domingo, 30 de março de 2008

DOMINGÃO





A Cruz de Giz

Eu sou uma criada. Eu tive um romance
Com um homem que era da SA.
Um dia, antes de ir
Ele me mostrou, sorrindo, como fazem
Para pegar os insatisfeitos.
Com um giz tirado do bolso do casaco
Ele fez uma pequena cruz na palma da mão.
Ele contou que assim, e vestido à paisana
anda pelas repartições do trabalho
Onde os empregados fazem fila e xingam
E xinga junto com eles, e fazendo isso
Em sinal de aprovação e solidariedade
Dá um tapinha nas costas do homem que xinga
E este, marcado com a cruz branca
ë apanhado pela SA. Nós rimos com isso.
Andei com ele um ano, então descobri
Que ele havia retirado dinheiro
Da minha caderneta de poupança.
Havia dito que a guardaria para mim
Pois os tempos eram incertos.
Quando lhe tomei satisfações, ele jurou
Que suas intenções eram honestas. Dizendo isso
Pôs a mão em meu ombro para me acalmar.
Eu corri, aterrorizada. Em casa
Olhei minhas costas no espelho, para ver
Se não havia uma cruz branca.

...

terça-feira, 25 de março de 2008

blog do pstu


do blog molotov

quinta-feira, 20 de março de 2008

IRAQUE








Cinco anos depois, plano de Bush no Iraque é derrotado



Jeferson Choma
da redação do Opinião Socialista



• No dia 19, completam-se cinco anos da guerra no Iraque. Quando iniciou a guerra, o governo norte-americano de George W. Bush planejava invadir rapidamente o país, depondo a ditadura de Saddam para impor um novo governo fantoche a fim de “estabilizar” o Iraque. Desejava, assim, promover uma imensa rapina ao petróleo da segunda maior reserva do mundo. Cinco anos depois, pode-se dizer com toda a segurança que os planos imperialistas fracassaram de forma retumbante.

No Iraque, a guerra só trouxe mortes e destruição. Segundo a Cruz Vermelha, a situação humanitária no país é classificada como "uma das mais críticas do mundo". Milhões de iraquianos vivem sem acesso à água tratada, saneamento básico ou atendimento à saúde. Segundo organizações internacionais de defesa dos direitos humanos, estima-se que entre 400 mil a 1 milhão de civis iraquianos foram mortos até agora. Cerca de 4 milhões de iraquianos são refugiados. Algo que representa 16% da população do país. Os dados publicados até agora são uma pequena demonstração dessa cruel realidade.

Por outro lado, no plano da política norte-americana a guerra causou uma profunda crise do imperialismo. Nem mesmo todo o dinheiro despejado no conflito e os milhares de soldados enviados ao país (até agora passaram pelo Iraque 1,6 milhão de militares) fez com que os planos do imperialismo lograssem algum sucesso.

Em cinco anos, 3.983 soldados dos EUA foram mortos em ações da resistência iraquiana. A guerra já custou cerca de 3 trilhões de dólares, segundo um levantamento de Joseph E Stiglitz, professor da universidade Columbia. Muito mais dos que os U$ 60 bilhões estimados inicialmente pelo governo Bush.

Como se não bastasse os EUA contam com uma tropa regular de 157 mil soldados no país. Além disso, estima-se que entre 100 mil e 130 mil mercenários são empregados em ação na ocupação do Iraque. Mas nada disso foi suficiente para “estabilizar” o país. Nem mesmo a Zona Verde, onde estão os edifícios do governo iraquiano e embaixada dos EUA. No último dia 17, foguetes Katyusha fora lançados contra a região pela resistência.

Os mercenários são importantes não somente para assegurar os “negócios” de empresários dos EUA na região, como é essencial para manter a ocupação norte-americana. Seu crescimento deve-se, sobretudo, à impossibilidades do governo Bush recrutar soldados para atuar na carnificina. Mesmo assim, a guerra de Bush continua afundando cada vez mais.

Baixas internas
Durante estes cinco anos, a equipe titular de falcões da Casa Branca também sofreu duras baixas. Muitos já caíram em função do enfraquecimento da atual administração, como o ex-secretário da Defesa Donald Rumsfeld, o ex-secretário de Estado Colin Powell, e o ex-secretário-assistente da Defesa Paul Wolfowitz.

Outros estão envolvidos até o pescoço em escandalosos casos de corrupção. É o caso do vice-presidente Dick Cheney. Como se não bastasse, o Partido Republicano de Bush perdeu sua maioria no Congresso. Desde então, Bush governa sob a complacência dos democratas.

No plano externo, a situação não foi diferente. Nestes cinco anos nenhum dos chefes de governos que apoiaram a guerra de Bush conseguiram se manter no poder. Da Espanha, passando pela Grã-Bretanha até a Austrália, um a um os aliados de Washington amargaram profundas derrotas eleitorais. Para Bush, sobrou apenas o “significante” apoio do governo da Albânia...

Sem rumo
Mesmo antes de completar cinco anos estava claro o destino da guerra: a ocupação se transformou num pântano que encurralou as tropas invasoras. A situação é crítica para o imperialismo – por um lado, não pode retirar as tropas, exceto se admitir a derrota; por outro, não sabe como mantê-las.

Por isso, um dos grandes temas nestas eleições presidenciais é sobre o que fazer com a ocupação do Iraque. De um lado, o candidato republicano, John McCain defende a ocupação por mais 100 anos. Para concretizar seu apoio, McCain visitou o Iraque no último dia 17, às vésperas do aniversário da ocupação.

De outro lado, surgem os candidatos democratas, Hillary Clinton e Barak Obama. Ambos servem à necessidade do imperialismo “reciclar” sua imagem. Com uma nova cara (de uma mulher ou de um negro na Casa Branca), mas com mesma velha política de dominação. Dessa forma é possível que o imperialismo norte-americano tenha um presidente com apoio popular. Visto, inclusive, com mais simpatia pelo mundo, diferente do ódio generalizado que existe contra Bush .

Clinton diz que se opõe à ocupação, mas a candidata votou a favor dos planos de Bush há cinco anos atrás. Obama, por sua vez, fala que vai retirar as tropas dos EUA do Iraque, mas só depois de “vencer a guerra”.

Cinco depois o imperialismo procura uma saída viável, diante da crise econômica e do pântano iraquiano. Qual será o futuro do Iraque nos próximos cinco anos? Seja quem for que ocupe a Casa Branca a situação do povo iraquiano não vai melhorar. Além disso, o próximo presidente dos EUA, seja quem for, vai querer cobrar a conta pela crise dos povos oprimidos do mundo.

[ 18/3/2008 20:04:00 ]

sábado, 15 de março de 2008

TIBET


TROPAS CHINESAS ATIRAM NA POPULAÇÃO NO TIBET!

quinta-feira, 13 de março de 2008

rice


CONDELEEZZA RICE, FORA DO BRASIL, ASSASSINA!

sexta-feira, 7 de março de 2008

DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES


GT de Mulheres
8 de março: Manifesto das Mulheres da Conlutas para São Paulo

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8 DE MARÇO



RESGATANDO A TRADIÇÃO DE LUTA DA MULHER TRABALHADORA:



MULHERES CLASSISTAS, FEMINISTAS e CONTRA OS GOVERNOS LULA E SERRA LUTANDO CONTRA O MACHISMO, A EXPLORAÇÃO E PELO SOCIALISMO



CONCENTRAÇÃO na praça Osvaldo Cruz, às 10h



Neste 8 de março, “Dia Internacional de Luta das Mulheres”, é fundamental que estejamos unidas enquanto trabalhadoras, resgatando o sentido histórico de nossa luta contra o capital e seus representantes, exigindo a manutenção dos direitos conquistados às custas de nosso sangue e suor. E lutando contra a opressão machista, que nos violenta cotidianamente.



É preciso explicitar para o conjunto das mulheres trabalhadoras que para conquistarmos o fim da opressão e da exploração, para destruirmos as relações capitalistas é necessário que nossa luta seja direcionada aos nossos inimigos de classe: aos patrões e aos governos.E nesse sentido, é fundamental que essa luta seja tomada pelo conjunto dos trabalhadores, pois a opressão serve para manter e reproduzir a exploração sobre homens e mulheres da classe trabalhadora. É imprescindível dizer em alto e bom som que não há capitalismo sem machismo, assim como não é possível acabar com o machismo sob o capitalismo, isto é resgatar o caráter histórico do 8 de março, de um dia de lutas proposto no II Congresso Internacional das Mulheres Socialistas por Clara Zetkin!



É neste marco que se torna fundamental organizar as mulheres para lutar contra os ataques que estão previstos para este ano, assim como para avançarmos rumo às conquistas de direitos ainda não alcançados.



No Brasil a retirada dos direitos conquistados vem ocorrendo há décadas e, no último período o governo Lula é o responsável pela aplicação dos planos da burguesia que atacam a classe trabalhadora.



É o governo Lula que fez a Reforma da Previdência aumentando a idade mínima para aposentadoria e agora está encaminhando outra reforma que além de aumentar novamente o tempo/idade, irá atacar mais diretamente as mulheres diminuindo a diferença em relação aos homens, desconsiderando assim a dupla jornada a que estamos submetidas. Esta proposta também não considera que a opressão combinada com a exploração tem destinado às mulheres trabalhos repetitivos, além de haver aumento do assédio moral e sexual. Com esta Reforma, quando as trabalhadoras estiverem para se aposentar suas vidas estarão destruídas pelas doenças profissionais e pelo esgotamento físico e mental. Há ainda a intenção de extinguir as pensões, novamente atingindo, principalmente aquelas mulheres que por décadas foram donas de casa e ao enviuvar ficarão sem recursos para se manter. O governo estadual de Serra segue nesta mesma linha ao impor mudanças na aposentadoria de professores, uma categoria na sua maioria feminina.



É o governo Lula que encaminhou a proposta de Reforma Trabalhista que prevê a flexibilização dos direitos, inclusive a licença maternidade. Além de restringir um direito fundamental dos trabalhadores que é o direito a greve.



É o governo Lula que aprovou a Lei Maria da Penha num dia e no outro cortou 42% dos recursos para combater a violência contra a mulher. Os índices de violência doméstica não diminuíram e os de violência institucional aumentaram. Como foi o caso de Belém do Pará onde uma menina de 15 anos foi sistematicamente estuprada sob o governo de Ana Júlia Carepa (PT), governo este que foi eleito com financiamento de empresas que utilizam trabalho escravo.



É o governo Lula que se declarou abertamente contra o aborto, e armou o palanque para a Igreja Católica defender contra a legalização na Conferência Nacional de Saúde e lançar, em seqüência, a campanha da fraternidade 2008.



Não podemos esquecer também o ocorrido no 8 de março de 2007 quando Lula trocou “gentilezas” com Bush e aliou-se com Serra e Kassab para colocar a tropa de choque para reprimir a manifestação da mulheres.



Por tudo isto é necessário nomear os responsáveis pelos ataques: Lula, Serra e Kassab, e manter a visibilidade em torno de nossas bandeiras de luta pela garantia dos direitos, pelo fim da dupla jornada de trabalho, pelo pleno emprego, pelo piso do DIEESE, pela legalização do aborto, pelo fim da violência sofrida cotidianamente.



Nós não vamos abandonar a luta da mulher trabalhadora, não vamos romper com a nossa história de luta. Por isto não vamos seguir ao lado de organizações que se negam a lutar contra o governo, nosso inimigo de classe, responsável pela violencia que sofremos cotidianamente e que ao agirem dessa forma, tornam-se inconseqüentes na luta contra a opressão e a exploração das mulheres, favorecendo assim a manutenção deste estado de miséria e a a implantação de planos neoliberais que impoem derrotas às mulheres trabalhadoras. Assim não concordamos com o caráter que vem sendo imprimindo ao movimento feminista e em particular à organização do 8 de março, com palavras de ordem genéricas, que não enfrentam o governo Lula, que desorganiza a luta. Vamos seguir lutando por uma sociedade justa, sem machismo, sem opressão, sem exploração: UMA SOCIEDADE SOCIALISTA.



Convidamos a todas as lutadoras a construir este 8 de março para lutar:



- Contra as reformas que retiram direitos das mulheres trabalhadoras



- Em defesa da aposentadoria e da licença maternidade



- Por salários dignos e iguais para homens e mulheres que exerçam as mesmas funções;



- Pelo pleno emprego para as mulheres na cidade, pela garantia de trabalho digno para a mulher camponesa;



- Pela construção de creches e escolas públicas de jornada integral que atendam todos/as os/as filhos/as das trabalhadoras;



- Pela descriminalização e legalização do aborto, garantido na rede pública de saúde



- Distribuição gratuita de todos os métodos contraceptivos;



- Pela construção de postos de saúde e hospitais em todos os bairros da periferia, com número adequado de profissionais para atender à demanda;



- Pela construção de restaurantes públicos e lavanderias coletivas;



- Pelo fim da violência sofrida pelas mulheres;



- Pelo direito a moradia digna;



- Contra o preconceito de raça, nacionalidade e orientação sexual.



São Paulo, fevereiro de 2008.



Coordenação Nacional de Lutas - SP

domingo, 2 de março de 2008

NAZISTAS



NOVOS NAZISTAS ATACAM A FAIXA DE GAZA!