataforma de apresentação de suas posições ideológicas ao público, criou o jornal Convicción, inicialmente um boletim da Marinha, que passou a ser distribuído em bancas com uma tiragem de 25 mil exemplares e circulou até 1980.

A armadilha das Malvinas

Ao mesmo tempo, articulava apoios, buscando uma aproximação do peronismo e colocando "armadilhas" para o colega do Exército. "Ele tinha intenções políticas, sabia que, para ser um líder de massas na Argentina, tinha que ser peronista. E propôs a Videla a recuperação das Malvinas. Sabia que a ação era politicamente inviável naquele momento, mas que os generais do Exército não ficariam satisfeitos com uma resposta negativa".

Borrelli não economiza adjetivos como "contraditório", "cínico" e "sinistro" para descrever o repressor e admite que suas investigações o levaram a conhecer um perfil carismático, sedutor e mulherengo do militar.

"Ele quis usar estas características na política porque acreditava que contrastavam com a do militar comum, chato e austero. Ele chegou a sair em propagandas políticas achando que a sociedade poderia começar a cobiçá-lo", diz. "Com a prisão perpétua sentenciada em 1985, no entanto, sua carreira política acabou".

A crônica passou, e o que dizem os historiadores sobre Massera? No prólogo do livro Massera, o genocida", biografia do almirante, o pesquisador Osvaldo Bayer escreveu: "Sem nenhuma dúvida, ele passará a ser na galeria dos argentinos o maior dos assassinos de toda a vida da República até o presente."

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

ANGOLA



INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA FRENTE A PORTUGAL,11/11/1975.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

CSN



Greve da CSN em 88 foi momento importante da luta de classes


Em 1988, os operários da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em Volta Redonda (que naquela época ainda não havia sido privatizada) realizaram uma greve com ocupação na empresa, que teve grande repercursão internacional, e foi um momento de dimensões históricas na luta de classes no Brasil.

A repressão foi muito dura, e o governo de José Sarney autorizou o Exército a invadir a empresa. No dia 9 de novembro, três operários foram mortos: Augusto Barroso, de 19 anos; Walmir Freitas Monteiro, 27 anos; e William Fernandes Leite, 22 anos.

MURO DE BERLIM



CAI O MURO DE BERLIM!09/11/1989.

sábado, 6 de novembro de 2010

CONLUTAS



CSP-Conlutas defende verdadeira valorização do salário mínimo


Propostas de reajuste do salário mínimo e das aposentadorias não atendem às necessidades da família brasileira

[05/11] O que estamos assistindo na mídia é a um verdadeiro circo. A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) e o presidente Lula (PT) discutem com as centrais sindicais o novo salário mínimo.

Dilma fala em “compensação” ou antecipar parte do reajuste de 2012 e as centrais argumentam que o aumento deve chegar a R$ 580. Já a burguesia mantém seu oportunismo eleitoral e defende R$ 600.

De acordo com a atual política de “valorização do salário mínimo”, ele deverá ser reajustado pela inflação de 2010, que está prevista para cerca de 4,5% e um aumento real referente ao PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes, ou seja de 2009, que foi - 0,2 (negativos).

Portanto, segundo esta lei, o salário mínimo deverá ser reajustado em torno de 4,5%. No Executivo já existe uma proposta de reajuste de R$ 510,00 para R$ 538,15, que segundo declarações do relator Gim Argello (PTB-DF) à grande imprensa poderia ser arredondado para R$ 540,00.

Para a CSP-Conlutas, essas propostas são insuficientes. Existem verbas no orçamento para reajustar decentemente o salário mínimo do trabalhador brasileiro. Basta suspender recursos e isenções aos grandes bancos e às empresas e parar de pagar os juros da dívida pública.

O debate sobre o salário mínimo limitado a essas propostas é inaceitável! Enquanto o lucro das empresas e bancos é multiplicado por quatro, assistimos a aumentos irrisórios no salário mínimo e nas aposentadorias.

Com esta lei, se o crescimento do PIB fosse contínuo, ao redor de 6%, o que é altamente improvável, demoraríamos 40 anos para atingir o valor estipulado pelo Dieese de R$ 2.132,09 (previsão para outubro de 2010). Ou seja, apenas em 2050.

Os cálculos do Dieese para o salário mínimo necessário são de acordo com o preceito da constituição brasileira: "salário mínimo fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família, como moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, reajustado periodicamente, de modo a preservar o poder aquisitivo, vedada sua vinculação para qualquer fim" (Constituição da República Federativa do Brasil, capítulo II, Dos Direitos Sociais, artigo 7º, inciso IV). Esses cálculos são baseados em família de dois adultos e duas crianças.

A CSP-Conlutas defende que o salário mínimo dobre seu valor imediatamente, como uma medida para alcançar em curto prazo a proposta do Dieese.

Chamamos os sindicatos, os movimentos populares e as centrais sindicais a lutar por esta reivindicação organizando um grande movimento em defesa do salário mínimo digno, contra a reforma da previdência e pelo fim do fator previdenciário.

Secretaria Executiva Nacional

CSP-Conlutas (Central Sindical e Popular)

REVOLUÇÃO RUSSA



REVOLUÇÃO RUSSA.BOLCHEVIQUES DIRIGEM INSURREIÇÃO OPERÁRIA E CAMPONESA,07/11/1917.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

GREVE


1985 - Dia da Greve de 85
Greve de 460 mil em SP. Tem como centro os metalúrgicos (capital, Guarulhos, Santos, mas abarca também químicos, plásticos, marceneiros, médicos, padeiros. Imensos piquetes percorrem os corredores industriais.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O inacreditável Movimento SP para Paulistas



Por Rivaldo - Salvador

Do Terra Magazine

Querem vitimizar Nordeste, diz Movimento SP para Paulistas

Ana Cláudia Barros

A atendente de suporte técnico Fabiana Pereira, 35 anos, uma das articuladoras do Movimento São Paulo para os Paulistas, sai em defesa da estudante de direito Mayara Petrusco, apontada como uma das responsáveis por desencadear a onda de manifestações preconceituosas contra os nordestinos na internet após a vitória de Dilma Rousseff (PT).

Na internet, Mayara declarou que "nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado", o que rendeu à universitária uma denúncia junto ao Ministério Público Federal, apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Pernambuco (OAB-PE). A entidade viu no ato a configuração dos crimes de racismo e de incitação pública à pratica delituosa, no caso, homicídio.

Para Fabiana, a estudante não se referiu a um assassinato literal e apenas estava "desabafando".

- Acho também que não estão sendo debatidas quais as causas da revolta dela. O fato de - não que justifique-, mas o fato de São Paulo sustentar o Bolsa Família, e aí esses beneficiários emergem e São Paulo fica subjugado a um governo que não elegeu, né?! - "advoga".

Na interpretação da representante do movimento - cujo abaixo-assinado virtual já conta com quase 1400 assinaturas -, o episódio foi usado para vitimizar o "pessoal do Nordeste". Segundo ela, a solução para acabar com a "guerra" seria "que cada Estado tivesse autonomia para administrar os seus recursos".

- Aí, ia parar essa guerra que existe. São Paulo sustenta e eles (nordestinos) decidem quem vai nos governar.

Ao ser lembrada que mesmo se fossem excluídos votos do Norte e do Nordeste Dilma venceria, Fabiana argumenta:

- O Brasil, na verdade, parece que é dividido em duas culturas. Minas é mais identificada com o Nordeste, não sei se é por motivos de colonização. Não sei quais as causas. Se você olhar aquele mapa que dá meio vermelho, meio azul do (José) Serra e da Dilma, é sempre assim. Parece que um se identifica mais com uma ideologia e outro, com outra ideologia. Então, mesmo que tirasse o Nordeste, talvez ela se elegesse da mesma forma. Mas o pessoal não deixa de culpar... Culpar entre aspas, né?! Sabe que lá (Nordeste) é um celeiro mesmo, que vota no assistencialismo, no populismo.

Confira a entrevista.

Você acompanhou a polêmica sobre as manifestações contra nordestinos na internet após a vitória da Dilma Rousseff?
Fabiana Pereira - Dei uma olhada sim.

A OAB de Pernambuco acionou o Ministério Público Federal contra a estudante de direito Mayara Petrusco. A entidade considera que ela foi uma das responsáveis por ter desencadeado as manifestações de preconceito contra nordestinos. O que vocês, do movimento, acham dessa polêmica?
Acho que aquele negócio que ela falou de matar, afogar, é mais ou menos assim, que nem você fala: "Ah, mate todos os corintianos". Sabe? Num sentido assim. Claro que ela não estava falando literalmente em matar. Acho que foi um sentimento de revolta. No mesmo sentido de falar: "Eu mato aquele infeliz".

Então, você acha que ela falou aquilo como forma de expressar raiva?
É. Um desabafo ou algo assim.

Mas você acha que o tom foi exagerado?
Na internet, tem essas coisas dos dois lados. Acho também que não estão sendo debatidas quais as causas da revolta dela. O fato de - não que justifique -, mas o fato de São Paulo sustentar o Bolsa Família, e aí esses beneficiários emergem e São Paulo fica subjugado a um governo que não elegeu, né?!
Então, essa é a essência da coisa. Claro que eu achei que o que ela (Mayara) falou talvez... não, mal interpretada. Na internet é comum esse bate-boca. Você acha também contra paulista gente falando um monte. E acabaram usando isso até para fazer um pouco de vítima, eu acho.

Como é? Desculpe, não entendi.
Acabaram usando tudo isso para colocar até um pouco como vítima, né?!

Colocar quem como vítima?
O pessoal do Nordeste. Olhando ao pé da letra, parece radical o que ela disse, mas eu creio que ela não foi literal. Foi um desabafo.

Você falou que não estão sendo discutidos os motivos da revolta dela (Mayara). Na sua opinião, quais seriam esses motivos?
Então, essa questão de São Paulo, que fornece recursos para o Bolsa Família, por exemplo. E o pessoal de lá (do Nordeste) acaba elegendo um governo que... São Paulo fica subjugado a um governo que não elegeu, na verdade.
Qual seria a solução? Seria que a democracia fosse mais subsidiária, que cada Estado tivesse autonomia para administrar os seus recursos. Aí, ia parar essa guerra que existe. São Paulo sustenta e eles (nordestinos) decidem quem vai nos governar.

Mas os recursos do Bolsa Família também vêm de outros Estados...
Os impostos federais, no site da Receita, São Paulo fornece 40% sozinho. Contando com tudo. Isso dá R$ 200 bilhões/ano e voltam 4%, segundo o Portal Transparência. E o Bolsa Família já custou mais de R$ 50 bilhões desde o começo. Uma coisa assim... Então, na prática, é São Paulo que sustenta mesmo. Tem sete Estados que pagam mais impostos do que recebem. Do Sul, Amazonas...

Então, você entende o sentimento de revolta da Mayara. É isso?
Entendo. Olhando ao pé da letra parece agressivo. Mas não foi literal.

Um levantamento de Terra Magazine mostra que, mesmo sem os votos do Norte e do Nordeste, Dilma venceria. O que você acha disso?
O Brasil, na verdade, parece que é dividido em duas culturas. Minas é mais identificada com o Nordeste, não sei se é por motivos de colonização. Não sei quais as causas. Se você olhar aquele mapa que dá meio vermelho, meio azul do (José) Serra e da Dilma, é sempre assim. Parece que um se identifica mais com uma ideologia e outro, com outra ideologia.
Então, mesmo que tirasse o Nordeste, talvez ela se elegesse da mesma forma. Mas o pessoal não deixa de culpar... Culpar entre aspas, né?! Sabe que lá (Nordeste) é um celeiro mesmo, que vota no assistencialismo, no populismo.

Na sua avaliação a Dilma ganhou por causa do Bolsa Família?
Não só do Bolsa Família, mas de toda essa ideologia populista. Mas o Bolsa Família interfere muito. Com certeza.

Em quem você votou para presidente?
Eu votei no Serra, porque me identifico mais com o livre mercado, com essa ideologia mais do progresso, de menos intervenção estatal na economia.

O Tiririca (PR), deputado federal eleito por São Paulo, teve uma votação expressiva. Como você vê isso?
Acho que não foi só o migrante. Com certeza houve muitos votos dos nordestinos, mas muito paulista que não tem muita consciência... A própria estrutura de educação no Brasil faz com que o paulista não ligue muito... Eu mesma, há três anos, não estava nem aí com nada. Então, muitos votaram de zoeira, não levaram muito a sério ou como protesto mesmo, mas acabaram dando um tiro no pé.

A propaganda do Tiririca foi muito contestada. No Ministério Público Eleitoral, houve várias ações contra ela. Todas negadas. Em uma das ações, a pessoa contestava porque o Tiririca dizia que iria defender os nordestinos, priorizava os nordestinos. Você avalia da mesma forma ou acha que há um exagero nessa interpretação?
Acho que até li isso em algum lugar. Então, se um candidato no Rio de Janeiro falasse que ia defender os direitos dos mineiros. Ou em Minas, um candidato que falasse que ia defender os direitos dos gaúchos. É mais ou menos assim. Ele está em São Paulo, dizendo que vai defender os direitos dos nordestinos. Tá certo, os que moram aqui. Mas São Paulo já tem representação inferior na Câmara, já é discriminado e aí ele fala que vai defender...
A prefeitura da cidade dele também comemorou, porque ele falou que ia ajudar a prefeitura de lá. Então, não se sabe se ele vai tirar recursos de São Paulo para enviar para lá, defendendo outros lugares.

CARLOS MARIGHELA



EXECUTADO,CARLOS MARIGHELA,SÃO PAULO,04/11/1969.

A história da América Latina é uma história de injustiça e exploração. Mas é também - e sobretudo - a saga da resistência de homens e mulheres que, ao longo de cinco séculos, deram suas vidas no combate aos usurpadores das riquezas do continente.

Uma história escrita com o sangue de heróis como o inca Tupac Amaru, morto pelos espanhóis em 1572, e Condorcanqui, que sublevou os indígenas peruanos duzentos anos depois, considerado o precursor dos libertadores da América.

Símbolos dessa luta pela emancipação latino-americana, Simon Bolívar, José Martí, Emiliano Zapata, Augusto Sandino e Ernesto Che Guevara, entre tantos outros, lideraram trabalhadores do campo e da cidade contra o opressor.

Também guiado pela convicção na justiça social - e sob a bandeira do socialismo - o brasileiro Carlos Marighella procurou transformar de forma radical a realidade sócio-econômica do seu país.

Com o resgate da trajetória de Marighella,quarenta e um anos depois de seu assassinato pela ditadura militar, homenageamos todos os revolucionários do continente, cuja herança permanece atual como nunca.

http://www.carlos.marighella.nom.br/

sábado, 30 de outubro de 2010

HERZOG



35 ANOS DO ATO ECUMÊNICO PELO SÉTIMO DIA DA MORTE DE VLADIMIR HERZOG.CATEDRAL DA SÉ .SP.31/10/1975

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

QUEBRA DA BOLSA



QUEBRA DA BOLSA DE NOVA YORK.
COMEÇA A GRANDE DEPRESSÃO,29/10/1929

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

VLADIMIR HERZOG



25/10/1975,DITADURA ASSASSINA VLADIMIR HERZOG.

Prisão e morte

Em 24 de outubro de 1975 — época em que Herzog já era diretor de jornalismo da TV Cultura — agentes do II Exército convocaram Vladimir para prestar depoimento sobre as ligações que ele mantinha com o Partido Comunista Brasileiro (que era proibido pela ditadura).[4][5][6] No dia seguinte, Herzog compareceu ao pedido. O depoimento de Herzog era dado por meio de uma sessão de tortura.[4] Ele estava preso com mais dois jornalistas, George Benigno Duque Estrada e Rodolfo Konder, que confirmaram o espancamento.[4]

No dia 25 de Outubro, Vladimir foi encontrado enforcado com a gravata de sua própria roupa. Embora a causa oficial do óbito, divulgada pelo governo ditatorial da época, seja suicídio por enforcamento, há consenso na sociedade brasileira de que ela resultou de tortura, com suspeição sobre servidores do DOI-CODI, que teriam posto o corpo na posição encontrada, pois as fotos exibidas mostram Vlado enforcado.[4] Porém, nas fotos divulgadas há várias inverossimilhanças. Uma delas é o fato de que ele se enforcou com um cinto, coisa que os prisioneiros do DOI-CODI não possuíam. Além disso, suas pernas estão dobradas e no seu pescoço há duas marcas de enforcamento, o que mostra que supostamente sua morte foi feita por estrangulamento.[4] Na época, era comum que o governo militar ditatorial divulgasse que as vítimas de suas torturas e assassinatos haviam perecido por "suicídio", o que gerava comentários irônicos de que Herzog e outras vítimas haviam sido "suicidados pela ditadura".

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

IRAQUE


TeleSUR _ Hace: 01 hora

La muerte de unos 109 mil iraquíes a manos del Ejército estadounidense, de los que aproximadamente el 63 por ciento eran civiles, fue dada a conocer este viernes por la cadena de television qataría Al Jazeera, que cita parte de los documentos publicados por el portal digital WikiLeaks, especializado en filtrar información secreta de cuerpo de seguridad norteamericano.
Al Jazeera publicó un artículo que revela el contenido de parte de los archivos secretos que comprenden esta información. Los crímenes reflejados en los documentos ocurrieron entre años 2004 y 2009, y comprueban que el Ejército estadounidense tenía conocimiento de las torturas sistemáticas hechas por policías y soldados iraquíes a prisioneros. Los demás documentos, según la organización, serán entregados a importantes agencias de noticias en el transcurso de esta noche, en un lugar de Londres cuya dirección no fue especificada. "El fin de poner en sus manos durante tres horas y media una impresionante masa de documentos clasificados (...) Esto constituye el primer vistazo de verdad de la historia secreta de la guerra que el Gobierno norteamericano ha ocultado siempre", afirmó el fundador de la organización, Julian Assange. Los delitos incluyen además atentados suicidas, torturas y enfrentamientos que demuestran abuso de poder por parte de los grupos armados. Los documentos se pueden consultar en la web de la organización en la dirección http://warlogs.wikileaks.org/.

Además de Al Jazeera, otros medios de comunicación internacionales también han comenzado a difundir los documentos estadounidenses filtrados desde el portal de Internet, entre los que se incluyen el diario británico The Guardian, el norteamericano The New York Times; y los franceses Le Monde, Der Spiegel y el Bureau of Investigative Journalism.

"Los documentos y archivos revelan que EE.UU. estaba al tanto de las torturas realizadas por los uniformados del Estado, pero nunca ordenaron a sus tropas a intervenir", reseñó The Guardian.

Los diferentes informes están redactados con estilo telegráfico y "cargados de huecos" para reservar la identidad de las personas implicadas.

Según explicó Assange, esta es la forma de desaparecer informaciones personales o evitar localizaciones de manera preventiva, "así se evita la posibilidad de poner en riesgo la vida de cualquier persona", exclamó.

Torturas al detalle

Algunos de los informes publicados por WikiLeaks evidencian al detalle diversos actos de tortura perpetrados por las fuerzas iraquíes hasta el año pasado.

Uno de esos casos es el de un detenido iraquí que reseñó que "tuvo los ojos vendados y fue golpeado con un cable por la policía iraquí durante dos noches consecutivas".

De la misma forma, hubo otro preso que narró su traslado a un cuartel general militar estadounidense después de ser detenido en su domicilio el año pasado: "las manos atadas a la espalda, en posición forzada (...) y le golpearon las plantas de los pies con un objeto".

"Los militares estadounidenses abrieron una investigación pero en la mayoría parecen haberse limitado a informar a sus superiores y permitir que siguiera sucediendo", explica uno de los textos.

Antes de la publicación de los archivos, la Secretaria de Estado Hillary Clinton, condenó la emisión de los documentos argumentando que ponían en riesgo a la vida de tanto militares del país como de prisioneros que se encuentran retenidos en Irak.

"Amenazan nuestra seguridad nacional y la seguridad nacional de aquellos con quienes estamos trabajando", añadió.

Por su parte, la corresponsal de teleSUR en Washington, Andrea Arenas, afirmó que la importancia de la publicación de estos 400 mil documentos radica en que hasta ahora es la cantidad más grande de datos filtrados y que además de dar una cifra "bastante elevada" de los muertos en la guerra de Irak, contradice la información brindada por el Pentágono.

"La defensa de Estados Unidos ha negado este número (...) ellos dicen que no tienen ese número de personas fallecidas en los enfrentamientos", expresó.

Recalcó que el organismo ha preparado una comitiva especial, constituida por aproximadamente 120 miembros, que se encargarán de "reparar el daño que pueda causar la publicación de estos documentos".

"El Pentágono ha dado a conocer desde principios de la semana que su miedo es que la información a publicar podría poner en riesgo a los prisioneros estadounidenses que se encuentran en Irak", agregó.

Por último, cuestionó que la guerra entre Estados Unidos e Irak "haya terminado" como anunció el presidente Barack Obama, debido a que actualmente, hay más de 50 mil tropas estadounidenses en ese país.

En lo que va de año, el portal web WikiLeaks ha publicado aproximadamente unos 92 mil archivos electrónicos secretos, titulados Diarios de guerra, que demuestran los crímenes sobre la ocupación en Afganistán.

Entre los crímenes revelados, también se incluye el video del asesinato de un periodista de la agencia Reuters, así como también el homicidio de su ayudante y otras nueve personas por parte del Ejército estadounidense en Irak.

teleSUR- Afp- El país.com / lp - MM

domingo, 10 de outubro de 2010

CHE


PARA "CHE'

UMA SÓ PALAVRA

IMAGINEM UMA POESIA DE UMA SÓ PALAVRA.

LUTA,LUTA,LUTA.

DERREPENTE APARECERIA OUTRA.

LUTA,CONSCIENTIZAÇÃO,LUTA CONSCIENTIZALÇÃO

E AI VIRIA MAIS UMA.

LUTA ,CONSCIENTIZAÇÃO,´REVOLUÇÃO,LUTA,CONSCIEMTIZAÇÃO,REVOLUÇÃO

E PARA COMPLETAR MAIS UMA.

LUTA,CONSCIENTIZAÇÃO,REVOLUÇÃO,VITÓRIA

E POR FIM SE RESUMIRIA EM UMA SÓ PALAVRA.

""""CHE""""

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

SACCO E VANZETTI


APESAR DOS PROTESTOS E AS MOBILIZAÇÕES EM TODO O MUNDO,OS ATIVISTAS SINDICAIS SACCO E VANZETTI SÃO EXECUTADOS NOS EUA,EM 23/08/1927.

sábado, 7 de agosto de 2010

SITE PSTU



internacional@pstu.org.br

Uma lei racista no coração do império



Jeferson Choma
da redação do Opinião Socialista




• Entrou em vigor no dia 29 de julho a lei anti-imigração (Lei SB 1070), que criminaliza a presença de imigrantes no Estado do Arizona, Estados Unidos. A lei coloca na mira da polícia os 400 mil trabalhadores sem documentação que estão em trabalhos precários no Arizona, que faz fronteira com o México. A lei foi promulgada pela governadora do Estado, Jan Brewer, uma lamentável figura direitista que procura com isso sair da crise de popularidade de seu governo.

A Justiça Federal do país, porém, suspendeu temporariamente alguns trechos draconianos da lei. No entanto, a iniciativa, de nenhuma maneira, tornou a lei menos racista ou preconceituosa. Estão suspensos dispositivos que obrigam a polícia a interrogar aqueles que apresentam “uma suspeita razoável” de serem imigrantes sem documentos, ou seja, em situação ilegal.

A aplicação deste ponto já é em si mesmo um absurdo. Ninguém estaria livre de uma perseguição implacável das autoridades. Qualquer estrangeiro residente, mesmo os legais, seriam confundidos e interrogados.

Outro dispositivo que não está vigorando é o que concede permissão aos agentes de segurança para deter um indivíduo sob suspeita de não ter documento ou requerer que tenha consigo documentação que o identifique como imigrante.

Por outro lado, a lei mantém o dispositivo que orienta a polícia a questionar a situação migratória de uma pessoa considerada “suspeita” e que for pega durante qualquer tipo de controle policial, como uma batida de trânsito. Também prevê punições para quem contratar ou transportar imigrantes ilegais.

Sob ameaça de serem considerados bandidos, muitos imigrantes fugiram do Arizona. “Todo mundo está vendendo o pouco que tem e indo embora” , afirma Villasenor, 31, imigrante ilegal, que pretende partir para o Estado da Pensilvânia. E é esse mesmo o objetivo dos governantes que estimam em 100 mil o número de imigrantes ilegais a deixaram o estado depois da aplicação de uma lei que obriga as empresas a confirmarem o status migratório de seus trabalhadores.

Embora o presidente norte-americano Barack Obama tenha declarado ser contrário à lei, a política de seu governo não difere muito de George W. Bush sobre a questão da imigração. Em muitos aspectos é até pior.

Segundo estimativa do próprio governo, 400 mil imigrantes ilegais devem ser forçados a deixar EUA neste ano. Esse número é 10% maior do que em 2008, ainda sob o governo Bush. A preocupação dos democratas é tentar capturar votos do eleitorado conservador do país para as próximas eleições legislativas.

Assim, a burguesia norte-americana explora a barata mão de obra de milhares de imigrantes, enquanto, ao mesmo tempo, jogam a responsabilidade da falta de empregos e da crise no país sobre suas costas.


[ 6/8/2010 16:25:00 ]