quarta-feira, 28 de novembro de 2007
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
SÁBADO
BOM FINAL DE SEMANA!
DE RUA
Barracas - entre imagem gastas,
Bandejas sangram framboesas.
Num arenque lunar se arrasta
Sobre mim uma letra acesa.
Cravo as estacas dos meus passos,
O tamborim das ruas sente.
Lentamente os bondes-cansaços
Cruzam as lanças fluorescentes.
Alçando a mão o olho arisco,
A praça oblíqua põe-se a salvo.
O céu esgazeia ao gás alvo
O olhar sem-ver do basilisco.
(Tradução de Augusto de Campos e Boris Schnaiderman)
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quarta-feira, 21 de novembro de 2007
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
domingo, 18 de novembro de 2007
quinta-feira, 15 de novembro de 2007
FINAL DE SEMANA
BOM FINAL DE SEMANA!
EU
Nas calçadas pisadas
de minha alma
passadas de loucos estalam
calcâneo de frases ásperas
Onde
forcas
esganam cidades
e em nós de nuvens coagulam
pescoço de torres
oblíquas
só
soluçando eu avanço por vias que se encruzi-lham
à vista
de crucifixos
polícias
(tradução: Haroldo de Campos)
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Marcadores: POESIA
terça-feira, 13 de novembro de 2007
reuni
juventude@pstu.org.br
Derrotar o Reuni de Lula e FMI
Thiago Hastenreiter
da Secretaria Nacional de Juventude do PSTU
Outros textos deste(a) autor(a)
• A ocupação da USP, ocorrida no primeiro semestre deste ano, contra os decretos de Serra, deixou marcas profundas no movimento estudantil: inspirou e educou toda uma nova geração de estudantes, ensinando que é possível vencer.
A lição da luta foi bem compreendida e seu método reproduzido. As ocupações de reitorias se proliferaram por todo país e se tornaram a marca registrada de um novo movimento estudantil insurgente.
Desta vez, o inimigo não carregava consigo as penas azuis e amarelas de tucano, mas a já desbotada estrela vermelha do PT. UFRJ, UFF, UniRio, UFRRJ (todas do Rio de Janeiro), UFPR (Paraná), UFBA (Bahia), UFC (Ceará), UFPE (Pernambuco), UFJF (Juiz de Fora), Unifesp (São Paulo) e UFSCar (São Carlos) foram palcos das ocupações contra o decreto do governo Lula, que institui o Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais, o Reuni. Muitas delas seguem na resistência até hoje, outras foram desfeitas através de ações truculentas das polícias Militar e Federal.
O Reuni
Trata-se do maior ataque da história contra o ensino superior público brasileiro. Após quatro malfadadas tentativas de aprovação da reforma universitária no Congresso Nacional, Lula chamou para si a responsabilidade e sozinho colocou um ponto final na história. Deixou de lado a tramitação do Projeto de Lei 7.200 e decretou autoritariamente o Reuni.
Apossando-se indevidamente das bandeiras históricas do movimento da educação – como a “expansão” e a “democratização do acesso” –, o governo Lula visa adequar as Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) às exigências do mercado e do imperialismo. O Reuni acaba com qualquer possibilidade de as universidades produzirem conhecimento, tecnologia e ciência a serviço da soberania do país. As Ifes vão se transformar em grandes “escolões” formadores de mão-de-obra barata, desqualificada e apta para atuar num mercado de trabalho altamente precarizado, típica de um país semicolonial.
Para atingir este objetivo, o governo conta com alguns mecanismos. Um deles, talvez o mais importante, são os “ciclos básicos de terminalidade breve”, que em bom português são conhecidos como cursos rápidos. O estudante aprovado no concorridíssimo vestibular, ao invés de ingressar em cursos profissionais de História, Engenharia ou Medicina, entrará nos ciclos básicos com duração de dois a três anos de Humanidades, Tecnologias ou Ciências da Saúde respectivamente. Após o término dos ciclos básicos, somente uma minoria dos estudantes com rendimento excepcional poderão continuar seus estudos, enquanto a ampla maioria engrossará as estatísticas do desemprego ou do subemprego portando um diploma de segunda categoria.
O outro passe de mágica se dá através da superexploração docente. Atualmente, existem, em média, 10 estudantes para cada professor. A meta do governo é ampliar essa proporção de maneira que um professor atenda a 18 estudantes, ou seja, o governo praticamente dobra o número de estudantes e não garante concurso público, conforme orienta o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Existem ainda outros mecanismos como o ensino à distância, o corte de verbas e o incentivo à aprovação automática, que completam o pacote do governo.
A resposta do movimento
As mobilizações extrapolaram os muros das universidades e ganharam as largas avenidas de Brasília. No dia 24 de outubro, as ocupações de reitorias se fizeram presentes e se destacaram na marcha realizada pela Conlutas, Intersindical, Conlute, entre outras organizações, e repudiaram o Reuni e a reforma da Previdência.
Mais de 10 reitorias foram ocupadas contra o Reuni e a perspectiva é de que esse quadro se amplie. Não era para menos. Afinal, o que está em jogo é o futuro da universidade pública brasileira e os personagens que dela fazem parte.
Não são à toa o método autoritário e o caráter golpista das votações do Reuni nos conselhos universitários em praticamente todas as universidades. Há uma clara orientação do MEC sobre como as reitorias devem proceder nessas votações. Na UFPR, a reitoria mudou a data e o local dos conselhos em menos de 24 horas numa tentativa de desarticular o movimento. Na UFRJ, a manobra foi praticamente idêntica, mas com o agravante de que os conselheiros estudantis tiveram o direito à palavra cassado e foram agredidos por capangas da reitoria disfarçados de professores e funcionários.
Na UFG, o conselho foi transferido para um prédio fora da universidade, cercado por um poderoso aparato policial. Na UFPE, as entradas do conselho também foram bloqueadas. Na UFSCar, a reitoria entrou com pedido de reintegração de posse e interdito proibitório, tornando ilegal panfletagens, agitações e piquetes dentro da universidade. Na UFF, a intervenção veio diretamente do governo Lula, através de sua “respeitada” Polícia Federal. Não faltam exemplos de estudantes indiciados por todo país.
A repressão do governo Lula começa a aparecer em cores vivas contra o movimento estudantil. Nem mesmo o governador de São Paulo, José Serra, ousou colocar a polícia dentro do campus da USP.
Continuar a luta
A Conlute está organizando, junto com a Frente de Luta Contra a Reforma Universitária, o boicote ao Enade/Sinaes, o provão do governo Lula, que ocorre no dia 11 de novembro, como também o 13 de novembro, dia nacional de luta contra o Reuni.
Toda pressa e truculência do governo e das reitorias em aprovar o Reuni é uma sinalização de que o movimento vem se fortalecendo e pode, de fato, colocar em xeque o decreto.
Foram muitas batalhas entre o movimento e os governos desde os tempos de FHC e Paulo Renato. No entanto, o que está anunciado agora é guerra final, e o inimigo a ser abatido é Lula e seu ministro Fernando Haddad.
ENTENDA O REUNI:
O que diz o decreto: Art. 1º – “Fica instituído o (...) Reuni, com o objetivo de criar condições para a ampliação do acesso e permanência na educação superior, no nível de graduação, pelo melhor aproveitamento da estrutura física e de recursos humanos existentes nas universidades federais”
O que significa: O governo opina que a estrutura física e os recursos humanos das universidades (professores e funcionários) já são suficientes para suprir a demanda atual. O governo acha que as universidades “não estão sendo aproveitadas de forma eficaz”.
O que diz o decreto: Art. 1º – “O Programa tem como meta global a elevação gradual da taxa de conclusão média dos cursos de graduação presenciais para 90% e da relação de alunos de graduação em cursos presenciais por professor para dezoito.”
O que significa:Para alcançar a meta de 90%, as universidades terão que adotar medidas que podem apontar para a aprovação automática dos estudantes. Isso vai transformar as universidades em instituições apenas de ensino, sem pesquisa e extensão.
O que diz o decreto: Art. 2º – “aumento de vagas de ingresso, especialmente no período noturno.”
O que significa:O governo fala em aumento de vagas, mas sem contratação de novos professores.
O que diz o decreto: Art. 3º – “O Ministério da Educação destinará ao Programa recursos financeiros, que serão reservados a cada universidade federal, na medida da elaboração e apresentação dos respectivos planos de reestruturação.”
O que significa:Só terá verba adicional quem aderir ao programa, apesar de afirmarem que a adesão é voluntária.
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Marcadores: NEOLIBERALISMO
GUERRA
13/11/2007 - 09h51
Guerras já custaram US$ 1,5 trilhão aos EUA, diz estudo democrata
da BBC Brasil
As guerras no Iraque e no Afeganistão já custaram até aqui US$ 1,5 trilhão (cerca de R$ 2,7 trilhões) para os Estados Unidos, quase o dobro do que se acreditava até agora, segundo um estudo publicado nesta terça-feira pelo jornal "The Washington Post".
O estudo, feito por congressistas do Partido Democrata (oposição), inclui em suas estimativas os chamados "custos ocultos" da guerra, como a alta nos preços do petróleo, os gastos com o tratamento de militares feridos e os juros pagos nos empréstimos tomados para custear as guerras.
Segundo o relatório, que deve ser divulgado nesta terça-feira no Comitê Conjunto de Economia do Congresso, as duas guerras já custaram mais de US$ 20 mil em média para cada família americana.
De acordo com o "Post", os líderes democratas pretendem usar o relatório "como evidência de que as guerras têm sido muito mais custosas do que a maioria das pessoas pensa e que uma mudança de rumo poderia economizar bilhões de dólares dos contribuintes americanos na próxima década".
O jornal, porém, cita analistas independentes que advertem que os dados do relatório devem ser considerados com ceticismo, já que seria difícil calcular o impacto preciso da guerra do Iraque nos preços globais do petróleo ou estimar o custo da guerra ao longo do tempo, já que as situações no campo de batalha estão em mudança constante.
Leia mais
Guerra no Iraque custa cerca de US$ 300 milhões/dia
Gastos militares no Iraque e Afeganistão podem superar os do Vietnã
Americanos têm ano mais sangrento no Iraque desde a invasão, em 2003
Cineasta iraniano retrata situação no Afeganistão em livro
Postado por JOSÉ LUIZ às 11:27 0 comentários
Marcadores: NEOLIBERALISMO
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
energia
site@pstu.org.br
O petróleo é nosso?
Descoberta da maior reserva de petróleo do país levanta uma pergunta: quem vai se beneficiar?
Jeferson Choma
da redação do Opinião Socialista
Outros textos deste(a) autor(a)
• Em meio a um clima ufanista, foi anunciada no dia 7 de novembro a descoberta pela Petrobras da maior reserva de petróleo do país. Segundo estimativas, o campo de Tupi, localizado na bacia de Santos, possui reservas que devem produzir entre 5 a 8 bilhões de barris de petróleo leve e gás natural.
Antes da descoberta, as reservas da Petrobras eram estimadas em cerca de 12 bilhões de barris. Agora, poderá alcançar mais de 20 bilhões de barris em reservas, o que faria do Brasil o 12º maior produtor de petróleo do mundo – anteriormente, o país ocupava a 17ª posição. Uma posição que poderá ser atingida graças ao investimento estatal em tecnologia.
O investimento estatal fez com que a Petrobras se tornasse a única empresa detentora da tecnologia em águas profundas. Jamais a iniciativa privada seria capaz de bancar projetos caros e arriscados de prospecção marítima.
Soberania?
A descoberta da Petrobras, sem dúvida alguma, tem enorme importância. Como se sabe, o petróleo não é um recurso renovável, e as reservas disponíveis no planeta se esgotarão um dia. Diversos estudos apontam que o fim do “ouro negro” pode estar mais próximo do que se imagina.
Um indicativo dessa preocupação é a recente alta do produto. Enquanto a descoberta era anunciada, o barril de petróleo estava sendo negociado a US$ 97,40 em Nova York e US$ 94,67 em Londres. Ao mesmo tempo, o aumento do consumo de petróleo no mundo já assumiu uma tendência inexorável, impulsionado, principalmente, pela economia norte-americana – maior consumidor de petróleo do mundo – e pelo crescimento da economia chinesa.
Diante da perspectiva de um choque da produção de petróleo, o imperialismo assumiu uma política de saque e rapina desta fonte energética. No Oriente Médio, a rapina se dá pela ocupação militar do Iraque e do Afeganistão. Na América Latina, através de privatizações e parcerias com empresas estatais, como a PDVSA da Venezuela (empresas mistas) e a própria Petrobras.
Por aqui, a política de “parcerias” da Petrobras com sócios estrangeiros foi instituída pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, nos anos 1990. Áreas em que a estatal descobriu petróleo foram entregues para multinacionais por meio de leilões. Dessa forma, todo o petróleo extraído destas jazidas destina-se à exportação.
Ao invés de interromper a entrega do nosso petróleo, Lula deu seqüência aos leilões. Num deles, foram entregues 913 blocos em que, segundo estudos da Petrobras, existem 6,6 bilhões de barris, o que correspondia na época à metade das reservas nacionais comprovadas.
Além disso, houve um processo de abertura do capital da empresa. Hoje, a maioria do capital da Petrobras (cerca de 60%) está nas mãos de investidores privados. O Estado tem apenas a maioria do capital votante, o que permite o controle administrativo da Petrobras.
A descoberta do campo de Tupi valorizou do dia pra noite em 14% as ações da Petrobras. Algo que vai render lucros, sobretudo, aos acionistas privados da empresa. No fim de agosto, um relatório do banco Crédit Suisse a seus clientes informava sobre a potencialidade do campo de Tupi e recomendava o investimento nas ações da Petrobras. Segundo a análise do banco, as reservas chegariam a 10 bilhões de barris.
Apesar de ser mais do que auto-suficiente, o governo vai continuar vendendo petróleo com os preços internacionais que servir para o aumento dos lucros dos acionistas privados da empresa.
Por tudo isso, é muito difícil acreditar na lorota de soberania entoada pelo governo. A manutenção desta política entreguista pelo governo Lula faz com que a Petrobras opere o novo campo de Tupi com 65% de participação, em parceria com a britânica BG (25%) e a portuguesa Petrogal/Galp (10%).
Após a confirmação de reservas gigantes, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, anunciou que o governo vai retirar da 9ª Rodada de Licitação áreas próximas à descoberta. Entretanto, engana-se quem vê nisso uma preocupação com a soberania do país, pois, apesar de tudo, Dilma assegurou que o leilão será realizado até o final do mês. Isso significa que 271 campos de exploração serão leiloados.
Situação dos petroleiros vai melhorar?
Engana-se também quem acha que a situação dos trabalhadores da estatal poderá melhorar com a nova descoberta. Uma boa prova disso é fornecida por rápida retrospectiva do último governo.
Apesar de a Petrobras atingir ano após ano lucros recordes e de o Brasil conquistar a auto-suficiência do Petróleo em 2006, a situação de trabalho dos petroleiros do país sofreu um radical processo de precarização.
Para aumentar os lucros dos acionistas, a terceirização da mão-de-obra da Petrobras cresceu enormemente sob o governo Lula. Eram 126 mil terceirizados em 2003. Em 2005, já eram 153 mil. No Brasil, o número de petroleiros terceirizados é três vezes maior que o de concursados. São trabalhadores praticamente sem direitos – os que reivindicam melhoria da qualidade de vida são perseguidos.
Se ainda ocorrem concursos públicos da estatal é porque há necessidades geradas com o crescimento da empresa, mas as terceirizações crescem em ritmo muito maior.
[ 12/11/2007 14:54:00 ]
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sábado, 10 de novembro de 2007
lutas
juventude@pstu.org.br
PM entra na PUC-SP e desocupa a reitoria
Após 30 anos do episódio de brutal repressão durante a ditadura militar no campus Monte Alegre da PUC-SP, polícia volta à universidade contra os estudantes; desta vez, chamada pela própria reitoria.
Luciana Candido, da redação, e Rodolfo Vaz, direto da PUC-SP
• Por volta de 2h40 da madrugada deste sábado, 10 de novembro, a Tropa de choque da Polícia Militar de São Paulo entrou no campus Monte Alegre da Pontifícia Universidade Católica e, valendo-se de uma liminar de reintegração de posse, retirou os cerca de 250 estudantes que se encontravam na reitoria. Os alunos ocuparam a direção da PUC na última segunda-feira, 5, em protesto ao Redesenho Institucional, que precariza o ensino na universidade.
A operação contou com mais de 100 homens fortemente armados. Eles cercaram o campus e entraram pelos dois acessos à universidade para evitar fugas. Os policiais invadiram todas as salas, retirando os alunos e agrupando-os no salão. Após a leitura da ordem judicial, o coronel que comandava a operação ofereceu duas alternativas aos estudantes: sair pacificamente ou resistir. Nesse último caso, informou que seria usada toda a força necessária, como previsto na ordem judicial, que inclusive autorizava a ação para dias não-úteis.
Os estudantes saíram pacificamente, sendo liberados após o registro do nome e do RG pela polícia. Um cerco policial bloqueava as ruas de acesso à universidade. Essa tem sido, infelizmente, uma prática que se torna cada vez mais comum nas universidades brasileiras: a polícia começa a fazer parte dos cenários, chamada pelas próprias administrações para reprimir estudantes. Foi assim na Fundação Santo André (SP) e em tantas outras.
Repressão não conseguiu desmobilizar os estudantes
A ação da reitoria junto à Justiça e à PM não desmobilizou o movimento estudantil. Pelo contrário, os alunos permaneceram em frente ao prédio após a retirada pela polícia, cantando palavras-de-ordem contra a reitoria e contra o Redesenho. “Maura, mas quem diria / em 2007 é Erasmo Dias” e “Eu ocupei a reitoria / educação não é mercadoria” foram algumas delas. Erasmo Dias foi o secretário de segurança que comandou a repressão em 1977 ao mesmo campus da PUC.
Os presentes se mostraram furiosos com a ação da reitora, Maura Pardini Bicudo Véras, principalmente porque, de forma cínica, a direção da universidade fez uma série de eventos em lembrança aos 30 anos da invasão pela ditadura. Nas atividades, Maura chegou a dizer que “a polícia só entraria na PUC novamente se passasse no vestibular”.
Os estudantes estão ainda no local, onde já montam um acampamento-vigília que deve durar todo o fim-de-semana. O objetivo é permanecer no campus e conversar com toda a comunidade acadêmica e com os alunos que chegam para as aulas de sábado. As atividades que estavam previstas para a ocupação – reuniões, atividades culturais, confecção de cartazes, etc. – não foram canceladas e serão realizadas agora no acampamento.
A comunidade, que via a PM mantendo um bloqueio em frente à reitoria mesmo depois da retirada da Tropa de choque, não conseguia acreditar na ousadia da reitoria de permitir uma ação como essa. O fato gerou, em pleno sábado, um grande sentimento de repúdio. Alguns vizinhos chegaram mesmo a conversar com os estudantes, perguntando sobre o que estava ocorrendo.
Talvez a reitora Mara tenha dado um grande “tiro no pé”. O sentimento comum entre todos os ativistas é de que a PUC não será mais a mesma depois desta ocupação. O movimento já fala em saída da reitora.
Mesmo no sábado, os estudantes que estão em frente ao campus passam nas salas, conversam com os colegas, tentando paralisar as aulas. Na próxima segunda-feira, 12, muita coisa pode ser esperada. Um grande ato, com horário ainda a ser definido, vai ser realizado, junto com uma assembléia que decidirá os rumos do movimento da PUC.
A tarefa que o movimento estudantil da PUC deve tomar para si neste momento – com a grande demonstração de força que vem dando – é a incorporação de mais esta reivindicação: a derrubada desta reitoria que reprime estudantes e desmonta a universidade de forma arbitrária com o chamado Redesenho. Se for necessário, que seja construída uma grande greve.
Leia a nota dos estudantes no Blog da Ocupação da PUC
LEIA TAMBÉM::
BLOG MOLOTOV: Estudantes ocupam reitoria da PUC-SP
BLOG MOLOTOV: Manifesto dos estudantes da PUC-SP
Memória: há 30 anos, polícia invadia a PUC-SP e espancava estudantes
A ‘democracia’ que proíbe, agride e mata
Postado por JOSÉ LUIZ às 11:29 0 comentários
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