quinta-feira, 23 de julho de 2009

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Tegucigalpa, 23 jul (Prensa Latina) Uma greve geral convocada pelas três centrais sindicais de Honduras caracterizará hoje o vigésimo sexto dia de resistência pacífica das forças populares ao golpe militar de junho passado. A greve tem como profundidade a fracassada mediação do presidente da Costa Rica, Ã"scar Arias, que propôs a volta condicionada do estadista Manuel Zelaya, recusado pelos golpistas. Zelaya, que aceitou as condições do mandatário, disse que terminado o novo prazo pedido por Arias, ingressará no país por qualquer de suas fronteiras para encabeçar uma marcha da esperança junto ao povo. A greve foi deliberada na segunda-feira passada pelas confederações Unitária de Trabalhadores (FUTH), de Trabalhadores de Honduras (CTH) e pela Central Geral de Trabalhadores (CGT). O presidente da FUTH, Juan Barahona, informou que os sindicatos do setor público têm prevista a tomada de instituições e outras ações, que serão acompanhadas pelo povo nas ruas. Barahona alertou sobre tentativas da polícia de provocar um confronto com os manifestantes e responsabilizou-a de qualquer incidente. A paciência tem limites, disse, ao recordar o caráter pacífico dos protestos antigolpistas. O dirigente camponês Rafael Alegria também responsabilizou o governo de facto, encabeçado pelo empresário Roberto Micheletti, de qualquer incidente violento durante os dias de lutas populares. O clima de tensão no país incrementou-se pela negativa dos golpistas em aceitar uma solução negociada da crise, a prolongada resistência popular e a iminência do regresso de Zelaya. Durante a jornada de ontem, na capital e em outras cidades do país, milhares de manifestantes pronunciaram-se por recuperar o Estado de Direito, em marchas convocadas pela Frente Nacional contra o Golpe de Estado. Nos departamentos do norte Cortês e Colón, os opositores bloquearam também importantes estradas. As bases do Partido Liberal, membros da Frente, convocaram a dar um recebimento em massa para Zelaya, assim que seja anunciado o lugar de sua entrada no país. O estadista adiantou ontem à noite à cadeia de televisão Telesur que se aproximará hoje por três municípios da Nicarágua que fazem fronteira com Honduras. A ideia é entrar, sublinhou.

Um comentário:

Pobre esponja disse...

Admiro a luta socialista, mas creio que todos os regimes são falhos, e só dia que o amor ao próximo governar o mundo, independente do regime, o mundo será melhor.

abç
Pobre Esponja