sábado, 26 de setembro de 2009

HONDURAS(SITE PSTU)




INTERNACIONAL

Após a volta de Zelaya, aprofundar a mobilização popular para derrotar o governo golpista

Liga Internacional dos Trabalhadores – Quarta Internacional (LIT-QI)

• Na segunda-feira, 21 de setembro, o presidente deposto Manuel “Mel” Zelaya voltou clandestinamente a Honduras e encontra-se refugiado na Embaixada brasileira em Tegucigalpa.

A volta de Zelaya foi vista como um triunfo pelo povo hondurenho, como um avanço para uma das principais reivindicações de sua luta: sua volta à presidência. Ao mesmo tempo, representa uma derrota para o governo de Micheletti que, diferente de ocasiões anteriores, desta vez não pode impedir o retorno.

Por isso, a notícia foi recebida com alegria pelo povo hondurenho, e essa alegria pode ser um fator que ajude a luta contra o golpe a dar um salto. Até agora, a resistência atingiu fortes picos de massividade (como a mobilização no aeroporto, na primeira tentativa de volta de Zelaya, e na greve geral de 22 de julho) e mostrou um alto grau de heroísmo. Foi essa luta que impediu a consolidação definitiva do governo golpista. Mas não foi suficiente para derrotá-lo e derrubá-lo.

Neste sentido, com todo o espetáculo que foi refletido na imprensa internacional, a volta de Zelaya não mudou o fato de que, há quase três meses do golpe, ainda sem se consolidar, o governo de Micheletti segue no poder e reprimiu duramente aos milhares manifestantes que cercavam a embaixada. Segundo informações da resistência, a repressão produziu numerosos detentos e feridos e, pelo menos, um morto, além de invasões a domicílios de dirigentes e ativistas da resistência.

Para que voltou Zelaya?
Em diversos materiais, a LIT-QI tem assinalado que, desde o início, Zelaya, os governos latino-americanos amigos, como Lula, e o de Barack Obama buscaram uma saída negociada com os golpistas, que não avariasse a estrutura de poder econômico e político de Honduras nem as instituições que tinham apoiado o golpe (Congresso, Corte Suprema, Forças Armadas, Igreja etc.). Essa política expressou-se no chamado Plano Arias que, por diversas razões, não foi aceito pelos golpistas.

Agora, em uma reportagem realizada pouco depois da volta de Zelaya, um membro de seu meio mais próximo declarou que o presidente deposto recusa, neste momento, o Acordo de San José (Plano Arias): “É impossível de assiná-lo tal e como está agora. Está desfasado, as condições têm mudado…” (declarações da vice-chanceler de Zelaya, Beatriz Vale, publicadas em http://www.publico.es/internacional/).

Poderia se pensar então, que a volta de Zelaya significou o abandono de sua política de chamado à negociação com os golpistas e, agora sim, uma disposição a encabeçar uma luta a fundo para derrubar ao governo de Micheletti. Não é assim.

A volta de Zelaya não foi um passo para aprofundar a luta popular contra os golpistas, senão uma ação do governo de Obama, de Lula e do próprio Zelaya para fazer pressão e obrigar os golpistas a negociar. Por isso, com esse nome ou outro, o Plano Arias e seu conteúdo (negociar uma “saída pacífica” com os golpistas) está plenamente vigente para evitar que a luta das massas avarie o regime hondurenho. E nesta política, Obama, Lula e Zelaya atuam coordenadamente.

Prestando este novo serviço, Lula volta a mostrar porque Obama o considera “seu homem” na América Latina. Já o fez no Haiti, onde o exército brasileiro comanda as tropas de ocupação da ONU (a Minustah). Agora, em condições e tarefas diferentes, o faz em Honduras. Isto é, é uma peça fundamental para implementar a atual política do imperialismo no continente.

A serviço da negociação com os golpistas
Por outro lado, nas próprias declarações dos protagonistas ficam claros os objetivos da volta de Zelaya. Começando, em primeiro lugar, pelas de Hillary Clinton, secretária de Estado do governo Obama. Continuando com as de Celso Amorim, chanceler do Brasil e figura chave na volta de Zelaya, (atuando, segundo a imprensa, em “sintonia fina” com o governo estadounidense) que declarou, em Nova York: “Acho que isto facilitará um diálogo, se tivesse disposição efetiva para isso, e para que se encontre rapidamente uma solução”. E agregou: “Brasil e EUA buscam uma solução moderada e pacífica à crise de Honduras”, (http://oglobo.com/mundo).

Vejamos o que diz o próprio Zelaya: “Vamos iniciar um processo de aproximação, de comunicação e depois propostas diferentes que vão ser importantes para resolver este problema de frente… acho que devemos superar todo o esforço diplomático”. Agregou ainda que aceitaria se reunir com Micheletti: “Eu estou disposto a buscar uma saída a este problema e a saída se passa por isso, estou disposto também fazê-lo”. Para terminar, reiterou seu chamado à “luta pacífica”: “Eu chamo à paz e a não violência. É a melhor forma de resolver os problemas” (reportagem a Manuel Zelaya, publicado no site de BBC Latinoamérica).

Só a mobilização dos trabalhadores e do povo derrotará os golpistas
Achamos que é imprescindível que as organizações da resistência, em especial a Frente Contra o Golpe, superem as limitações que a política do zelayismo tem imposto à luta. O primeiro passo é recusar e denunciar claramente qualquer tipo de negociação com os golpistas que busque os salvar e preservar as reacionárias instituições do regime (como o Congresso e o Corte Suprema) que impulsionaram e respaldaram o golpe. A derrota dos golpistas e a volta de Zelaya ao poder sem condições, que é o que busca o povo hondurenho, não virão da mão de algum organismo do imperialismo (como a ONU ou a OEA), da ação de governos “amigos” ou da negociação, mas sim de sua própria luta.

Em segundo lugar, é necessário manter as bandeiras de luta que Zelaya abandonou para negociar, como a proposta de convocação a uma Assembléia Constituinte soberana na qual o povo hondurenho possa discutir a substituição da antidemocrática Constituição de 1982 e a destruição de suas reacionárias instituições. Ou ainda, discutir temas que Zelaya nunca levantou como a expropriação da oligarquia latifundiária, o não pagamento da dívida externa, o fechamento da base militar estadounidense de Sotocano e outras medidas necessárias para se libertar do imperialismo e começar a solucionar os graves problemas socioeconômicos do país.

Também é necessário aproveitar a alegria popular gerada pela volta de Zelaya para aprofundar e radicalizar a luta contra os golpistas. Neste sentido, é muito importante tomar os métodos de luta dos trabalhadores, preparando desde a base uma greve geral que permita repetir e ampliar a exitosa experiência do dia 22 de julho, e assim sufucar economicamente o governo golpista e a patronal que o respalda.

Por último, devemos aprender as lições destes meses das lutas nas mobilizações desarmadas que enfrentaram ao exército. Não se poderá derrotar os golpistas com “métodos pacíficos”: é como pretender brigar com uma mão atada e derrotar a alguém que tem em suas mãos uma faca e uma arma. Além do heroísmo que já têm demonstrado as massas hondurenhas, é necessário preparar a auto defensa contra a repressão às mobilizações e às greves e uma ação para dividir e debilitar a "frente militar" dos golpistas, chamando os soldados e polícia a desobedecer às ordens repressivas do governo de Micheletti.

Junto com estas conclusões destes meses de luta, a LIT-QI chama a intensificar a mobilização internacional contra o golpe. É imprescindível a exigência de ruptura das relações com o governo de fato dos governos de todos os países que ainda não o fizeram. E, especialmente a exigência de boicote econômico, principalmente por parte dos Estados Unidos – principal comprador de produtos hondurenhos – e dos países centro americanos que têm fronteiras, como El Salvador e Nicarágua.
[ 23/9/2009 19:01:00 ]

sábado, 12 de setembro de 2009

ÁFRICA DO SUL




MORRE STEVE BIKO,NA PRISÃO,ÁFRICA DOSUL,12/09/1977. LIVING FOR A DREAM ( A STEVE BIKO) Nas horas mais merencórias, Eu penso em um tempo, em um homem, em um povo Que, mesmo florescendo em sua própria terra, Não podia medrar o quão lhe pudessem a mente e o fôlego. Em verdade, eles pululavam já destinados á corrente: Não falo da corrente dos navios negreiros, da coisificação, Dos pelourinhos, das senhoriais libidos, dos látegos, dos Engenhos lucrativos! Não, estes foram suplantados pela refulgência de seu jaez Efêmero, fugidio. Do que concisamente eu falo? Falo do não poder andar livremente aonde quer que vá. Do que concisamente eu falo? Falo de ser impelido a viver confinado como anomalia ou coisa Que o valha. Do que concisamente eu falo? Falo de sermos mortos impunemente por sermos cromática Sujeitada. Do que concisamente eu falo? Falo de não podermos celebrar o emitir da nossa maravilhosa Clorofila, da nossa mitologia, da nossa hermética eloqüência, Da nossa garbosa fosforescência! Do que concisamente eu falo? Falo do homem que, por crer que temos o direito de ter Direito, o direito de sermos pássaros, Disse não, ainda que soubesse que seria levado mais cedo ao Encontro de sua supernova: uma supernova infanda, macabra, Dantesca aluvião! Mas não, O apagar de sua luz não fora vão. O apagar de sua luz demonstrara ao mundo Que a plena exposição de sua luz ferina lhe era perniciosa, E que por isso seria preciso escondê-la sob o seio da bruma Da atmosfera onde reside a sôfrega voragem, o atroz reino da Selvageria. No entanto, a pugna não acabou. Mesmo porque a luz continua a nos incidir seus raios: Sim, da bruma que paira sobre nós. Sim, não podemos desistir. Não podemos traí-lo em seu legado. Não podemos deixar que nos impeçam de voar. Não podemos permitir que nos cortem as asas, Porque, se assim o fizermos, É porque acreditaremos no discurso de nossos abutres, senhores, Algozes. Qual é o discurso? O discurso de que somos bens da jaula, Não amos de nossos próprios fados, pensamentos, escolhas, Moradas. JESSÉ BARBOSA DE OLIVEIRA

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

PRÉ-SAL(SITE PSTU)


*Dalton Francisco dos Santos é diretor do Sindipetro-AL/SE

Governo Lula quer entregar o petróleo do pré-sal às “big oil”





• No mesmo dia em que a CPI da Petrobrás foi instalada, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), deu uma declaração sobre o novo modelo de exploração do petróleo encontrado na chamada camada pré-sal, que pode transformar o Brasil num dos maiores produtores mundiais. O marco regulatório apresentado pelo ministro estabelece o sistema de partilha da produção no pré-sal e em outras grandes reservas de petróleo. Isto é, o sistema de leilão das reservas não será mais utilizado nestas áreas, e a empresa vencedora da licitação será aquela que oferecer o maior retorno em petróleo ao país.

Para administrar essas reservas e fazer a sociedade com as empresas selecionadas, o governo vai criar uma nova estatal de petróleo e um fundo social gerido pelo Ministério da Fazenda. O ministro afirmou, ainda, que a nova estatal utilizará o modelo adotado na Noruega, com poucos funcionários e sem nenhum parque produtivo. A ideia é, portanto, montar apenas um escritório de gerenciamento, e não uma empresa de produção de petróleo. A produção será feita pelas multinacionais do setor – conhecidas como “big oil” – que vencerem a licitação ou pela Petrobras, mesmo sendo ela que durante décadas tenha feito as pesquisas e as prospecções na área, com recursos próprios, para descobrir os campos localizados a 7 mil metros abaixo do nível do mar.

O pré-sal
O petróleo pré-sal está localizado no mar, de Santos até Santa Catarina, sob lâminas de água de 3 mil metros e abaixo de uma espessa camada de sal. Acumulações idênticas ao do pré-sal do litoral do Brasil podem ser encontradas do outro lado do Atlântico, no litoral da África. Os pré-sal – petróleo não-convencional – são as últimas fronteiras petrolíferas descobertas no planeta Terra.

Hoje, a produção mundial de petróleo está entre 82 e 85 milhões de barris de petróleo por dia, em campos que já começam a dar sinais de esgotamento. Em 2025, esta produção cairá para 49 milhões de barris. Porém, com um crescimento econômico mundial médio de 2% anuais, seriam necessários 120 milhões de barris em 2025. Com a queda irreversível das atuais reservas, a descoberta do pré-sal aumenta a cobiça das multinacionais e do imperialismo norte-americano, que vê nestas reservas uma fonte de energia barata e que pode manter o atual nível de consumo do petróleo e, portanto, seus lucros. Afinal, o pré-sal do Brasil tem acumulações entre 90 e 150 bilhões de barris, o que pode colocá-lo como o segundo maior produtor mundial, depois da Arábia Saudita.

O modelo da Noruega
O modelo anunciado pelo ministro Lobão vai levar-nos ao mesmo destino da Noruega, onde o petróleo do Mar do Norte, utilizado pelos Estados Unidos e Inglaterra, está sendo esgotado rapidamente. No Mar do Norte, as reservas gigantes foram destruídas em apenas 30 anos e agora só restam 17 bilhões de barris de petróleo para serem extraídos.

Para convencer os brasileiros das vantagens do novo modelo, o governo e dirigentes sindicais como o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), João Antônio de Moraes, têm afirmado que a Noruega tem hoje um dos melhores níveis de vida do mundo, com previdência social para todos e sem desconto nos salários. Mas se esquecem de dizer que a população da Noruega é de apenas 4,7 milhões de habitantes, contra 190 milhões no Brasil. Isto é, a mesma renda obtida do petróleo seria distribuída para uma população 40 vezes maior. Sem contar que os governos brasileiros têm priorizado sempre o pagamento da dívida pública e a manutenção de reservas para propiciar a remessa dos lucros das multinacionais ao exterior, ao invés de investir nas necessidades da população.

O governo Lula entrega nossa soberania
A mudança do sistema de leilões de nossas reservas para partilha pelo governo Lula, bem como a criação de uma nova estatal do petróleo, servem apenas para aprofundar a submissão do país às multinacionais e ao imperialismo. Se nos leilões as empresas que ofereciam mais dinheiro tornavam-se proprietárias do subsolo, agora serão as que oferecerem mais petróleo. Muda apenas a forma de pagamento, mas o Brasil continuará entregando suas riquezas.

A nova estatal ficará com os novos megacampos e à Petrobras sobrará apenas a exploração dos atuais campos, com apenas 9,3 bilhões de barris restantes. Esta operação servirá para a desvalorização de uma estatal produtiva e lucrativa, facilitando sua privatização.

É por isso que a Frente Nacional dos Petroleiros, na primeira declaração após sua fundação, afirmou que “esta proposta vai contra todas as reivindicações dos movimentos sociais brasileiros que lutam para que todo o petróleo seja nosso, de todo povo brasileiro, e que a Petrobrás seja reestatizada tornando-se totalmente estatal (100%), que todos os leilões sejam anulados e as áreas já hoje entregues às multinacionais petroleiras sejam devolvidas ao Estado”.

Apenas a manutenção e intensificação da campanha “Todo petróleo tem que ser nosso” e um posicionamento claro por parte das entidades participantes contra as propostas do governo Lula pode fazer com que os trabalhadores e o povo brasileiro coloquem-se decididamente contra mais esse ataque à nossa soberania nacional.


*Dalton Francisco dos Santos é diretor do Sindipetro-AL/SE


[ 30/7/2009 17:06:00 ]

MOVIMENTO SEM TERRA


Por: Pedro Munhoz
1. Quem contar traz à memória, sabendo que a dor existe, quando a morte ainda insiste, em calar quem faz a História. Pois quem morre não tem glória, nem tampouco desespera, é um valente na guerra, tomba, em nome da vida. Da intenção ninguém duvida, quando matam um Sem Terra.

2.
Foi assim nesta jornada,
quando mataram mais um,
o companheiro ELTON BRUM,
não teve tempo pra nada.
Numa arma disparada,
o Estado é quem enterra
e uma vida se encerra,
em nome da covardia.
Toda a nossa rebeldia
quando matam um Sem Terra.

3.
É o desatino fardado,
armado até os dentes,
até esquecem que são gente,
quando estão do outro lado.
E vestidos de soldado,
todo o sonho dilacera,
violência prolifera
tiro certeiro, fatal.
Beiram o irracional,
quando matam um Sem Terra.

4.
Quem és tu, torturador,
que tanta dor desatas,
desanima e maltrata
o humilde plantador?
Negas a classe, traidor,
do povo tudo se gera,
te esqueces deveras,
debaixo de um capacete.
Dá a ordem o Gabinete,
quando matam um Sem Terra.

5.
Em algum lugar da pampa,
ELTON deve de estar,
tranquilo no caminhar,
jeito humilde na estampa.
E algum céu se descampa,
coragem se retempera,
outras batalhas se espera,
dois projetos em disputa.
Não se desiste da luta,
quando matam um Sem Terra.

Barra do Ribeiro/RS
27.08.09

grito dos excluídos.


Crise no Senado é tema do Grito dos Excluídos



SÃO PAULO - O Grito dos Excluídos, convocado pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outros movimentos sociais, chega hoje à 15ª edição com críticas à crise que atinge o Senado. Com a promessa de realizar manifestações em praticamente todo o País, o movimento parece colocar em segundo plano temas tradicionais, como a questão agrária, para protestar contra as irregularidades que cercam o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).



"Essa questão da corrupção, que nós acabamos de assistir no Senado, na pessoa de José Sarney, nos atos secretos, e mesmo anos atrás no mensalão, são coisas que a sociedade não pode aceitar de braços cruzados. Fica parecendo para nós da sociedade civil que aquilo ali é um balcão de negócios", diz o membro da coordenação nacional do Grito, Ari Alberti.



Este ano, diz ele, haverá manifestações do Grito em praticamente todo o território nacional. O Acre é o único Estado em que não há previsão de nenhum ato organizado. Nas demais regiões, por outro lado, são esperados eventos nas capitais e também em municípios do interior. Em São Paulo, por exemplo, a maior parte das atenções estarão voltadas ao santuário nacional de Nossa Senhora Aparecida. Mas municípios como Salto e São Gabriel da Cachoeira vão sediar atividades pela primeira vez.



Além da Pastoral Social da CNBB e de outras pastorais, compõem a coordenação nacional do Grito entidades como Cáritas, Movimento dos Sem-Terra (MST), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo, entre outros.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

AI 5



DITADURA MILITAR DECRETA O AI 5,02/09/1968.